terça-feira, 8 de junho de 2021

CONSAGRAÇÃO


Primeiramente, consagrar é direcionar algo – objeto, item, ser – a um propósito mágico. A consagração também pode ser vista como um ato realizado para marcar algo como “de alguém”. A partir do momento que você consagra um item ou objeto mágico como seu, o Universo passa a reconhecer aquilo como seu. Já quando consagra algo a alguma divindade, a partir do momento que o faz, o objeto passa a ser da divindade em questão.

Antes de consagrar qualquer coisa, seja para o seu altar mágico ou não, purifique. Principalmente se não souber de onde vem.

“Achei uma moeda diferente no meio da rua, posso colocar no altar?”

Pode!!! Mas, você não sabe de onde veio aquela moeda, quem pegou, como foi fabricada que tipo de energias se impregnaram nela, desde o momento de sua fabricação. E como o altar é seu e está ligado a você, colocar algo ali sem purificar, pode ser um tiro no pé. Eu citei uma moeda, mas pode ser qualquer coisa: um instrumento mágico que acabou de comprar ou ganhar, cristais, imagens, estátuas, qualquer coisa. Do mesmo modo, antes de colocar qualquer objeto no seu altar, consagre – mais uma vez, não esqueça de purificar antes de consagrar. Mesmo que somente determine que é para o seu uso.

Conversei com algumas pessoas sobre consagração e algumas disseram que não tinham o costume de consagrar coisas mais “simples”, velas, por exemplo. Se você não consagra uma vela ela só vai te dar luz e calor quando acesa, e ainda que o seu pensamento esteja focado no direcionamento de energia, você certamente vai pensar em outra coisa, e pode direcionar essa energia para algo que não tem nada a ver com o seu propósito. Lembre-se, a consagração destina algo a um uso mágico. Mantém focado o direcionamento energético. E a partir daí que este objeto vai responder como um objeto mágico, agir como mágico. Senão, será apenas um mero objeto como qualquer outro.

COM QUE ENERGIAS CONSAGRAR

Luz: com a incidência direta de luz natural, seja do Sol ou da Lua, ou da iluminação de uma vela consagrada para consagrar.

Terra: Enterrar, ou colocar próximo a cristais programados para consagrar. Ou colocar sobre uma camada de sal grosso. Ou sobre um pentáculo.

Fogo: Passar sobre a chama de uma vela, ou queimar.

Ar: Passar sobre a fumaça de incenso, ou soprar sobre o que deseja consagrar.

Água: Lavar com água corrente, ou solarizada ou enluarada (neste caso, além da água, consagrará com a energia com a qual a água foi imantada).

Som: Com vibrações sonoras. Música, canto, instrumentação, preces e mantras, et cetera.

Energia de divindades: Neste caso, você pede que a divindade, com sua energia, consagre. Importante lembrar que uma vez consagrado, você só utilizará aquele objeto para trabalhos com a divindade à qual o objeto foi consagrado.

Energia pessoal: Você emite sua energia e envolve o que quer consagrar com ela, e assim o faz, junto à intenção e visualização. Energia de dança, por exemplo, pode ser utilizada.

Ervas: Algumas ervas podem ser usadas em poções ou banhos, ou em defumação, ou liberando a energia através da queima, para consagrar e ao mesmo tempo imantar o objeto com a determinada energia.

Símbolos mágicos: Pode consagrar escrevendo ou entalhando símbolos mágicos, o que impregnará o objeto também com a energia do símbolo.

Observe a questão das simbologias… pode agregar energia utilizando o simbolismo das cores, também.

COMO CONSAGRAR?

Suponhamos que você tenha um caldeirão que será sempre utilizado em suas práticas mágicas. Então, você precisa consagrá-lo para o propósito que dará a ele, e como um objeto seu. Você pode segurar o objeto entre suas mãos e dizer (ou ao menos pensar) algo como:

“Consagro este caldeirão para que seja um objeto mágico a partir deste momento e em toda a minha caminhada mágica. Responderá apenas a mim, agindo em conformidade comigo e minhas intenções.”

Enquanto segura o objeto, ou o observa, com as mãos estendidas, direcionando energia, tenha em mente a intenção formada de que ele se torne um objeto mágico, ao passo que visualiza a sua energia passando para ele. Como seu instrumento, o dado objeto é uma extensão de você e atua em conformidade contigo, por ter parte da sua energia. Consagrando-o, você o liga a si mesmo.

CONSAGRAÇÃO TEMPORÁRIA

Quero começar dizendo que este assunto é pouco debatido. Não há mistério, entretanto. O que define se uma consagração será definitiva é o tempo que aquele objeto permanece consagrado.

Digamos que você esteja em meio à natureza, prestes a fazer um trabalho mágico, e tenha esquecido um de seus objetos mágicos… usemos como exemplo uma varinha. Suponhamos também que você prefira utilizar uma varinha física, do que plasmar uma energética, ou utilizar seu indicador para fazer a mesma função. E então você acha um graveto que pode servir como varinha, mas ao mesmo tempo, não tem pretensão de fazer dele um instrumento mágico definitivo seu, que venha a usar em toda a sua caminhada mágica. Como faz, então? Primeiramente, purifica, afinal não sabe a história daquele graveto, e em seguida o consagra como seu, podendo segurá-lo entre suas mãos – da mesma forma do exemplo anterior, enquanto fala algo como o descrito a seguir:

“Consagro esta varinha para o uso único durante o próximo trabalho mágico, determino que responderá somente a mim, servindo como meu e em conformidade com minhas intenções.”

Depois do rito você o purifica novamente, para que quando devolver a natureza, não contenha resquícios energéticos seus. O que muda, de uma situação para outra é o período que o objeto permanece atuando como mágico. Atuando como seu. E é você quem determina.

“DESCONSAGRAR” & “RECONSAGRAR”

O famoso “desconsagrar” é, nada mais nada menos que, uma purificação. Purificando, você retira a programação feita ao consagrar aquele objeto, e o reseta energeticamente para que então ele esteja livre de seu propósito anterior, e possa ser consagrado novamente – ou não.

Você também pode renovar uma consagração, como forma de reafirmação. Ou para determinar um novo propósito mágico para o alvo da consagração.

PERGUNTAS IMPORTANTES:

• O que preciso saber ao consagrar algo para uma divindade?

É tipo dar um presente àquela divindade, para que ela canalize sua energia através dele – ou não, às vezes é apenas uma oferta. Caso você queira consagrar algo a alguma divindade, pode pedir à divindade em questão que consagre o objeto com a sua energia. Pode meditar com esta divindade e conversar com ela, apresentar o presente, e perguntar se ela aceita, antes de consagrar. Eu falo bastante sobre isto no post “Panteão Pessoal“.

• Existem dias mais indicados para fazer consagração?

Não necessariamente. A qualquer momento de qualquer dia você pode consagrar. Mas se quiser agregar mais energia, pode utilizar horários planetários, e inclusive datas específicas.

• Qual a melhor fase da Lua para se consagrar?

Se você quiser utilizar a a energia de uma fase em específico para agregar poder, o ideal é fazer na respectiva, em seu ápice. Caso não tenha interesse, faça a qualquer momento, mas não chame a energia da Lua para o seu círculo.

• Preciso obrigatoriamente consagrar algo dentro de um círculo mágico?

Se for um instrumento mágico, é interessante que sim. Aliás, é sempre é bom consagrar dentro do círculo, sem interferência de energias externas. Entretanto, não há obrigatoriedade de nada.

• Perdi um objeto. E agora, como “desconsagrar”?

Primeiramente, não perca! Não o deixe jogado, isto facilita as coisas. Se é consagrado, tenha um lugar seguro para manter. Segundamente, caso venha a acontecer, tente se conectar energeticamente com o dado objeto, visualizando-o. Por ter parte de sua energia impressa nele, o objeto em questão estará conectado a você, então, conseguirá acessá-lo remotamente. Não tem jeito, vai precisar se desligar energeticamente, ou pagar pra ver. Mas, cuidado, quando se trata de energias, o caminho é de duas vias. Se um objeto sem estar consagrado, apenas com seu uso, se torna uma ponte para você, imagine então um objeto consagrado.

LUÃ MUSI