domingo, 29 de outubro de 2023

A RODA DO ANO CELTA

 

A Roda do Ano e a Natureza 🧙‍♀️🌙

As antigas festividades dos povos pagãos do Hemisfério Norte foram resgatadas no início do século XX pelo pesquisador e ocultista Gerald Gardner (Inglaterra – 1884/1964), o qual reconstruiu o que é conhecido atualmente como “A Roda do Ano”, um calendário solar que contém oito festividades que representam o Ciclo da Vida, Morte e Renascimento.
Neste calendário podemos observar o fluxo da vida, as mudanças das estações e as transformações que acontecem no meio natural durante o ano.
Originalmente, o calendário possuía somente quatro celebrações, conhecidas como os Grandes Quatro Sabbats, estes possuem origem na antiga tradição dos povos da Irlanda, Escócia e da Ilha de Man. As demais festividades foram somente introduzidas em 1958 e chamadas de Sabbats Menores, as quais compreendem os Equinócios e os Solstícios e tendo origem nos antigos festivais dos povos germânicos. Importante lembrar que os antigos povos celtas residiram em diferentes territórios da Europa Ocidental e cada povoado possuía suas tradições, cultos e festivais.
Os quatro Sabbats principais ou grandes são: Imbolc, Beltane, Lughnassad e Samhain. Os quatro menores são: Ostara (Equinócio de Primavera), Litha (Solstício de Verão), Mabon (Equinócio de Outono) e Yule (Solstício de Inverno).
Para os povos antigos, o que acontece com a natureza, acontece conosco, porque estamos todos conectados, nós somos reflexos do mundo ao nosso redor e ao mesmo tempo, em que construímos o mundo externo, nós somos também construídos por ele.
'Essa consciência ampliada não é mais aquele novelo egoísta de desejos, temores, esperanças e ambições de caráter pessoas, que sempre de ser compensado ou corrigido por contra-tendências inconscientes; tornar-se-á uma função de relação com o mundo de objetos, colocando o indivíduo numa comunhão incondicional, obrigatória e indissolúvel com o mundo.' - (Jung – O Eu e O Inconsciente).
O psiquiatra Carl Gustav Jung traz em sua obra um profundo respeito pela natureza e a importância da reconexão do ser humano com o meio ambiente para o desenvolvimento saudável do psiquismo, porque nós somente poderemos nos considerar saudáveis quando conquistarmos o equilíbrio entre a natureza coletiva e a natureza pessoal.
Celebrar a Roda do Ano, portanto, é entrar em harmonia com a natureza e com o nosso processo interno, reaprendendo respeitar o tempo de todos, compreendendo o nosso fluxo psíquico e promovendo através dessa reconexão um profundo sentimento de ética e integração com a vida.
Tudo que nos rodeia faz parte de nós e faz parte da nossa história." - Andréa Ventura


Os Sabbats:

🧙‍♀️ Samhain ou Halloween - 31 de Outubro - (Hemisfério Norte) 30 de Abril ou 1 de Maio (Hemisfério Sul)
Associações - Morte e ancestrais.
❄️ Yule- 21 ou 22 de Dezembro - (Hemisfério Norte) - 21 de Junho (Hemisfério Sul)
Associações - Solstício de Inverno.
🔥 Imbolc ou Candlemass - 1º ou 2 de Fevereiro - (Hemisfério Norte) 1º de Agosto (Hemisfério Sul)
Associações - Primeiros sinais da primavera - Festa do Fogo.
🌸 Ostara - 21 ou 22 de Março (Hemisfério Norte) 21 ou 22 de Setembro (Hemisfério Sul)
Associações - Equinócio da primavera.
❤Beltaine - 30 de Abril ou 1º de Maio (Hemisfério Norte) 31 de outubro, 1 de Novembro (Hemisfério Sul)
Associações - Pleno florescimento da primavera. A Paixão do Deus e da Deusa.
🌞 Litha -21 ou 22 de Junho (Hemisfério Norte) 21 de Dezembro (Hemisfério Sul)
Associações - Solstício de Verão.
🥖 Lughnasadhaka ou Lammas - Festa agrícola (Hemisfério Norte) 1º ou 2 de Agosto 1º ou 2 de Fevereiro (Hemisfério Sul)
Associações - A colheita de grãos.
🍁 Mabon - 21 ou 22 de Setembro (Hemisfério Norte) 21 de Março (Hemisfério Sul)
Associações - Equinócio de outono. Colheita das frutas.
⚠️As datas mudam devido ao calendário que utilizamos não estar exatamente de acordo com o movimento do sol.

sábado, 18 de março de 2023

O Homem que caminha com a Curandeira

 


"Quando um homem escolhe uma mulher que segue a sua vocação, a sua única chance de manter esta conexão é seguindo-a, e, acima de tudo, criando espaço para ela seguir o seu próprio caminho.

Pode acontecer que ele precise abandonar a sua própria necessidade, ou encontrar um meio de cura através de seu caminho comum – mas não da maneira mais suave.

Quando um homem escolhe uma mulher que cura as feridas coletivas das mulheres, o SIM para ela é igual ao SIM a um propósito maior, muito além de construir uma casa ou criar filhos. A sua conexão ultrapassa o cumprimento de modelos clássicos de gênero.

Este homem aceita o trabalho de proteger as costas desta mulher, de sustentá-la quando ela não pode mais transformar a dor do mundo. Significa que ele acolhe uma forma diferente de sexualidade, uma vez que a cura no nível da sexualidade é um dos problemas mais profundos do feminino ferido.

Para ele, mais uma vez, trata-se de aceitar a lentidão, a suavidade e a cura, retendo ou reorientando o seu próprio impulso, estando presente para o todo. Quando um homem escolhe uma mulher que aspira a liberdade, ele só pode conseguir isso deixando seus aspectos narcisistas, reconhecendo o caminho das mulheres como o seu próprio caminho para a liberdade.

Quando um homem escolhe uma mulher que é GRANDE, ele não pode habitar lugares de poderes opressivos. Ele – se ele decide assumir esta missão com ela – aceita uma tarefa que serve o bem-estar de todos os homens, mesmo que isso aconteça de forma oculta… . Criando um espaço de segurança para mantê-lo a salvo de uma emboscada levantada por suas próprias feridas antigas, levando à submissão.

Quando um homem escolhe uma mulher por causa do seu fascínio pela sua radiação e sabedoria, deve ser óbvio para ele que não pode ficar preso dentro de seus próprios déficits de maneira que o fará querer diminuir o brilho dela, puramente por medo de ter que compartilhá-la com os outros.

Quando um homem escolhe uma mulher que segue a sua vocação, não pode temer essas palavras: respeito, humildade e rendição. Em vez disso, ele viajará pelo caminho da divindade – com a sua esposa, a curandeira – com gratidão e um coração transbordante.

Porque tal mulher o escolherá – se ela tiver que escolher – em favor do bem estar de todas as mulheres e do bem maior. E escolherá seguir o seu caminho sozinha em vez de deixar esse caminho por ele.

No entanto, ela está ciente do poder que se encontra na presença de um homem que toca o tambor… . Para ela." - O Homem que caminha com a Curandeira, Moksha Devi Sunshine.

📸Natalia Drepina 

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

Afrodite - Deusa do amor, da beleza e da sexualidade


A divindade da sedução

A deusa Afrodite diz respeito a representação de uma divindade da Mitologia Grega vista como a figura do amor, da sedução e ainda da sexualidade. Ela também é tratada na Mitologia Romana com o nome de deusa de Vênus. 

A origem da deusa Afrodite

A Mitologia Grega aponta que a deusa Afrodite foi originada em detrimento de uma briga entre o deus Cronos e o deus Urano. Com base na versão de Hesíodo, poeta grego da Antiguidade, Cronos em um ato de fúria cortou o órgão genital de Urano e lançou no mar. 

Após o órgão cair no oceano foi formada uma espuma e dessa mistura com a água salgada saiu Afrodite. Portanto, de acordo com essa narrativa, ela nasceu a partir de uma ação violenta. Em razão desse conto, o nome Afrodite significa “espuma do mar” ou “nascida da espuma".

Existe, contudo, outra história que conta o nascimento da deusa Afrodite: é a narração de Homero, poeta da Grécia Antiga. Conforme a interpretação dele, essa divindade foi gerada pelo modo natural, ou seja, Afrodite nasceu a partir da união entre Zeus com Dione. 

As características da deusa Afrodite

A narrativa da Mitologia Grega caracteriza a deusa Afrodite como uma figura que nasceu já adulta. Ela é descrita como uma divindade do amor, da sexualidade e também tratada como vaidosa e sedutora. 

Afrodite, no Hino Homérico de número seis é tratada como uma mulher a qual fazia nascer flores no local onde pisava. Além disso, ele a destaca como uma mãe que protegia o filho Eneias. Quanto ao caráter, é tratada como deusa vingativa e que facilmente sentia-se insultada.

Afrodite e Hefesto: união forçada

De acordo com a história da deusa Afrodite, ela foi casada com Hefesto. Essa relação foi fruto de uma união forçada. Com base na narrativa, ela era uma deusa muito bela e isso despertou o interesse de outros deuses.

A disputa por Afrodite ocasionou em uma briga entre os deuses interessados por ela. Por conta da confusão formada, Zeus a obrigou casar-se com Hefesto. Esse último é caraterizado como um deus mal-humorado e feio. 

Há duas versões também com relação a história do casamento entre Afrodite e Hefesto. A segunda corresponde a uma atitude vingativa de Hefesto com a mãe de Afrodite chamada de Hera, a deusa da maternidade. De acordo com a narrativa, Hefesto foi lançado do Olímpio por Hera e, por conta disso, ele a prendeu em um tronco mágico. Em troca da libertação, exigiu casar-se com Afrodite. 

A separação de Afrodite e Hefesto

O casamento de Afrodite com Hefesto chegou ao fim após ele saber do relacionamento extraconjugal que ela mantinha com o deus Ares. Com base nos gregos, Afrodite estava infeliz com o matrimônio arranjado e, por isso, buscou a companhia do amante. 

Em um determinado dia, quando Afrodite e Ares estavam juntos, foram flagrados pelo deus do sol chamado Hélio. Ele, por sua vez, correu para contar o ocorrido para Hefesto que planejou vingança ao casal de amantes. 

Hefesto ao flagrar Afrodite e Ares, os prenderam em uma rede. Outros deuses observavam a ação e começaram a rir e zombar da cena. Por vergonha, Afrodite foi para Chipre e Ares fugiu para Trácia.

Da união entre Afrodite e Ares nasceu a deusa Harmonia. Além dela, o casal também gerou:

•  Eros: é o deus do erotismo;
•  Deimos: é divindade do terror;
•  Anteros: deus da desilusão e do amor não correspondido;
•  Fobos: a divindade do medo;
•  Himeros: divindade do desejo sexual;
•  Pothos: é o deus da paixão.

As relações amorosas de Afrodite

A deusa Afrodite viveu romances com outros deuses como: Hermes. Ele era um deus mensageiro e também dos poetas e comércios, além de outros atributos. Do relacionamento entre Afrodite e o deus Hermes nasceu o filho Hermafrodito, o nome dele é a união dos nomes dos pais. Com base na mitologia, Hermafrodito nasceu com os dois sexos: masculino e feminino.

Afrodite também viveu um relacionamento com Apolo, o deus da luz. Eles geraram um filho Himeneu, o deus do casamento. Além de Apolo, ela também relacionou-se com Dionísio visto como a divindade do prazer. Eles geraram o filho Príapo, deus da fertilidade. Já da união com Poseidon, Afrodite gerou os filhos Rode e Herófile. 

Não apenas com os deuses, mas Afrodite relacionou-se também com homens mortais, Andônis foi um deles. Com ele gerou os filhos Golgos e Béroe. Ela também viveu uma relação com o príncipe de Troia Anquises e com ele gerou os filhos Eneias e Liros. 

Obras artísticas com Afrodite

A imagem da deusa Afrodite está presente em obras de artistas de movimentos literários como Barroco e Renascimento. O pintor Sandro Botticelli, por exemplo, produziu telas “O Nascimento de Vênus”, “A Primavera” e “Vênus e Marte”. Todas com representações de Afrodite.

No Barroco, Diego Velázquez também produziu trabalhos com representações de Afrodite, como, por exemplo: Vênus ao espelho (1647-1651). Nesse obra ele revela Afrodite com cabelos escuros. Por sua vez, na tela Vênus do espelho (1614-1615) Peter Paul Rubens mostra a deusa com cabelo loiros.

Oração à Afrodite 

"Sou nascido do amor do Corpo,
Aprendo a dar e receber o amor do Coração,
Abro-me para o amor da Alma.
Canto para Afrodite Anadyomene, aquela que se eleva das ondas!
Possa o amor espalhar-se sobre nós como espuma do mar.
Canto para Afrodite Antheia, Senhora das Flores!
Possa o amor florescer em nós como a rosa que se abre ao amanhecer.
Canto para Afrodite Camaetho, do cabelo brilhante!
Possa o amor durar nos anos e no declínio.
Canto para Afrodite Doritis, doadora de dons!
Senhora, que tu possa ser generosa conosco...
Canto para Afrodite Euploia, senhora das belas viagens!
Possa o nosso caminho para o amor ser livre de espinhos.
Canto para Afrodite Genitrix, matrona do leito nupcial!
Faz com que não esqueçamos que a vida vem do amor.
Canto para Afrodite Philomedes, protetora da genitália!
Faz com que não esqueçamos que a nossa carne é sagrada.
Canto para Afrodite Porneia, mãe das prostitutas!
Faz com que que ajudemos sempre os que não se doam por amor.
Canto para Afrodite Urânia, aquela que olha do Alto!
Faz com que sejamos sempre abertos para o amor, em nós e no outro.
Canto para Afrodite Parakouptosa, aquela que olha nos olhos!
Faz com que aprendamos a apreciar também aquilo que é inatingível.
Canto para Afrodite Androphonos, exterminadora do homem!
Faz com que não nos afoguemos no poder torrencial do teu dom.
Canto para Afrodite Epitymbidia, senhora da tumba!
Faz com que lembremos a lição dos que morreram por amor!
Canto para Afrodite Pandemos, deusa de todos os povos!
Faz com que lembremos que o Amor não julga, chega de qualquer parte." 

6 de Fevereiro - Dia de Afrodite ❤️🐚

Substitutos Mágicos 🕯🌿

🌿O alecrim pode substituir ervas em geral. Além de intensificar a ação de outras ervas. Quando usado em conjunto.

🥣O azeite de oliva pode ser utilizado como óleo base em muitos preparados mágicos de óleos.

💎O cristal transparente de quartzo pode ser substituto de outros cristais, com item de feitiço.

🕯Velas brancas podem substituir velas de quaisquer outras cores, em geral.

🌹Rosas brancas podem substituir algumas flores similares, como ingredientes mágicos de feitiços, geralmente, rosas de outras cores.

🌱A sálvia-branca pode substituir incensos, em geral, especialmente por suas características mais amplas e associativas a limpeza e proteção.

✍️Bruxo de Lua

segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

A face ‘mulher’ da Deusa e a relação do feminino com os ciclos da Lua


Assim como a natureza, a mulher é movida por ciclos. Detentora da capacidade de gerar, tem no ventre o seu poder criativo. A fase “mulher” ou “mãe” é representada pela Lua cheia: remete a poder, a proteção e ao carinho maternal. É o momento de celebração, onde as flores e frutos estão no apogeu.

Na coluna anterior eu trouxe a ancestralidade como uma das faces da deusa que é construída por cada mulher ao longo da vida. Nesta jornada de descobertas e transformações, a fase “mulher” ou “mãe” é marcante e fundamental e para entendermos mais sobre o Sagrado Feminino, esse tema é o nosso assunto de hoje.

Os ritos reforçam a semelhança da mulher com a mãe natureza e seus ciclos e são cruciais na construção de nossa deusa interior, que passa por três fases: Jovem ou Donzela, Mulher ou Mãe, Sábia ou Anciã.

A fase “mulher” é o auge da magia que acontece diariamente dentro do corpo da mulher, muito semelhante aos ciclos na natureza. Pela natureza a mulher se guia e a natureza passeia pela orgânica da mulher. É possível traçar referências com a lua, com os trânsitos astrológicos ou com o funcionamento biológico.

A mulher é sagrada pelo simples fato de ser mulher e detentora da capacidade de gerar, tem no ventre o seu poder criativo. A mulher gera filhos, ou gera grandes projetos. Gera a cura, gera energia. A mulher pode gerar o que desejar. Pode escolher o caminho e desenvolver a capacidade intuitiva feminina. E a intuição é muito importante, é poder ouvir o sussurro da sua voz interior. É o sopro da deusa no seu ouvido.

O Ciclo Menstrual

O ciclo menstrual faz da mulher um ser cheio de particularidades e sensibilidade. Conhecer o funcionamento do seu corpo é fundamental para entender emoções, sentimentos e despertar o sagrado que há dentro de si.

Quando se observa seu ciclo, é possível definir um padrão de sentimentos, comportamentos, atitudes e ânimos e definir uma possível repetição e em que épocas acontecem, ou seja, verificar as fases da lua e a interferência no dia a dia, por exemplo.

Você pode ficar sempre mal humorada na lua minguante, ou comilona na lua cheia, e por isso o sagrado é um trabalho de autoconhecimento, pois traça paralelos dos ciclos da natureza com os ciclos naturais femininos.
Somos energia em movimento. Donzela, Mãe e Anciã fazem parte do ciclo de nascimento, vida e morte e representam as forças de criação, manutenção e destruição que constituem o ciclo da vida e da Natureza.

A fase Mulher ou Mãe é tempo de Lua cheia: representa o poder, a proteção e o carinho maternal. É o momento de celebração, onde as flores e frutos estão no apogeu. Momento criativo onde o máximo da cor e da beleza se manifestam.

A fase “Mulher” tem um papel diferente para cada mulher. Mesmo com vivências semelhantes, cada uma tem a sua experiência e o seu aprendizado.

A Grávida

Assim como a água sempre corre para o fundo, a grávida fica em maior proximidade e intimidade com os processos inconscientes. Ela deixa seu corpo físico e emocional fluir, entrega-se e se reposiciona sobre a base de sustentação, o apoio de seu substrato natural, ligado à Mãe-Terra.

Na era religiosa matriarcal, a Grande Deusa Mãe como Mãe-Lua, Mãe-Terra ou Mãe-Natureza, era o poder generativo, seu útero e seios eram venerados. Era a Deusa Criadora, mãe de tudo o que existe. O universo era visto como uma mulher dando à luz a todas as formas de vida. Na imagem da Deusa-Mãe, mulheres de tempos antigos encontravam o reflexo de sua natureza mais profunda.

O Sagrado e o Corpo

Muitas mulheres questionam essa questão do Sagrado Feminino valorizar o funcionamento do corpo feminino. Mas as que não tiveram filhos? As que tiveram que se submeter a cirurgias de mama, por exemplo, de útero, trompas, ovário e retirar esses órgãos?! Elas são menos mulheres por isso?

Obviamente que não. Toda dor, todo desafio, obstáculo a ser superado deve ser encarado como aprendizado, deve ser uma lição para evolução espiritual e não uma prisão para se viver em sofrimento. O Sagrado está além do corpo físico.

O foco deve estar sempre na solução e não no problema. Quando a mulher toma consciência desse padrão de pensamento, aos poucos supera e entende como aquele aspecto, inicialmente negativo, pode ser um instrumento de crescimento e pode fazer esta mulher especial e vencedora.

Você pode ver muitas mulheres com histórias semelhantes às suas, mas muitas vezes não tem entendimento porque encontraram soluções diferentes para problemas semelhantes. O entendimento só vem a partir da empatia e do não julgamento. Se colocar no lugar da outra antes de julgar qualquer comportamento é um grande aprendizado e, com certeza, leva ao crescimento, já que é um desafio.

Refletir sempre e filtrar emoções pode nos deixar mais relaxadas e capazes de construir opiniões verdadeiras a respeito de nós mesmas, a partir de outras mulheres. Empatia sempre.

Conheça as fases da Lua e a relação com as fases Femininas

Desde primórdios são três faces da lua consideradas como as três faces femininas: crescente, cheia e minguante, representando donzela, mãe e anciã. A Lua Nova é considerada a lua-sombra, que permeia as três faces. Mas como a lua é uma só, somos os quatro aspectos e também a unidade.

Lua Nova

A Lua Nova é a dos seres e dos aromas que correspondem ao elemento AR – É a infância e também o arquétipo da mulher-musa que alimenta a imaginação, misteriosa e encanta. Assim como o ar, não se revela.

Lua Crescente

Esta é a face da lua semelhante ao elemento FOGO – É a adolescente e a mulher impetuosa, guerreira – está em busca de se conhecer.

Lua Cheia

Esta é a noite ÁGUA – redonda, as emoções estão à flor da pele. É a maturidade e também a mulher grávida/mãe, intuitiva, sensível, amorosa.

Lua Minguante

Elemento TERRA, a mulher sábia, a matriarca, a anciã.


✏Tânia Jeferson
📷Mariam Sitchinava