terça-feira, 20 de abril de 2010

Flora, Deusa da Primavera


Ostera, Ishtar, Perséfone, Inanna, Flora,...
Numa natureza repleta de espiritualidade, estas são Deusas que anunciam a primavera nas culturas pagãs.

O culto a esta estação, sempre em meio à alegria, música e dança, se estendeu por toda a antiguidade e foi imortalizado em vários mitos que revelavam a importância do renascimento na vida física e espiritual.

Receba a primavera em meio a danças sagradas!!!









É um Festival de três dias que homenageia Flora, Deusa das flores - 28/04 -



















Flora é a Deusa romana da primavera que ensina-nos a honrar tudo que cresce na natureza e no nosso interior. É uma deusa muito antiga para a qual Tito Tácio eregiu um altar em Roma. É a deusa que encarna toda a natureza e cujo nome se converteu na designação de todo o reino vegetal.

Em algumas povoações itálicas o mês de abril era consagrado à Flora. No dia 28 deste mês, em sua honra, se celebrava uns jogos chamados de Florália, que duravam até 3 de maio. Era tradicional a presença de cortesãs nestes cerimoniais. Durante estes festivais eram realizadas danças e ritos de fecundidade. Os romanos ornavam casas, ruas e templos com flores. Era época de muita alegria e regozijo na Roma Antiga.

Durante os festejos, jogavam-se sementes sobre a multidão para atrair a fertilidade e a abundância. Se faziam também, sacrifícios de ovelhas e os homens lhe ofertavam mel e sementes de flores.O mel era considerado um dos presentes que Flora tinha dado aos seres humanos. A abelha é um símbolo da potência feminina da natureza. Ela foi ligada, prioritariamente, a Deméter, Ártemis e Perséfone, sendo ainda representação da terra, de sua maternidade, de sua diligência modeladora, hábil e ininterrupta; por conseguinte, é a imagem da alma telúrica de Deméter na sua forma maia pura e elevada.

Nas Tesmofórias siracusianas, os participantes levavam os chamados "mülloi", bolos preparados com mel e gergelim no formato do órgão genital feminino. Em sua monografia sobre as abelhas, Menzel alude a um hábito indiano, que classificou como comum, que consistia em untar os genitais da noiva com mel, no dia do casamento. A "castidade" da Grande Mãe, isto é, o fato de esta ser independente do homem, é bem evidente, em especial na colônia das abelhas da Amazônia, em que somente a rainha é fecundada pelo macho, e apenas uma vez.

Apesar de Flora ser uma Deusa inteiramente itálica, Ovídio intenta relacioná-la com a mitologia grega. Partindo de uma falsa etimologia, identifica Flora com a ninfa grega Cloris. No relato há uma lenda entre Cloris e Zéfiro.

O autor nos conta que em um certo dia de primavera Zéfiro, o vento oeste, avistou passeando a ninfa Cloris, apaixonou-se por ela e seu beijo gentil a transformou em Flora. A raptou e posteriormente casou-se com ela. Como prova de seu amor, Zéfiro nomeou a sua amada como rainha das flores das árvores frutíferas. Concedeu-lhe ainda, o poder de germinar as sementes das flores de cultivo e ornamentais. Zéfiro e Cloris era um casal de deuses alegres e jovens que deslizavam pelo céu, enfeitados com coroas de flores, que tocavam com suas asas os casais de namorados nos dias frescos de primavera.

Depois Ovídio segue relatando que Flora interveio em outro mito. Juno tinha ficado desgostosa com Júpiter, por ele ter dado à luz sozinho a Minerva, decide então fazer o mesmo. A rainha dos deusas vai em busca da ajuda de Flora para conceber um filho sem ajuda de seu esposo. Flora lhe entrega uma flor que crescia nos campos de Oleno, na Acaia, com a qual Juno engravidou de Marte, o deus cujo nome é o primeiro mês da primavera no Hemisfério Norte. Assim, o nascimento a partir da flor feminina é uma forma arquetípica de nascimento divino, quer pensemos no nascimento de Marte, no nascimento de Rá no Egito; no nascimento da "jóia divina no lótus", segundo o budismo, ou no nascimento do "self" da Flor de Ouro, na China como no homem moderno.

Celebre também você o festival das flores da Deusa Flora, comprando flores e distribuindo-as por toda a sua casa. Se possuir plantas em vasos em sua casa ou apartamento, troque sua terra, ponha um pouco de fertilizante, preocupe-se com elas. Depois acenda um incenso floral de jasmim, rosa ou madressilva. Coloque um jarro com água em frente ao seu altar e coloque uma flor a flutuar dentro dele.

Quando a Lua Cheia erigir, dirija-se a seu altar e acenda uma vela branca. Sente-se na escuridão apenas à luz da vela. Observe o leve bailar da flor no jarro e pense na forças mágicas que existem na Natureza que criam maravilhosas e divinas flores todos anos. Contemple o modo como essa força influi em sua vida.

Faça com que raízes de você penetrem na Terra, obtendo deste modo uma reposição de energias perdidas ao longo de sua vida. Sinta a energia entrando em você. Agora erga os braços em direção à Lua. Sinta a energia da Lua somando-se às da Terra. Deixe que estas energias fluam dentro de você, limpando, curando, equilibrando. Para romper o fluxo, apóie ambas as mãos no solo. Deixe que as energias voltem para a Terra.

Texto por:Rosane Volpatto

Mülloi - Bolo de Mel

-1 xícara de açúcar
-3 colheres de sopa de manteiga (100 gramas)
-1 ovo
-3 xícaras de farinha de trigo
-1 xícara de leite
-1 xícara de mel
-½ colher de sobremesa de bicarbonato
-½ colher de sobremesa de fermento
-1 colher de chá de canela em pó
-1 colher de café de sal

Pode temperar com noz moscada se gostar.

Bata em creme o açúcar com a manteiga. continue batendo e acrescente o ovo, depois, alternadamente o trigo com os demais ingredientes em pó (bicarbonato, fermento, sal e canela) e o leite. sem parar de bater, junte o mel. despeje a massa em forma untada com manteiga e polvilhada com farinha de trigo e leve ao forno quente. na base do forno coloque uma vasilha com água para o bolo não ressecar.

Cobertura: passe sobre o bolo mel misturado com tahine e salpique gergelim por cima.