Chega um momento em nossas vidas que muito do que fazemos não tem mais sentido, nossa vida torna-se vazia e uma dor preenche a alma.
Nos perguntando o que esta nos acontecendo e vivemos muitas vezes parecendo que estamos dando volta no nosso próprio labirinto... Aquela luz que achávamos que existia no fim do túnel parece que se apagou e nossas perguntas tornam-se sem respostas. E ai vem a revolta
Surge a revolta conosco, com a vida, e principalmente com a Espiritualidade.
Queremos muitas vezes abandonar tudo que conquistamos, deixamos de lado todos os nossos conhecimentos e responsabilizando todos .... Nos colocamos como a vítima e nossa pergunta muitas vezes, é "porque isso está acontecendo comigo?"
Aqui no Ocidente temos um padrão mental formado, que é mais fácil nos colocar como vítimas ao invés de encararmos as situações. Pois não aprendemos a nos encontrar, o que aprendermos é fugir de nós mesmas.
Essa situações, acontecem geralmente depois de alguma "perda" ou algum processo de mudança em nossas vidas...
São nesses momentos que devemos lembrar que ao colocarmos os pés em um caminho de auto conhecimento de mãos dadas com a Espiritualidade, muitas mudanças virão, e muitas delas de forma que não esperamos, que nos causa pavor, medo, aflição.
E é nessas horas que devemos lembrar de todos os aprendizados obtidos para assim colocarmos em prática. As maiores lições da vida são aquelas que rasgam nossos véus para encontrar a nós mesmas.
Percebo hoje em dia um despertar coletivo de Mulheres, (e damos Graças) , conectando-se com o a sua essência, com sua divindade e passando a abrir-se para um novo mundo, de amor próprio e conhecimento.
Mas em primeiro lugar devemos ter em nossa mente que a busca do Sagrado Feminino, começa dentro de nós, que ao sentarmos em um círculo, muitos processos, sentimentos, e padrões virão para fora para que possamos olhar para dentro. E isso será acarretado diante de muitas mudanças em nossa vida.
Nada adianta falarmos de Sagrado Feminino se não estivermos dispostas a nós conhecermos e nos lapidarmos. Nada adianta falar da deusa, Grande Mãe se não tivermos a Fé que somos Filhas desse Ventre, e confiarmos...Nada adianta uma busca e um coletivo de amor , se primeiramente esse amor e respeito não for em primeiro lugar por nós.
Acredito que a busca do Sagrado Feminino, não é um conto de fadas mas sim um mergulho em nossas profundezas para encontrarmos uma Mulher de verdade que existe dentro de nós, e não mais uma mulher idealizada.
Precisamos sempre lembrar que somos um espirito e somos seres humanos de sentimentos, sensações e PRINCIPALMENTE histórias, aonde ao buscarmos esse Sagrado em nosso ser, essas histórias e a carga que elas nos trouxeram serão vivenciadas.
Nesse mergulho, nos encontraremos com nossa sombra e com a nossa luz, e ao encararmos de frente esse mergulho despertaremos de verdade para o que somos.
Acredito que ir de encontro ao Sagrado Feminino, mais do que falar de mulheres unidas em prol de um despertar, é falar do encontro com uma essência divina que reside dentro de nós, na qual esse encontro acarreta mudanças em quem somos e em nossos caminhos.
Ao sentarmos em um círculo, devemos nos abrir com o coração e alma para que a Grande Mãe nos acolha em seu Ventre e nos traga apenas o que for verdadeiro em nosso caminho.
Carol Shanti