terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Tradições



Que vertente devo seguir?

Quando começamos a estudar e praticar Bruxaria, percebemos muito rapidamente que há diversos caminhos diferentes. Muita gente primeiro ouve falar sobre Wicca, então descobre que a Wicca é, na verdade, apenas uma das vertentes da Bruxaria. E que a Bruxaria se desmembra em incontáveis ramificações… Além disso, dentro do próprio Paganismo há muitos caminhos bacanas, como o Druidismo, o Asatru… E isso basta para levar qualquer um à loucura quando tudo o que você quer saber é “onde se abrigar”. Foi com essa dúvida de muitos em mente que resolvi escrever este texto, esperando ajudá-los pelo menos em parte a descobrir onde se encaixar.

Antes de começar a escrever, quero pular à conclusão final óbvia: o seu caminho é único – e você já deve estar cansado de ler sobre isso. Há diversas vertentes pagãs sim, mas dentro da Bruxaria, você descobrirá que o mais importante, de fato, é o que você faz. Eu quero que você tenha isso em mente ao ler o restante do texto.

Você já deve ter ouvido falar sobre várias tradições. No momento, o que lhe diz mais ao coração? Você já deve ter uma resposta. A outra, que eu quero te dar, é a seguinte: nada é definitivo. Nada impede que, semana que vem, ou daqui a 30 anos, você descubra que o seu caminho, na verdade, pertence a outra tradição. Não há nada de errado nisso. Então simplesmente curta o momento. Se você acha que, hoje, se identifica mais com o Druidismo, por exemplo, mergulhe de cabeça. Não fique com neuras e preocupações tipo “não tenho ideia de onde encontrar um grupo”, porque ainda há muito o que ler e estudar antes disso, e as coisas vão se ajeitando.

Porém, é importante ter em mente que “muitas trilhas possui a estrada do oculto, mas é preciso escolher uma apenas e nela permanecer” – esse é um trecho retirado do livro “Revelações de uma Bruxa”, de Márcia Frazão. E ela continua: “digo isso porque é extremamente complicado explorar duas ou mais trilhas ao mesmo tempo, correndo-se o risco de se perder e não chegar a nenhum lugar”. Assim, o que quer que esteja fazendo agora, faça com o coração. Não adianta querer fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo, que não fará direito nenhuma das duas.

Não se sinta obrigado(a) a definir nada agora. Na verdade, não se sinta obrigado a se definir nunca. Não somos rótulos. Como eu disse no início, cada caminho é único, e o importante é você praticar o que lhe faz bem, o que você sente e crê. No início, quando estamos empolgados, fica difícil ter essa noção do que é essencial. Mas, confie em mim: com o tempo, você vai saber distinguir. Basta ir praticando. Leia o que puder, pratique o que quiser. Isso vai definir seu caminho, muito mais do que uma escolha.

Fonte:Bruxaria.net