terça-feira, 28 de julho de 2015

Lua Azul ou Lua das Fadas




E o que é uma Lua Azul? Chamada de Blue Moon entre os americanos, uma alusão à Lua Triste, ela nada tem a ver com melancolia ou tristeza! A Lua Azul é como chamamos a segunda Lua Cheia de um mês. É um fenômeno raro e quando acontece deve ser aproveitado! Conhecida também como Lua das Fadas, todos os elementais neste dia mágico se reúnem em volta dos caldeirões das bruxas, brincando, festejando e realizando os mais profundos desejos. Nesse dia, fazemos pedidos e confraternizamos com os seres invisíveis que estão mais próximos de nós. Uma boa magia neste dia é fazer um bolo em forma de Lua Cheia (redondo). Escreva em pedacinhos de papel palavras que exprimem o eu desejo: fartura, amor, prosperidade, boa sorte, carro novo, casa nova, casamento, etc.

Acenda uma vela branca e faça um bolo branco, mas o glacê pode ser azul, se você preferir. Misture esses papeizinhos no bolo. A primeira fatia dele com um copo de leite deve ser oferecido à Lua, deixando numa janela ou jardim. O restante pode ser consumido e oferecido às pessoas da casa. O papelzinho que você pegar primeiro indica o primeiro desejo seu que a Lua ajudará a realizar.


Um ritual para a Lua Azul

Esse é um ritual para conectar-se com as energias da Lua. Ele aumenta a intuição, a magia e dá tranqüilidade e alegria, mesmo nos momentos mais problemáticos da vida. Ele também trabalha a fartura e a prosperidade. Pode ser feito sozinho ou com amigos. Esse ritual, um esbat, tem ar de celebração e deve ser muito leve e sincero. Experimente! Você vai se surpreender com o equilíbrio e a harmonia que experimentará a partir daí!

Você vai precisar de:

Uma taça de vinho branco ou leite
Um bolo em Lua Cheia
Flores brancas
Cristais
Vela branca
Incenso
Pedras claras

Em uma noite de Lua Cheia, faça um círculo com as pedras claras, caminhando no sentido horário, enquanto entoa um cântico.

Minha deusa celestial, minha amiga Lua, minha irmã e companheira, eu celebro tua presença.

Dentro do círculo, enfeite com as flores brancas e os cristais. Acenda a vela branca e o incenso.



Que a deusa esteja presente em minha alma. Assim como esta chama se acende, que meu coração se acenda com tua presença.

Erga seus braços e contemple a Lua. Visualize a luz de prata derramando-se sobre você. Este é um ritual de contemplação. Não há necessidade de muitas palavras.



Eu agradeço, minha deusa e peço que abençoe este alimento para que a magia, a fartura e o amor cresçam em minha vida.

Erga o vinho e a bandeja de bolo à Lua. Veja a luz de prata cobrindo os alimentos. Recoloque os alimentos no altar e faça alguns minutos de meditação, pensando nas coisas que você deseja atrair para sua vida. Então, coma o bolo e beba o vinho (ou o leite). Se houverem mais pessoas presentes, elas também devem ser servidas. Pode haver música e dança para celebrar a ligação com a Lua. O bolo continuará encantado, podendo inclusive ser guardado e consumido depois.

Em combinação com esse ritual, que pode ser feito como abertura, você pode realizar outras magias de acordo com seus desejos mais profundos. Tudo o que for encantado na Lua Azul terá muito mais poder! Aproveite para fazer pós mágicos, poções, água da Lua, elixires, encanar cristais e instrumentos. Também é um bom dia para iniciações!

Uma receita mais moderna de Bolo da Lua

Alguns ingredientes da receita anterior podem ser mais difíceis ou caros para certas regiões, então escolha outro bolo. O importante é que você faça. Inclusive, os bolos de massa pronta dão ótimos resultados em rituais. É só lembrar de escolher um bolo branco, de massa leve e doce, como o bolo de baunilha ou um bolo de leite, como o que coloco a seguir.

Bolo da Lua



4 ovos
2 copos de açúcar
2 copos de farinha de trigo ½ copo de maisena 
1 copo de leite fervendo 1 colher (sopa) de fermento em pó

Modo de fazer:

Tome um banho de cristal ou rosa branca e coloque uma roupa branca ou azul. Acenda velas prateadas, azuis ou brancas durante o preparo. Coloque o leite que será usado perto das velas e faça suas orações e pedidos para as fadas. Coloque música de bom gosto. Bata bem as claras em neve, depois junte as gemas e o açúcar. Bata bem até levantar bolhas. Acrescente a farinha, a maisena e o fermento, e, por último, o copo de leite fervendo. Asse em forno quente.

Dica para a Lua Azul:

Para preparar este bolo para a Lua Azul, aproveite a energia dessa cor para atrair as fadas e as boas energias dessa noite. Misture no leite um pouco de anilina azul ou use num glacê, enfeitando com confetes prateados. As fadas são curiosas e não vão deixar de aparecer quando virem algo tão bonito e diferente!

Elixir das Fadas


Licor de morango das fadas

Ingredientes:

600g de morangos frescos e bonitos
200g de açúcar
1 xícara (chá) de água
1 xícara (chá) de aguardente

Leve ao fogo o morango, o açúcar e a água até parecer um xarope. Coe e junte a aguardente, colocando um cristal dentro. Durante cinco dias, acenda uma vela arco-íris e um incenso perto da garrafa. Depois de cinco dias, coe novamente, retire a pedra e guarde numa garrafa bonita ou decorada. Esse elixir pode ser consagrado na Lua Azul com o poder das fadas, para as quais você deve pedir saúde, ou beleza, ou boa sorte, ou prosperidade. O seu pedido será encantado com desejo que você fizer!


Pedro Guardião

A Lua Azul da Abundância


Próxima Lua Azul 31/07/2015 ás 07hs44m

Acredita-se que a Lua Azul começou a ser cultuada, inicialmente, entre os egípcios, com a substituição do calendário lunar - que marcava o tempo usando as fases da lua - pelo solar - que introduziu o conceito do mês de trinta dias.
Lua Azul é o nome que se dá à segunda lua cheia dentro do mesmo mês. Um fenômeno que acontece, em média, uma vez a cada dois anos e sete meses, sete vezes a cada dezenove anos e trinta e seis vezes no século.

Desde a Antiguidade, a Lua Azul é considerada um acontecimento de muita força magnética e poder espiritual, reforçando o sentido de plenitude da lua cheia.
A Lua Azul nos proporciona uma oportunidade a mais de tocar o divino, um aumento da consciência diante das forças sobrenaturais, reforçando, assim, o intercâmbio com os outros planos, reinos e dimensões. Por ser considerada um tempo entre os tempos, um momento raro - e por isso, muito mais poderoso e mágico - fica mais fácil alcançar o mundo entre os mundos por meio dela. É uma lua de abundância, que permite colher muito mais do que plantamos. Os encantamentos têm maior poder e os resultados são mais rápidos. Pensamentos e desejos tornam-se mais intensos e, assim, qualquer ritual exige maior cautela em relação aos objetivos e pedidos. Mais do que nunca vale a advertência: cuidado com o que pedir, pois você pode conseguir!

Com o surgimento do calendário juliano, no início do cristianismo, o culto à Lua Azul passou a ser reprimido por ser considerado uma exacerbação da simbologia lunar, do poder feminino e do culto às deusas, assuntos perseguidos e proibidos. Mesmo assim, permaneceu sua aura romântica e poética, e a Lua Azul passou a ser associada à crença de que era propícia ao romance e ao encontro de parceiros. Surgiu o termo inglês blue moon, significando algo muito raro, impossível, dando origem a inúmeras músicas e poemas melancólicos ou esperançosos.
Na mitologia celta, esta lua favorece o contato com o reino encantado dos seres da natureza. Invocam-se as Rainhas das Fadas - Aeval, Aine, Aynia, Bri, Creide, Mah e Sin - e empreendem-se viagens reais ou imaginárias para as sidhe, as colinas encantadas, morada do Little People, o Povo Pequeno.

Para agradar as fadas, os celtas cultivavam perto de suas casas suas plantas preferidas - calêndulas, verbenas, violetas, prímulas e tomilho - e deixavam oferendas de mel, leite, manteiga, pão e cristais nas clareiras onde os círculos de cogumelos denotavam sua presença. Para favorecer a visão, abrindo a percepção psíquica, usava-se artemísia, em chá ou em infusões para banhos, suco de samambaias ou orvalho passado nas pálpebras, sachês de mil folhas e hipericão, invocações mágicas adequadas.

A Lua Azul é regida pela Matriarca da Décima Terceira Lunação. Ela é aquela que se torna a visão, a guardiã de todos os ciclos de transformação, a mãe das mudanças. Essa Matriarca nos ensina a importância de seguir nosso caminho sem nos deixar desviar por ilusões que possam vir a interferir em nossas visões. Cada vez que nos transformamos, realizando nossas visões, uma nova perspectiva e compreensão se abrem, permitindo-nos alcançar outro nível na eterna espiral da evolução do espírito.

A última visão a ser alcançada é a decisão de simplesmente SER. Sendo tudo e sendo nada, eliminamos os rótulos e definições que limitam nossa plenitude.
Para criar uma atmosfera adequada a uma celebração da Lua Azul, use velas e roupas azuis. Prepare água lunarizada expondo garrafas de vidro azul, cheias de água, aos raios lunares. Prepare "travesseiros dos sonhos", enchendo uma fronha de tecido azul com flores de sabugueiro, lavanda ou alfazema, hipericão, folhas de artemísia e sálvia. Imante cristais e pedras azuis como o topázio azul, a safira, o berilo, a água-marinha, o lápis-lazuli ou a sodalita. Com a ajuda de músicas com sons da natureza - como pios de corujas, cantos de baleias ou uivos de lobos - permita que sua criatividade e intuição levem-no/a ao reino das fadas ou ao encontro das deusas lunares. Olhe fixamente para a lua, eleve seus braços e puxe a luz da lua para sua testa, seu coração e seu ventre. Conecte-se, em seguida, à Matriarca, pedindo-lhe orientação sobre as mudanças necessárias para alcançar uma real transformação. Permaneça, depois, em silêncio e ouça as mensagens e respostas ecoando em sua mente ou alegrando seu coração.

Mirella Faur

terça-feira, 14 de julho de 2015

Mito Diânico da Criação

 

Foi quando não havia o tempo, antes do despertar das eras, e antes que céus e terra pudessem contemplar-se na eternidade. A Deusa dormia e, com Ela, todas as coisas que ainda não existiam, no espaço escuro e inexistente, anterior à criação. Ela dormia e sonhava com a vida. E a vida lhe pareceu tão bela e doce quanto forte e poderosa; tão sagrada quanto Ela mesma. A Deusa encheu-se de alegria com a visão daquela existência, de tal forma que sorriu o primeiro dos sorrisos, antes mesmo da alegria existir. E assim Ela começou a mover-se e, percebendo Sua beleza, apaixonou-se por si própria. E desse amor nasceram todas as coisas.

Ela criou o Ar, para que sua canção ecoasse, juntamente com os movimentos de sua dança. A paixão com que criou todas as coisas e que emanava em pequenas esferas luminosas a partir de seus movimentos fez com que nascesse o Fogo e, com ele, o brilho. E o amor que depositou em cada uma destas coisas corria no universo vazio, nas Águas de seu útero condescendente, pulsante em vida. E, por fim, ela moldou todas as coisas e deu origem à terra; Seu Corpo Sagrado, Sua fertilidade; Ela mesma.

E Ela criou montanhas, voluptuosas e fortes em suas formas, que eram, também, as formas Dela: Seus seios, Seu ventre cheio, Sua estabilidade e segurança. E por entre as montanhas e planícies corriam rios, livres, murmurantes: Seu sangue sagrado que brotava do centro da terra, formando fios de água cristalina, o brilho prateado que enfeitava o mundo. E Ela deu origem às árvores, pequenas e frágeis e também grandes e de copas largas, para que aqueles que habitassem a Terra pudessem lembrar-se de Seu abrigo e descansar à Sua sombra. E todas as coisas que agora cresciam na terra pulsavam: lembranças de Sua cura, Sua abundância, Sua promessa de vida.

E quanto mais percebia Sua essência em todas as coisas que havia criado, mais Ela as amava. E assim Ela deu origem ao Deus, para que Lhe fizesse companhia, e Lhe desse prazer, e para que dançasse com Ela a Dança da Vida; aquele a quem Ela primeiro amou e primeiro abençoou; seu primeiro iniciado.

E Ela multiplicou-se. Deu origem à mulher: Sua filha, Sua irmã, Sua Sacerdotisa, em sua própria imagem e, como Ela, guardiã de Seus poderes, a portadora da vida. 

E ainda emanando Seu amor, Ela, que é Mãe de todas as coisas viventes, encheu a Terra de novos seres, cada um deles mais exótico, mais belo do que o outro, para que nos lembrássemos, sempre, de que não estamos sós. Para que quando olhássemos para todas as coisas que Ela criou nos lembrássemos de como estamos todos ligados, unidos na grande teia que Ela, a mais antiga e exímia tecelã, teceu na escuridão das eras. 

E tudo o que não existia, Ela fez nascer, detalhando-se, demorando-se, envolvendo-se, conhecendo profundamente cada um dos objetos de Sua criação. E Ela os amou, cada um deles. E os fez diversos, e os fez inúmeros, depositando em Sua obra a amostra de Sua diversidade. Sua vida - Sua sagrada vida - que agora crescia, evoluía, transformava-se, sempre tornando-se algo melhor e ainda mais encantador, a cada segundo.

E Ela então contemplou Sua criação, e mais uma vez sorriu. E foi novamente preenchida por uma onda de êxtase, júbilo por tudo aquilo que se formara a partir de Suas poderosas mãos. Pois não havia nada que não tivesse vindo dela própria. E assim Ela criou o primeiro Mistério, a ser percebido por aqueles que A viam em toda a existência: todas as criaturas e todo o Universo eram parte Dela mesma, vivendo através de Sua vida, Sua beleza, e dançando, com o ecoar em tudo isso, de Sua preciosa canção.

 
Baseado no mito da criação de Lulu Saille por Marisa Petcov

A Deusa




A Deusa foi a primeira divindade cultuada pelo homem pré-histórico. As suas inúmeras imagens encontradas em vários sítios históricos e arqueológicos do mundo inteiro representavam a fertilidade - da mulher e da Terra. Por ser a mulher a doadora da vida atribuiu-se à Fonte Criadora Universal a condição feminina e a Mãe Terra tornou-se o primeiro contato da raça humana com o divino.

Quem é A Deusa?

Só o fato de termos que fazer essa pergunta demonstra o quanto nossa sociedade ocidental formada sob a égide da mitologia judaico-cristã se afastou de nossas origens. Fomos criados condicionados por uma cosmologia desprovida de símbolos do Sagrado Feminino, a não ser Maria, Mãe Divina, que não tem os atributos divinos, que são reconhecidos apenas ao Pai e ao Filho e é substituída na Trindade pelo conceito de Espírito Santo.
Maria é, quando muito, a intermediária para a atuação dos poderes do Deus... "peça à Mãe que o Filho concede..." Mas Maria não é a Deusa, senão um de seus aspectos mais aceitos pela sociedade patriarcal, de coadjuvante do Deus, reproduzindo o fenômeno social do patriarcado em que a mulher auxilia o homem, mas sempre lhe é inferior e, por isso, deve submeter-se à sua autoridade.
Constata-se que a ausência de uma Deusa nas mitologias pós-cristãs se deve ao franco predomínio do patriarcado. Predomínio esse que nos trouxe, ao final do século XX, a uma sociedade norteada pelos valores da competição selvagem, da sobrevivência do mais forte, da violência ao invés da convivência, do predomínio da razão sobre a emoção. Mas a Deusa está ressurgindo. Desde a década de 60, reafirmando-se nas últimas, a descoberta da Terra como valor mais alto a preservar sob pena de não mais haver espécie humana fez decolar a consciência ecológica e o renascimento dos valores ligados à Deusa: a paz, a convivência na diversidade, a cultura, as artes, o respeito a outras formas de vida no planeta.
Cultuar a Deusa hoje significa reconsagrar o Sagrado Feminino, curando, assim, a Terra e a essência humana. Quer sejamos homens ou mulheres, sabemos que nossa psique contém aspectos masculinos e femininos. Aceitar e respeitar a Deusa como polaridade complementar do Deus é o primeiro passo para a cura de nossa fragmentação dualística interior.
A Deusa é cultuada como Mãe Terra, representando a plenitude da Terra, sua sacralidade. Sobre a Terra existimos e, ao fazê-lo, estamos pisando o corpo Onipotente e distante, que vive nos céus... A Deusa é a Terra que pisamos, nossos irmãos animais e plantas, a água que bebemos, o ar que respiramos, o fogo do centro dos vulcões, os rios, as cores do arco-íris, o meu corpo, o seu corpo... A Deusa está em todas as coisas... Ela é Aquela que Canta na Natureza... O Deus Cornífero seu consorte, segue sua música e é Aquele que Dança a Vida...
Cultuar a Deusa não significa substituir o Deus ou rejeitá-lo. Ambos, Deus e Deusa são as expressões da polaridade que permitiu que o Grande Espírito, o UNO, se manifestasse no universo... São os dois lados de uma mesma moeda... as duas faces do Todo, ou sua divisão primeira. Assim, crer na Deusa e no Deus ainda é crer em um Ser Supremo que, ao se bipartir, criou o princípio masculino e o princípio feminino, o Yin e o yang, o homem e a mulher.
A Deusa também é a Senhora da Lua e, mais uma vez, a explicação desse fato remonta às cavernas em que já vivemos. O homem pré-histórico desconhecia o papel do homem na reprodução, mas conhecia muito bem o papel da mulher. E ainda considerava a mulher envolta em uma aura mística, porque sangrava todo mês e não morria, ao passo que para qualquer dos homens sangrar significava morte. Portanto, a mulher devia ser muito poderosa, ainda mais que conhecia o "segredo" de ter bebês... É fácil entender porque a mulher era identificada com a Deusa, ou, melhor dizendo, porque a primeira divindade conhecida tinha que ter caracteres femininos... Ainda mais quando as pessoas descobriram que a gravidez durava 10 lunações e a colheita e o suceder das estações seguia um ciclo de 13 meses lunares. O primeiro calendário do homem pré-histórico foi mostrado nas mãos da famosa estatueta da Vênus de Laussel, que segura em sua mão um chifre em forma de crescente, com 13 talhos que representam as lunações.
Por sua conexão com a Lua e a mulher, a Deusa é cultuada em 3 aspectos: a Donzela, que corresponde à Lua Crescente, a Mãe representada na Lua Cheia e a Anciã, simbolizada na Lua Decrescente, ou seja, Minguante e Nova.
Na tradição da Deusa a Donzela é representada pela cor branca e significa os inícios, tudo o que vai crescer, o apogeu da juventude, as sementes plantadas que começam a germinar, a Primavera, os animais no cio e seu acasalamento. Ela e a Virgem, não só aquela que é fisicamente virgem, mas a mulher que se basta, independente e auto-suficiente.
Como Mãe a Deusa está em sua plenitude. Sua cor é o vermelho, sua época o verão. Significa abundância, proteção, procriação, nutrição, os animais parindo e amamentando, as espigas maduras, a prosperidade, a idade adulta. Ela é a Senhora da Vida, a face mais acolhedora da Deusa.
Por fim, a Deusa é a Anciã, que é a Mulher Sábia, aquela que atingiu a menopausa e não mais verte seu sangue, tornando-se assim mais poderosa por isso. Simboliza a paciência, a sabedoria, a velhice, o anoitecer, a cor preta. A Anciã também é a Deusa em sua face Negra da Ceifeira, a Senhora da Morte. Aquela que precisa agir para que o eterno ciclo dos renascimentos seja perpetuado. Esta é o aspecto com que mais dificilmente nos conectamos, porém, a Senhora da Sombra, a Guardiã das Trevas e Condutora das Almas é essencial em nossos processos vitais. Que seria de nós se não existisse a morte? Não poderíamos renascer, recomeçar...
Desta forma, é fácil compreendermos porque a Religião da Deusa postula a reencarnação. Se fazemos parte de um universo em constante mutação, que sentido haveria em crermos que somos os únicos a não participar do processo interminável da vida-morte-renascimento? Essa realidade existe no microcosmo do ciclo das estações, da colheita que tem que ser feita para que se reúnam as sementes e haja novo plantio. É justamente por isso que aqueles que seguem o Caminho da Deusa celebram a chamada Roda do Ano, constituida pelos 8 Sabbats celtas que marcam a passagem das estações. Ao celebrar os Sabbats cremos que estamos ajudando no giro da Roda da Vida, participando assim de um processo de co-criação do mundo.
Por tudo o que dissemos fica fácil entender porque os caminhos, cultos e tradições centrados na Deusa são religiões naturais, fundamentadas nos ciclos da natureza e no entendimento de seus elementos e ritmos. Estas práticas de magia natural usam a conexão e correlação dos elementos da natureza - Água, Terra, Fogo e Ar, as correspondências astrológicas (signos zodiacais, influências planetárias, dias e horários propícios, pedras minerais, plantas, essências, cores, sons) e a sintonia com os seres elementais (Devas Guardiões dos lugares, Gnomos, Silfos, Ondinas, Salamandras, Duendes e Fadas).

A Deusa e o Deus

"Todas as Deusas são uma só Deusa, todos os Deuses são um só Deus."

Conquanto a Deusa presida a pulsação vital constante do Universo, é imprescindível que entendamos o papel do Deus. Ela é a Senhora da Vida, mas Ele é o Portador da Luz; Ela é o ventre, Ele o falo ereto; Ela gera a vida, Ele é a faísca que inicia o processo, em plena harmonia, sem predomínios nem competições, mas pela completa união... Ambos parceiros no desenrolar da música e dança que criam e recriam o universo ainda hoje... Na Primavera Ela é a Donzela, Ele o Deus Azul do Amor... No verão ela é a Mãe, grávida, ele o Galhudo, o Deus da Vegetação e dos Animais, Cernnunnos... No outono ele desce para o Mundo Subterrâneo, como o Deus Negro do Mundo Inferior, do sacrifício e da Morte e Ela a Anciã que abre os portais e o acolhe durante sua transmutação. No inverno ele renasce do próprio ventre escuro da Deusa, que quase torna, assim, a um só tempo, sua consorte e sua mãe...
Os últimos anos têm assistido o fenômeno chamado "Renascer da Deusa", ou seja, o ressurgimento do arquétipo do divino feminino na cultura, nas artes, na ciência e no psiquismo das pessoas. Fazem parte desse renascimento a preocupação ecológica, as manifestações pela paz, o ressurgimento de religiões baseadas na natureza, pondo em relevo valores femininos: o respeito à Mãe Terra, o reconhecimento dos seres humanos como irmãos dos demais seres, a ênfase na conciliação dos sexos e das pessoas, ao invés da competição, a paz ao invés dos conflitos, as terapias naturais respeitando o corpo e a Terra, a volta dos oráculos (runas, tarot, geomancia) e das práticas xamânicas.
Dentro dessa nova mentalidade, o culto à Grande Mãe pode ser feito em diversos caminhos espirituais. De certa maneira, a própria Igreja Católica participa dessa tendência de várias maneiras, colocando em relevo depois de muitos anos a figura de Maria. As religiões centradas na Deusa geralmente têm em comum o reconhecimento da natureza como a própria e, por isso, são designadas como Cultos ou Tradições Naturais, muitos deles oriundos ou aplicando os princípios do xamanismo. Os cultos à Deusa são religiões xamânicas, no sentido de reunirem prática de magia natural e contatos com outras realidades, além de se basearem na interação dos quatro elementos: Fogo, Água, Terra e Ar, unidos pela quitessência que é o Espírito.
Atualmente existem inúmeros cultos que poderíamos chamar de "centrados na Deusa", ou "A Religião da Deusa". Mas o mais conhecido deles hoje, sem dúvida, é a Tradição Wicca, que influencia de muitas formas todos os demais.
Wicca é uma religião pagã (usada esta palavra tanto no sentido comum de "não cristã", como no sentido etimológico de "oriunda do campo", por ser uma religião de origem rural) que cultua a Deusa Tríplice e seu consoante o Deus Cornífero. Ambos são expressões em polaridades do Ser Supremo, a Divindade, chamado pelos nativos norte americanos de Grande Espírito ou o Grande Mistério, O UNO ou a Fonte Criadora, que se manifesta na realidade concreta nas representações da Deusa e do Deus.
A palavra WICCA se origina do inglês arcaico wicce, significando wise (sábio) e o verbo moldar, dobrar. Portanto, um Wiccan (como são chamados seus adeptos) é um moldador, alguém que dá outra feição à realidade que o cerca.
A Wicca surgiu na primeira metade do século XX, do estudo de alguns pioneiros como Margaret Murray e Gerald Gardner, que procuraram resgatar as raízes da witchcraft (bruxaria) praticada na Inglaterra rural e na Toscana (norte da Itália). Essas práticas eram, na origem, a expressão popular da religião celta, que dominou a Europa Ocidental por séculos. A Wicca, pois, se propõe a ser a versão moderna da Antiga Religião.
Na Tradição Wicca existem diversas vertentes, desde as mais rigidamente estruturadas, seguindo normas e rituais fixos, até aquelas que são predominantemente ecléticas, com adaptações regionais ou pessoais. Entre as mais tradicionais se encontram a Gardeneriana, Alexandrina, Diânica, Celta, Georgiana etc. A Wicca pode ser praticada em grupos chamados covens ou por solitários.
Todas as Deusas são uma única Deusa", múltiplas manifestações da Grande Mãe. Cultuar a Grande Deusa pode se manifestar no culto a um ou mais dos arquétipos que a representem nas diversas culturas do mundo. Assim, sejam as Lilith e a Shequinah judaicas, a babilônia Inanna, a havaiana Pele, a chinesa Kwan-In, a japonesa Amaterasu, a inca Ixchel, as africanas Yemanjá e Oyá, ou as hindus Sarasvati e Kali, sempre se estará prestando culto à mesma e única Deusa. As diferentes mitologias enumeram milhares de nomes de Deusas, correspondendo a aspectos ou atributos diversos. Assim, se escolhemos nos conectar com as Deusas Afrodite ou Ishtar ao procurarmos trabalhar a energia do amor, o fazemos porque essas formas do arquétipos, por disposição de milênios, mais se aproximam dessa energia. Se precisamos tratar de estudos ou escrita, criatividade nas artes, invocamos Atena ou Saravasti, por exemplo.
Muitas bruxas costumam se conectar com Deusas de diferentes mitologias, conforme a necessidade de seus trabalhos. Outras se atém a um panteão determinado e só cultuam as Deusas e Deuses daquela cultura. Ambas as formas de expressão fazem parte dos Caminhos da Deusa. Algumas bruxas preferem se conectar com as Deusas em sua forma mais primitiva, como Mãe Terra, daí utilizarem símbolos das chamadas Vênus pré-históricas, como de Laussel, Willendorf, Deusa serpente de Creta, Deusa do Nilo.

Mãe Antiga

Eu sou uma Bruxa ...




Muito prazer, eu sou uma bruxa. Sou descendente dos sobreviventes da inquisição. Não precisa ter medo de mim, eu não sou uma pessoa má.

Minha ligação com a energia feminina da "Mãe Natureza" é muito forte.

Estou sempre buscando o melhor conhecimento do meu corpo e do meu humor, estudando a relação existente com as fases da lua.

Tenho dois livros: um de capa preta, onde registro os preparos das receitas e das poções, bem como os trabalhos realizados, e outro, que seria um diário pessoal.

Não tenho o conceito "padrão de culpa ou/e pecado", mas sim o de responsabilidade individual pelos meus atos e pelos meus pensamentos e o respeito pelo próximo.

Bruxas e Bruxos de verdade só tem poderes mágicos por que não vivem com a cabeça na ilusão, eles vivem com os dois pés na realidade e conseguem através da sabedoria se conectar com intensidade na vida com aquilo que ela tem de melhor e de pior – e através da participação se transformam, lutam contra os monstros que aparecem. 

Tenho três Deusas principais: a Jovem (aquela que não pariu), representada pela lua crescente; a Mãe (aquela que já pariu) representada pela lua cheia; e a Anciã (aquela cujos filhos/filhas já entraram para o ciclo de renascimento, ou seja, já geraram outros seres), representada pela lua minguante.

Utilizo trajes de todas as cores e em cada ritual especificamente. No inicio uso apenas branco. Quando Sacerdotisas uso preta dependendo dos rituais.

Quando eu digo quem sou, eles me chamam de uma "Bruxa". Quando eu defendo aqueles que eu amo, eles me chamam de Bruxa. Quando eu falo minha opinião, penso nas coisas e falo meus próprios pensamentos, ou faço o meu próprio caminho, eles me chamam de Bruxa.

Eu sou uma Bruxa, mas, eu não sou má. Não prejudico ninguém com o meu poder! Não sou perigosa... Sou normal! Minha religião não é uma piada! Não sou fantasia. Sou real! Você não precisa ter medo de mim...Não quero converter você! Mas, por favor, não tente me converter. Apenas me dê o mesmo direito que lhe dou: Viver em paz! Sou muito mais parecida com você, do que possa imaginar! sou mãe, sou avó, sou eu mesma, hoje e sempre .

Ser ou se tornar BRUXA (o), não é uma questão de sorte ou azar, mas uma questão de escolha.

Bruxas (os) vêem o passado como referência, o presente como luz, o futuro como meta e os monstros como parte do caminho.

Viver da melhor forma possível deve ser a grande razão da nossa existência, muitas vezes é preciso ser Bruxa(o) para que isto aconteça.

A maior característica das bruxas(os) é seu poder de transformação, BRUXAS (os) fazem uso da ‘magia’ para realizarem seus desejos e para conquistarem seus objetivos.

Mas… é preciso acreditar, acreditar que existe força, que é possível, que somos resistentes e possuidores de poderes que estão em nossas mãos. Não, a luta não é fácil, não será e nunca foi, às vezes os monstros são terríveis, mas sim é possível vencê-los.

Aprendi que bondade e maldade fazem parte do ser humano e busco equilíbrio e justiça e sei, que a roda da vida deve estar sempre ativa.

Eu sei, que nada é pra sempre... e no fim, posso fazer que seja um bom final
Eu sei que tenho forças nas minhas mãos, e nada me derruba... se assim eu não quiser.

Eu sou uma Bruxa por ser única com minha Deusa , por ter o conhecimento da verdade por viver com a terra e não apenas nela por ser livre e verdadeira.

Por tudo isto Eu Sou Uma Bruxa MUITO PRAZER em conhecer vocês!!!

Selma Nascimento


A Bruxa de Cozinha




"Bruxas deste planeta, uni-vos! E na cozinha, de preferência, porque é lá, na beira do fogo, que são feitas as “bruxarias” para cuidar da energia do corpo e do espírito." -  Maria Sílvia P. Orlovas


Uma Bruxa Informal e Solitária

Uma bruxa de cozinha é baseada na magia dos antigos caminhos. Normalmente, uma praticante solitária, a bruxa de cozinha encontra o sagrado em todas as tarefas do dia. A magia não se limita apenas à cozinha, que é um ofício do lar, a natureza e o selvagem, jardinagem e artesanato.

Existem inúmeras formas de "bruxaria" natural, o mais comumente referida é a bruxa de cozinha. Ela faz em casa feitiçaria, bruxaria verde, bruxaria no jardim - todos seguem caminhos semelhantes que tecem juntos a magia da natureza. Bruxaria de cozinha é algo único, porém, na medida em que torna a mais monótona das tarefas em um ato sagrado. Devoção à presença da Deusa é demonstrada através de tarefas comuns. Este é um caminho da Deusa que verdadeiramente encontra a Deusa em toda parte.

Há quem possa olhar para baixo sobre o Caminho da bruxa de cozinha, porque ela não pratica formalmente ou cria rituais estruturados para trabalhar sua "simples magia". Mas isto é bruxaria em sua forma mais natural, remontando às mulheres sábias do tempo das fogueiras, que mantiveram seus remédios de ervas e da magia, tornando sutil e discreta, por medo de represálias. Trabalhar com a natureza para fazer mágica na cozinha, jardim e casa se conecta com um poder antigo primordial que é inerente a todos nós.

Em primeiro lugar, você certamente encontrará bruxas cozinha mais em casa em sua cozinha. Cozinhar já foi considerado um ato sagrado - e com razão, pois não só é um alimento essencial para a sobrevivência, mas pode também alimentar, curar e aliviar. A cozinha é o lugar perfeito para praticar até um pouco de magia - fazendo a cada receita em um ato de amor e intenção, o alimento preparado é provável que seja muito mais delicioso do que se foi lançada em conjunto com um pensamento.

As bruxas de cozinha fazem suas cozinhas mais mágicas ao transformá-las em um espaço sagrado. A área é mantida limpa (utilizando produtos naturais, é claro), e um altar de cozinha. Este altar pode ser grande ou pequeno, dependendo do tamanho da cozinha, mas mesmo uma pequena prateleira pode abrigar um santuário para a Deusa. Algumas ervas frescas, uma estátua da deusa, e os objetos de significado contribuem para tornar-se um santuário da cozinha.

Utensílios e aparelhos estão todos à mão, e abençoados para garantir sucesso de cozimento. Quanto ao ato de cozinhar em si, é realizado com amor e significado. Os ingredientes utilizados são frescos, na época, orgânicos sempre que possível, e muitos vem de jardim da bruxa cozinha. Cozinha mágica pode assumir muitas formas, mas as três mais comuns são magicamente cozinhar com a intenção de criar um alimento saudável, abençoando a refeição, utilizando alimentos em um feitiço ou ritual, ou uma combinação dos dois, onde um feitiço pode ser fabricado para cima, enquanto fazendo a refeição.

A bruxa de cozinha também gasta muito tempo no seu jardim. Legumes, frutas e ervas são cultivadas sazonalmente, para cozinhar e fazer magia. Pode muito bem haver algumas árvores sagradas em que meditar ou fazer o ritual, ou mesmo comunhão com os espíritos da natureza do jardim. Jardinagem mantém a bruxa de cozinha perto da natureza, e sintoniza-la a mudar de acordo com as luas e as estações.

Haverá, provavelmente, a maioria das plantas cultivadas para fins medicinais, bem como culinária, a bruxa de cozinha não é diferente da mulher que sabe sobre ervas. Ela saberá como usar ervas na cura e tônicos de fortalecimento, como inventar um delicioso chá ou creme de beleza. Ela pode até ser conhecida localmente como uma curandeira.

A cozinha não é o único lugar na casa que a bruxa de cozinha foca sua concentração. Ela vai usar seus truques criativos para fazer a luz das tarefas domésticas, mantendo a casa limpa e arrumada, limpando com produtos naturais e colocando alegria e amor em seu trabalho. Cada ato,como o de limpar o chão, é visto como sagrado, por que cada ato tem seu lugar e significado. Manter a casa limpa honra a Deusa, e cria um santuário agradável para se viver. Fadas também gostam de uma casa limpa e organizada, e têm mais probabilidades de vir visitar se elas pensam que a habitante é muito trabalhadora e orgulhosa de sua casa.

Bruxaria de cozinha envolve também cuidar do meio ambiente, vivendo em uma maneira ecológica. Reciclagem, compostagem e utilização de produtos que são do tipo da Terra são uma segunda natureza para a bruxa de cozinha. Ela vai homenagear a Terra por cuidar de suas plantas e criaturas, compartilhando suas safras com a vida selvagem do jardim e pássaros.

As formas tradicionais também encontram o seu caminho na vida da bruxa de cozinha na forma de artes e ofícios. Talentos, como o de fazer arranjos e costurar, para fazer decorações sazonais e materiais domésticos, tais como cortinas e colchas, para manter vivas as antigas tradições, por exemplo, tecelagem e de trabalho de um tear. A bruxa de cozinha também pode ir ao ar livre, para a arte de recolher generosidade da natureza do seu meio natural e usá-lo para cozinhar, no artesanato e criar.

Como por magia, a bruxa da cozinha conhece muitas magias, encantos ou remédios para a cura, proteção, abundância, equilíbrio, saúde, boa colheita, harmonia e outras necessidades de valor. Ao contrário de muitas formas tradicionais de bruxaria, tais como Wicca, as práticas da bruxa de cozinha informais, sem regras complexas ou rituais. O althame e outras ferramentas de ritual é provável que sejam encontradas aqui, apesar de a bruxa de cozinha admitir que possui um avental mágico ...

A casa da bruxa de cozinha também é o lugar perfeito para outras formas de magia, como adivinhação (com folhas de chá, por exemplo), a magia do tempo, a magia de velas, feitiços de fita e assim por diante. A bruxa de cozinha pode estudar conhecimentos específicos, tais como a sabedoria do tempo, augúrio ou herbalismo, de acordo com interesses.

Como referido acima, o caminho da bruxa de cozinha é um caminho da Deusa. Há muitas deusas com quem bruxas de cozinha podem se identificar, e a maioria irá trabalhar com várias, englobando sua deusa dedicada , e aqueles que forem chamados para necessidades específicas. Os mais famosos incluem Héstia, deusa grega do lar, e sua contraparte romana, Vesta. Deusas da colheita, do milho, grãos, terra, céu, fogo, criatividade, artesanato e outras representações semelhantes, são todos relevantes para o caminho da magia da cozinha.

A maneira de a bruxa de cozinha viver serve aqueles que procuram um caminho de feitiçaria solitária, que querem se sentir satisfeitas no lar e na horta. A paixão pela natureza e sua colheita abundante é essencial, assim como a habilidade de usar a criatividade para fazer a magia do cotidiano. Ser uma bruxa de cozinha significa tornar-se consciente de como suas ações se conectam ao mundo circundante, e ao Divino. Honrando as antigas maneiras de cozinhar, curar, cuidar do lar, crescendo e criando, a bruxa de cozinha, não só celebra a Deusa, mas o feminino dentro de si também.

Gato Místico


A Lua Azul



A próxima Lua Azul é na Sexta-feira, 31 de Julho de 2015

O termo “Lua Azul” surgiu no século XVI por pessoas que, ao observarem a Lua, os viam azulada (algumas outras os viam acinzentada). Porém, após muitas discussões a respeito chegaram à conclusão de que seria impossível a Lua ficar azul, mesmo assim a expressão permaneceu e “Lua Azul” passou a ser associado a algo raro de acontecer. 

Segundo registros históricos, a Lua Azul era a terceira Lua Cheia que ocorria em um quarto de ano em que houvesse quatro duas. Ou seja, o comum era que em um quarto de ano houvesse apenas três Luas Cheias, mas quando houvesse uma quarta Lua Cheia esta era chamada de Lua Azul. Muitos dizem que a Lua Azul é a segunda Lua Cheia do um mesmo mês, mas sabe-se que essa informação deve-se a um erro de publicação da década de 40. Mesmo assim, devido a complexidade da primeira teoria, a segunda ficou popularizada.

Nesta noite muitos praticantes, juntos ou sozinhos, realizarão rituais e magias que terão resultados mais rápidos e eficazes que em qualquer outra noite, pois este acontecimento possui muita força magnética e um poder espiritual tremendo. Para os celtas, esta lua favorece o contato com o Reino Encantado dos seres da natureza. 

A Lua Azul é regida pela matriarca da 13ª lunação. É ela a guardiã de todos os ciclos de transformação, a mãe das mudanças, aquela que torna a visão nos ensinando a importância de seguir nosso destino sem deixar desviar por ilusões. A última visão a ser alcançada é a decisão de simplesmente ser, eliminando os rótulos e definições que limitam nossa plenitude.

A fim de se criar uma atmosfera adequada, usa-se roupas e velas azuis. Logo abaixo, temos uma sugestão de ritual para a Lua Azul 

Ritual para a Lua Azul

Escolha abaixo os itens que forem mais fáceis para você praticar. Os passos 1, 5, 6, 7, 8 e 9 devem fazer parte de qualquer um dos rituais. A água azul, referida no item 2 é altamente curativa sendo contra qualquer tipo de dor e calmante. Os travesseiros ajudam a comunicação e evolução espiritual. Os cristais podem ser programados para nos ajudar a realizar qualquer tipo de desejo.

1- Use velas e roupas azuis;
2- Exponha garrafas de vidro azul, com água aos raios lunares;
3- Faça pequenos ou grandes “travesseiros dos sonhos” enchendo uma fronha de tecido azul com flores de sabugueiro, lavanda ou alfazema, hipericão, folhas de artemísia e sálvia;
4- Prepare cristais azuis: limpe o cristal deixando de molho na água com sal por 2 horas. Em seguida lave-o em água corrente, besunte-o com essência de Artemísia ou sálvia ou alfazema, e depois o exponha à energia a lua, imantando-os. Fale com seu cristal e diga a ele qual desejo ou objetivo deverá ajudar você a realizar. Lembre-se de preparar um cristal para cada um dos seus desejos ou objetivos. Eleve seu cristal em direção à lua cheia, mentalizando fortemente seu objetivo, e depois o traga para você, tocando com ele seu chacra frontal (entre as sobrancelhas), seu coração e seu ventre. Guarde-o num saquinho porta joias, de preferência de cor azul. Carregue-o sempre com você. Quando seu desejo se realizar, devolva o cristal à Mãe Terra, enterrando-o num jardim florido. (cristais e pedras azuis: topázio azul, a safira, o berilo, a água-marinha, o lápis-lazúli ou a sodalita);
5- Ouça músicas com sons da natureza, como pios de corujas, cantos de baleias ou uivos de lobos, permitindo que a sua criatividade e intuição levem-no(a) ao Reino das Fadas ou ao encontro das Deusas Lunares;
6- Olhe fixamente para a Lua, eleve seus braços e “puxe” a luz da Lua para sua testa, seu coração e seu ventre.
7- Conecte-se, à Matriarca – Grande Mãe Lua, pedindo-lhe orientação sobre as mudanças necessárias para alcançar uma real transformação;
8- Fique em silêncio e ouça as mensagens e respostas ecoando em sua mente ou alegrando seu coração.
9- Agradeça e encerre.

Lembre-se que a lua representa o sagrado feminino. A Lua Azul, considerada lua dos desejos impossíveis, também está relacionada aos desejos de amor, segundo as lendas, amores impossíveis originando a Blue Moon, tão cantada nas canções de amores impossíveis. Temos um ótimo momento, reunindo todas as forças da natureza, favorecendo o encontro do amor, principalmente para aqueles que se encontram sem companhia.

E, se suas necessidades forem outras, faça também o ritual acima, imantando seu cristal azul com seu(s) objetivo(s) especifico(s), que também podem ser relacionadas a realizações materiais, financeiras, trabalho, encontro de vocação ou caminho de vida, dentre outros, pois a Lua Cheia sempre representa aspectos de crescimento e prosperidade, duplicados com a Lua Azul.

Que todos os seus desejos se realizem e seus objetivos se concretizem com a força da maravilhosa Lua Azul.

Blessed be!

Fonte - Wicca para Todos

segunda-feira, 13 de julho de 2015

O que é PAGANISMO?



"Para o Pagão, toda a Natureza é viva, é Sagrada - e seus Deuses e Deusas refletem essa crença, oferecendo conforto e equilíbrio àqueles que compreendem o real significado de se respeitar a Natureza." 

Ao contrário do que se pensa, Paganismo nada tem a ver com o culto ao demônio - até porque o demônio não passa de uma invenção das tradições judaico-cristãs. A palavra "PAGÃO" vem do latim "paganus", que é aquele que mora no "pagus", no campo, na Natureza. Assim, pode-se dizer que, em termos religiosos, o Paganismo é o culto e o respeito às forças da Natureza. Para o Pagão, toda a Natureza é viva, é Sagrada - e seus deuses e deusas refletem essa crença, oferecendo conforto e equilíbrio àqueles que compreendem o real significado de se respeitar a Natureza.

Muitos equívocos são propagados quanto ao real sentido da palavra "paganismo", por dicionários, enciclopédias e até mesmo por seus seguidores. Em alguns casos, o termo pagão é empregue como sinônimo de não-cristão - o que é um grande erro, pois assim se incluiriam religiões como o Judaísmo, o Islã e outras, as quais não possuem componentes distintamente "pagãos" no sentido real da palavra - ou seja, de respeito à Natureza. Em outros verbetes, um "pagão" é aquele que ainda não foi batizado no cristianismo. Em outros mais, os termos "paganismo" e "ateísmo" são confundidos, pois ateu é aquele que não crê em nada, não possui religião - bem diferente da noção de paganismo enquanto caminho religioso.

Mas quem são os pagãos? Originalmente, esse termo era empregue para diferenciar os seguidores das religiões da Terra, dos muitos deuses e deusas da Natureza. É este o sentido que adotamos quando utilizamos o termo "paganismo". Assim, costumamos nos referir às culturas pré-cristãs da Europa e das Américas (apenas como exemplos clássicos) como "culturas pagãs". Poucas pessoas hoje em dia ainda mantêm um contato direto com as tradições originais do Paganismo, daí a necessidade de se diferenciar o Paganismo original - surgido na Antigüidade - do novo paganismo, representado por diversas correntes recentes. Para que tal diferenciação seja bem clara e cristalina, muitos autores e pesquisadores optam por utilizar o termo neo-pagão, ou seja, os novos pagãos - aqueles que seguem tradições filosófico-espirituais inspiradas nos ensinamentos e valores das Antigas Religiões. Dentre estas correntes neo-pagãs, sem dúvida duas ganham destaque: a wicca e o neo-druidismo.

Texto de Claudio Quintino (Crow) 
A utor de "O Livro da Mitologia Celta"

quarta-feira, 1 de julho de 2015

A Magia das Luas

















Entrada de Lua Cheia 1 julho 2015 ás 23:22:22

Para determinadas atividades de magia, as fases da lua são de suma importância. Saiba como utilizar a magia da lua para aquilo que você deseja:

Lua CrescenteEsta lua é indicada para as magias destinadas a prosperidade e crescimento espiritual, propicia também para iniciar novos projetos e abertura de novos negócios.

Lua CheiaIndicada para qualquer atividade mágica, sobretudo para as magia de amor, paixão e poder.

Lua Minguante Indicada para as magias de contemplação e meditação. Excelente para expulsar as energias negativas , propicia os rituais de término, fecha as etapas.

Lua Nova - Esta não é uma boa lua para se fazer magia, pois ela induz a reflexão , também conhecida como LILITH, a lua Negra.

A Magia dos Dias da Semana

Assim como as fases da lua, os dias da semana também têm grande significativo no que tange à força da magia. Cada dia concentra um energia específica que quando invocada, pode proporcionar grandes resultados. Cada dia é orientado por um planeta e dedicado a uma divindade que aumenta o poder da magia.

Segunda-feira - A segunda-feira é regido pela Lua e representa a deusa Selene, é ótimo dia para as magias e rituais que invoquem a paz, a harmonia, a fertilidade, o início de novos negócios. Bom para a magia e meditação.

Terça-feira - Regido por Marte a terça-feira é dedicada ao deus do mesmo nome, favorável às magias que invoquem a coragem, a proteção e a paixão.

Quarta-feira - Regido por Mercúrio e dedicado ao deus do mesmo nome, bom dia para atividades mentais, para iniciar viagens, bom para os estudos esotéricos e adivinhações.

Quinta-feira - Regido por Júpiter e dedicado ao deus do mesmo nome, é dia ideal para os rituais de abertura de caminho, prosperidade, expansão e crescimento.

Sexta-feira - Regido por Vênus e dedicado a deusa do Amor, Vênus ou Afrodite, é ideal para as magias destinadas ao amor e à paixão, bom para reconciliação, principalmente amorosa.

Sábado - Regido por Saturno e destinado ao deus do mesmo nome, indicado para as magias de encerramento, para concluir trabalhos e também para as magias de proteção.

Domingo - Regido pelo Sol e dedicado ao deus Sol, Hélio, é bom para as magias de força, prosperidade e poder; indicado também para as atividades físicas e espirituais.

Dicas de Magia

Contra feitiços - Íris é uma planta que pode ser encontrada em casa de ervas; coloque-a em uma caixa de madeira juntamente com uma pena de pomba e uma chave. Guarde-a em lugar secreto e seguro. Você acabou de obter um amuleto super poderoso contra feitiços, a Caixa de Bruxedos.

Cozinhando para seu amor - Compre uma colher de pau, passe-a pelo fogo 9 vezes, depois mergulhe-a na água e por fim jogue 3 pitadas de sal. Use-a para fazer a comida de seu amor e comprove os resultados.

Dia do seu aniversário - É no dia de seu aniversário que vários portais são abertos, segundo os numerologistas o ano começa a partir do dia do aniversário, pois bem, acenda 3 velas todas da mesma cor e peça aos deuses da chama que levem seus desejos aos seres da LUZ para se tornarem reais.

Prosperidade para o lar - Coloque atrás de sua porta de entrada uma peça de prata, ela trará sorte e prosperidade ao seu lar.

Folhas de Louro - Se você deseja ser possuidor de força e poder; durma com 7 folhas de louro debaixo do travesseiro, principalmente quando tiver que resolver alguma situação importante no dia seguinte. Quando levantar ferva as folhas de louro e tome um banho.

Planeta Místico