Freyja (Frija, Frowe, Frea, Fro, Vanadis, Vanabrudr, Mardöll, Hörn, Syr, Gefn) - “A Senhora”
Segundo Snorri Sturlurson ( historiador "1220"), Freyja era “a mais gloriosa e brilhante” das deusas nórdicas. Alguns autores consideravam Freyja e Frigga aspectos de uma mesma Deusa, porém, as diferenças são óbvias. Enquanto Frigga é a padroeira da paz e da vida doméstica protetora da família, Freyja é a regente do amor e da guerra, da fertilidade, da magia e da morte. Chamada de “Afrodite Nórdica”, Freyja era considerada “A Senhora” e seu irmão Freyr, “O Senhor”, ambos invocados para atrair a fertilidade da terra e a prosperidade das pessoas.
Filha da deusa da terra Nerthus e do deus do mar Njord, Freyja fazia parte das divindades mais antigas, Vanir, e foi cedida junto com o pai e o irmão ao clã dos Aesir, como parte do acordo firmado entre os dois clãs de deuses. Da análise de seu arquétipo, podem ser feitas algumas comparações com deusas de outras culturas e identificadas semelhanças.
Como Perséfone, Freyja também se ausentava da terra por alguns meses, causando a queda das folhas e a chegada do inverno.
Da mesma forma que Hécate, Freyja ensinou as artes mágicas às mulheres e era a padroeira das magas e das profetisas (völvas e seidhkonas).
Assim como Afrodite, Freyja regia o amor e o sexo e teve numerosos amantes (segundo os comentários de Loki, todos os aesir, todos os elfos, quatro gnomos e alguns mortais), sendo considerada adúltera e promíscua pelos historiadores cristãos. Era casada com Odr, mas, em razão de seu desaparecimento por alguns meses do ano, Freya chora lágrimas de âmbar e ouro, procura-o e lamenta sua ausência. As duas deusas são aficionadas por ouro e jóias. Afrodite tem seu cinto mágico, Freyja usa o famoso colar Brisingamen e o nome de suas duas filhas - Hnoss e Gersemi, que significam, respectivamente, tesouro e jóia.
Cibele, em seu mito, era servida por sacerdotes eunucos; os magos nórdicos que usavam as práticas seidhr eram considerados efeminados e vistos com desdém pelos guerreiros que os apelidavam de ergi. Enquanto a carrauagem de Cibele era puaxada por leões, a de Freyja já era conduzida por gatos.
Também são citadas as deusas celtas Maeve, Morrigan e Macha, pois Freyja tanto era guerreira, quanto sedutora, e usava a magia ou a astúcia para atingir seus objetivos. Ao contrário das deusas celtas, que sobrevoavam os campos de batalha metamorfoseadas em corvos, Freyja podia assumir a forma de um falcão ou usar um manto mágico feito com penas.
Outras deusas semelhantes são Anat, Ishtar e Inanna, que têm em comum com Freyja os traços guerreiros, a liberdade amorosa, as habilidades mágicas e a morte e renascimento (ou retorno) de seus amados).
A escrito Sheena McGrath compara Freyja não apenas a essas deusas, mas também a Odin, pois ambos se valiam do sexo para atingir seus propósitos. Ambos são adúlteros e ardilosos, viajam metamorfoseados entre os mundos e recebem as almas dos guerreiros mortos em seus salões.
Freyja possuía um colar mágico, Brisingamen, obtido de quatro gnomos ferreiros, em troca do qual ela dormiu uma noite com cada um. Odin, com inveja dos poderes mágicos do colar, enviou Loki para que o roubasse. Ele se transformou em uma pulga e mordeu o pescoço de Freya que, ao se coçar, soltou o colar, permitindo que Loki o roubasse. Para reavê-lo, Freyja teve que fazer algumas concessões para Odin com relação à disputa sobre os ganhadores nas batalhas (cada um deles queria a vitória para seus protegidos).
Freyja vivia na planície de Folvangr (”campo de batalha”), em um palácio chamado Sessrumnir (”muitos salões”). Diariamente, ela cavalgava, como condutora das Valquírias, e recolhia metade dos guerreiros mortos em combate. Nesse aspecto, seu nome era Val-Freyja. Como recompensa por ter iniciado Odin na prática da magia seidhr, Freyja podia escolher quais heróis desejava, os demais cabiam a Odin. Ela também recebia as almas das mulheres solteiras.
Como Vanadis, Freyja era a regente das Disir, que personificavam aspectos das forças da natureza (sol, chuva, fertilidade, abundância e proteção) e eram as matriarcas ancestrais das tribos, reverenciadas com o festival anial Disirblot, na noite de 31 de outubro.
A escritora Monica Sjöo considera Freyja e Frigga deusas gêmeas ou, juntamente com Hel, parte de uma tríade, embora, tivessem atributos totalmente diferentes.
Freyja também tinha seu aspecto solar: chamada de “Sol brilhante”, ela chorava lágrimas de ouro e âmbar, que eram também os nomes de seus gatos, chamados por Diana Paxson de Tregul (”ouro da árvore”) e Bygul (”ouro de abelha”). Sua busca por Odr segui a trajetória do Sol, conforme as mudanças de estações, o que também a ligava à terra. Com o nome de Mardal ou Mardöll, Freyja era reverenciada como “o brilho dourado que aparece na superfície da água iluminada pelos raios do Sol poente”. Supõe-s que Gullveig (a enigmática giganta que disseminou a cobiça entre os deuses do Aesir) tenha sido um disfarce usado por Freya, enfatizando sua paixão pelo ouro. E foi como a maga Heidhr, “A Brilhante”, que ela ensinou a magia seidhr a Odin.
Outras de suas manifestações são Hörn, “A fiandeira”, regente do linho; Dyr, representada como “A porca”, a protetora dos animais domésticos, e Defn, “A generosa”; mas sempre como “A Senhora”, real significado de seu nome (Frowe, Fru ou Frau).
Atributos: representação da feminilidade, do amor, do erotismo da vida, da prosperidade e do bem-estar. Também era a regente das batalhas, da guerra e da coragem. Era a senhora da magia, a padroeira das profecias e das práticas xamânicas seidhr ou seidr (compostas por transe, necromancia, magia e adivinhação). Suas sacerdotisas eram as völvas e serdhkonas. Freyja era a deusa nórdica mais cultuada e conhecida; seu nome deu origem à palavra fru (que significa “mulher que tem o domínio sobre seus bens”), que acabou por se tornar, com o passar do tempo, o equivalente a “mulher”. Renomada pela beleza extraordinária e pelo poder de sedução, ela tinha formas exuberantes e aparecia com os seios desnudos, o manto de penas de falcão nos ombros e inúmeras jóias de ouro e âmbar.Elementos: fogo, água e terra. Animais totêmicos: gato, falcão, porca, lince, felinos, cisne, cuco, aves de rapina, doninha, javali (considerado a metamorfose do seu amante Ottar), joaninha (”lady’s bug“).Cores: dourado, verde, vermelho-escuro. Árvore: sabugueiro, giesta, maciera, cerejeira, sorveira, tília.Plantas: avenca, catnip (espécie de valeriana), lady’s slipper (”sapato-de-vênus”), rosa vermelha, lágrimas-de-nossa-senhora, madrágora, verbena. Pedras: âmbar, olho-de-gato e de falcão, pedra-de-sol, esmeralda, calcopirita. granada, safira, azeviche (chamado de “âmbar negro”).Metais: ouro, cobre. Dia da semana: sexta-feira (Freitag ou Friday, dia de Freya). Datas de celebração: 08/01, 19-30/04, 25/06, 28/08, 15-31/10, 27/12. Símbolos: o colár mágico Brisingamen, o manto de penas de falcão, as luvas de pele de gato, gnomos, carruagem solar, o ciclo das estações (símbolo da busca por seu marido Odr), jóias (de ouro e âmbar), mel, veludo, linho, seda, formas de coração, caldeirão. as estrelas Vega e Spica. Runas: Fehu, Kenaz, Wyn, Peorth, Berkana, Laguz, Inguz e Cweorth. Rituais: de amor, para aumentar a sensibilidade e o poder de sedução; para ativar a intuição e o poder mágico, nas práticas de magia seidhr, no uso do oráculo rúnico, nas iniciações e celebrações femininas, no culto das Disir.Palavras-chave: poder de sedução, magia.
(Fonte:O caldeirão mágico das streghe)
Segundo Snorri Sturlurson ( historiador "1220"), Freyja era “a mais gloriosa e brilhante” das deusas nórdicas. Alguns autores consideravam Freyja e Frigga aspectos de uma mesma Deusa, porém, as diferenças são óbvias. Enquanto Frigga é a padroeira da paz e da vida doméstica protetora da família, Freyja é a regente do amor e da guerra, da fertilidade, da magia e da morte. Chamada de “Afrodite Nórdica”, Freyja era considerada “A Senhora” e seu irmão Freyr, “O Senhor”, ambos invocados para atrair a fertilidade da terra e a prosperidade das pessoas.
Filha da deusa da terra Nerthus e do deus do mar Njord, Freyja fazia parte das divindades mais antigas, Vanir, e foi cedida junto com o pai e o irmão ao clã dos Aesir, como parte do acordo firmado entre os dois clãs de deuses. Da análise de seu arquétipo, podem ser feitas algumas comparações com deusas de outras culturas e identificadas semelhanças.
Como Perséfone, Freyja também se ausentava da terra por alguns meses, causando a queda das folhas e a chegada do inverno.
Da mesma forma que Hécate, Freyja ensinou as artes mágicas às mulheres e era a padroeira das magas e das profetisas (völvas e seidhkonas).
Assim como Afrodite, Freyja regia o amor e o sexo e teve numerosos amantes (segundo os comentários de Loki, todos os aesir, todos os elfos, quatro gnomos e alguns mortais), sendo considerada adúltera e promíscua pelos historiadores cristãos. Era casada com Odr, mas, em razão de seu desaparecimento por alguns meses do ano, Freya chora lágrimas de âmbar e ouro, procura-o e lamenta sua ausência. As duas deusas são aficionadas por ouro e jóias. Afrodite tem seu cinto mágico, Freyja usa o famoso colar Brisingamen e o nome de suas duas filhas - Hnoss e Gersemi, que significam, respectivamente, tesouro e jóia.
Cibele, em seu mito, era servida por sacerdotes eunucos; os magos nórdicos que usavam as práticas seidhr eram considerados efeminados e vistos com desdém pelos guerreiros que os apelidavam de ergi. Enquanto a carrauagem de Cibele era puaxada por leões, a de Freyja já era conduzida por gatos.
Também são citadas as deusas celtas Maeve, Morrigan e Macha, pois Freyja tanto era guerreira, quanto sedutora, e usava a magia ou a astúcia para atingir seus objetivos. Ao contrário das deusas celtas, que sobrevoavam os campos de batalha metamorfoseadas em corvos, Freyja podia assumir a forma de um falcão ou usar um manto mágico feito com penas.
Outras deusas semelhantes são Anat, Ishtar e Inanna, que têm em comum com Freyja os traços guerreiros, a liberdade amorosa, as habilidades mágicas e a morte e renascimento (ou retorno) de seus amados).
A escrito Sheena McGrath compara Freyja não apenas a essas deusas, mas também a Odin, pois ambos se valiam do sexo para atingir seus propósitos. Ambos são adúlteros e ardilosos, viajam metamorfoseados entre os mundos e recebem as almas dos guerreiros mortos em seus salões.
Freyja possuía um colar mágico, Brisingamen, obtido de quatro gnomos ferreiros, em troca do qual ela dormiu uma noite com cada um. Odin, com inveja dos poderes mágicos do colar, enviou Loki para que o roubasse. Ele se transformou em uma pulga e mordeu o pescoço de Freya que, ao se coçar, soltou o colar, permitindo que Loki o roubasse. Para reavê-lo, Freyja teve que fazer algumas concessões para Odin com relação à disputa sobre os ganhadores nas batalhas (cada um deles queria a vitória para seus protegidos).
Freyja vivia na planície de Folvangr (”campo de batalha”), em um palácio chamado Sessrumnir (”muitos salões”). Diariamente, ela cavalgava, como condutora das Valquírias, e recolhia metade dos guerreiros mortos em combate. Nesse aspecto, seu nome era Val-Freyja. Como recompensa por ter iniciado Odin na prática da magia seidhr, Freyja podia escolher quais heróis desejava, os demais cabiam a Odin. Ela também recebia as almas das mulheres solteiras.
Como Vanadis, Freyja era a regente das Disir, que personificavam aspectos das forças da natureza (sol, chuva, fertilidade, abundância e proteção) e eram as matriarcas ancestrais das tribos, reverenciadas com o festival anial Disirblot, na noite de 31 de outubro.
A escritora Monica Sjöo considera Freyja e Frigga deusas gêmeas ou, juntamente com Hel, parte de uma tríade, embora, tivessem atributos totalmente diferentes.
Freyja também tinha seu aspecto solar: chamada de “Sol brilhante”, ela chorava lágrimas de ouro e âmbar, que eram também os nomes de seus gatos, chamados por Diana Paxson de Tregul (”ouro da árvore”) e Bygul (”ouro de abelha”). Sua busca por Odr segui a trajetória do Sol, conforme as mudanças de estações, o que também a ligava à terra. Com o nome de Mardal ou Mardöll, Freyja era reverenciada como “o brilho dourado que aparece na superfície da água iluminada pelos raios do Sol poente”. Supõe-s que Gullveig (a enigmática giganta que disseminou a cobiça entre os deuses do Aesir) tenha sido um disfarce usado por Freya, enfatizando sua paixão pelo ouro. E foi como a maga Heidhr, “A Brilhante”, que ela ensinou a magia seidhr a Odin.
Outras de suas manifestações são Hörn, “A fiandeira”, regente do linho; Dyr, representada como “A porca”, a protetora dos animais domésticos, e Defn, “A generosa”; mas sempre como “A Senhora”, real significado de seu nome (Frowe, Fru ou Frau).
Atributos: representação da feminilidade, do amor, do erotismo da vida, da prosperidade e do bem-estar. Também era a regente das batalhas, da guerra e da coragem. Era a senhora da magia, a padroeira das profecias e das práticas xamânicas seidhr ou seidr (compostas por transe, necromancia, magia e adivinhação). Suas sacerdotisas eram as völvas e serdhkonas. Freyja era a deusa nórdica mais cultuada e conhecida; seu nome deu origem à palavra fru (que significa “mulher que tem o domínio sobre seus bens”), que acabou por se tornar, com o passar do tempo, o equivalente a “mulher”. Renomada pela beleza extraordinária e pelo poder de sedução, ela tinha formas exuberantes e aparecia com os seios desnudos, o manto de penas de falcão nos ombros e inúmeras jóias de ouro e âmbar.Elementos: fogo, água e terra. Animais totêmicos: gato, falcão, porca, lince, felinos, cisne, cuco, aves de rapina, doninha, javali (considerado a metamorfose do seu amante Ottar), joaninha (”lady’s bug“).Cores: dourado, verde, vermelho-escuro. Árvore: sabugueiro, giesta, maciera, cerejeira, sorveira, tília.Plantas: avenca, catnip (espécie de valeriana), lady’s slipper (”sapato-de-vênus”), rosa vermelha, lágrimas-de-nossa-senhora, madrágora, verbena. Pedras: âmbar, olho-de-gato e de falcão, pedra-de-sol, esmeralda, calcopirita. granada, safira, azeviche (chamado de “âmbar negro”).Metais: ouro, cobre. Dia da semana: sexta-feira (Freitag ou Friday, dia de Freya). Datas de celebração: 08/01, 19-30/04, 25/06, 28/08, 15-31/10, 27/12. Símbolos: o colár mágico Brisingamen, o manto de penas de falcão, as luvas de pele de gato, gnomos, carruagem solar, o ciclo das estações (símbolo da busca por seu marido Odr), jóias (de ouro e âmbar), mel, veludo, linho, seda, formas de coração, caldeirão. as estrelas Vega e Spica. Runas: Fehu, Kenaz, Wyn, Peorth, Berkana, Laguz, Inguz e Cweorth. Rituais: de amor, para aumentar a sensibilidade e o poder de sedução; para ativar a intuição e o poder mágico, nas práticas de magia seidhr, no uso do oráculo rúnico, nas iniciações e celebrações femininas, no culto das Disir.Palavras-chave: poder de sedução, magia.
(Fonte:O caldeirão mágico das streghe)