terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Mandalas

A palavra MANDALA vem do sânscrito de origem hindu, e quer dizer "círculo mágico" , um círculo de energia. A Mandala é constituída por desenhos geométricos - basicamente círculos, quadrados e triângulos - que se inscrevem uns aos outros formando ou se entrelaçando a imagens simbólicas formando um grande círculo contendo várias imagens significativas. A Mandala é a expressão visual do retorno à Unidade pela delimitação de um espaço - o espaço dentro do círculo - símbolo do "espaço sagrado". A circunferência que delimita a Mandala tem como origem o próprio ponto central e limita esse espaço circular separando-o do restante do Todo. Este espaço então é preenchido com várias imagens representativas das mais variadas ligações simbólicas, resultando numa representação gráfica da relação dinâmica entre o Homem e o Cosmo. Desde os tempos mais remotos até os dias de hoje as Mandalas são usadas como focos de meditação, para atrair abundância material e sorte nos negócios, para amenizar as dificuldades, para captar energia, harmonizar o ambiente e transformar vibrações negativas em positivas.

A função da MANDALA pode ser direcionada para o autoconhecimento e desenvolvimento espiritual (Mandalas direcionadas ou específicas), prosperidade pessoal,para atrair relacionamentos harmoniosos (Mandala Pessoal),para harmonização entre elementos humanos como casais, sócios, pais e filhos etc..(Mandala do Relacionamento)bem como para obter êxito material,profissional e/ou empresarial (Mandala da Prosperidade).

MANDALA PESSOAL

A MANDALA PESSOAL pode servir como tema de meditação que leva ao autoconhecimento e ao poder de concentração, e, por conseqüência, é uma excelente ferramenta de auto-ajuda auxiliando no controle do estresse e da depressão. Servindo como foco de contemplação ou meditação, a MANDALA PESSOAL ajuda a canalizar determinados tipos de energias a fim de equilibrar nosso estado físico, mental, emocional e espiritual já que as figuras e símbolos que entram na sua composição expressam e vibram as energias específicas da pessoa.

Sendo a Mandala Pessoal é um "retrato" de determinado ser humano, serve como fonte para reequilibrar seus fluxos internos e externos, para gerar mais harmonia entre o seu consciente e o inconsciente, levando a pessoa a se sentir mais centrada e com uma maior compreensão sobre si mesma, além de sintonizá-la melhor com as correntes construtivas e evolutivas da vida e do pulsar do Universo.
A MANDALA PESSOAL funciona também como um talismã pessoal podendo atuar como defesa e proteção pois nela está contida toda a simbologia representativa daquele determinado ser humano.
É elaborada a partir da Numerologia, Signo e Cor da pessoa, incorporando dessa forma, desenhos e figuras geométricas que somente a ela dizem respeito. Sua elaboração leva em conta ainda a prosperidade material assim como as boas vibrações amorosas no sentido de obter sucesso nas relações.

A MANDALA PESSOAL pode ser colocada em casa no setor da Espiritualidade indicado pelo Feng Shui de acordo com o resultado fornecido pela aplicação do Ba-guá.

A MANDALA PESSOAL pode ser ainda uma excelente opção de TATUAGEM já que se terá na pele toda uma simbologia única e individual.

Personalizada, a MANDALA PESSOAL é elaborada a partir de:

NOME COMPLETO
(quando mulher, nome de solteira)

DATA DE NASCIMENTO

HORA DO NASCIMENTO
(se for possível saber a hora)

MANDALA DO RELACIONAMENTO

A MANDALA DO RELACIONAMENTO tanto pode ser usada para captar energia afetiva, harmonizar a relação e transformar vibrações negativas em positivas, quanto para amenizar as dificuldades nos relacionamentos. É baseada nas datas de nascimento das duas pessoas - casal, sócios, pai e filho etc..- podendo ser desenvolvida também tendo em vista mais de uma pessoa como no caso de harmonização do ambiente e relacionamentos familiar com vários membros ou de uma empresa com vários sócios.

Fazendo uso do Feng Shui a Mandala Pessoal pode ser colocada no setor dos Relacionamentos de acordo com o resultado fornecido pelo Ba-guá.
A MANDALA DO RELACIONAMENTO pode ser usada também como tatuagem como símbolo personalizado do casal.


Personalizada, a MANDALA DO RELACIONAMENTO é elaborada a partir de:

NOMES COMPLETOS
casal,sócios,familiares,etc..)

DATAS DE NASCIMENTOS
(de todos os envolvidos)

HORAS DOS NASCIMENTOS
(se for possível saber a hora)

MANDALA DA PROSPERIDADE

Na China, as mandalas foram e são usadas até hoje para atrair abundância e sorte nos negócios. Pode ser utilizada também, não necessariamente, de acordo com o Feng Shui (posicionada no setor da prosperidade após a aplicação do ba-guá) e é desenvolvida conforme o objetivo do negócio/empresa/autônomo se baseando no número favorável para o empreendimento assim como nas melhores cores para se atingir os objetivos da empresa e alcançar a prosperidade

Na Mandala ao lado o objetivo da empresa é a comunicação (Agência de Publicidade), daí o uso concentrado do Amarelo e do Laranja que, entre outras coisas, são cores que estimulam a comunicação e a criatividade e também elevam a concentração. A Mandala está toda centrada nos números 5, 4 e 8. O 5 para trazer vibrações de movimento, o 4 voltado para vibrações de concretização e o 8 para a prosperidade financeira. O Vermelho no centro (cor da felicidade para os chineses) acentuando o número 5 das pétalas da flor central, tem como objetivo canalizar o chi .

Personalizada, a MANDALA DA PROSPERIDADE é elaborada a partir de:

NOME DA EMPRESA

OBJETIVO DA EMPRESA

(tipo de atividade empresarial, ramo do comércio, tipo de atividade ou prestação de serviços, etc...)

NECESSIDADES DA EMPRESA

MANDALAS ESPECÍFICAS

Uma Mandala representa o Universo. No seu interior, abrigam-se as forças da natureza representadas num simbolismo perfeito. Cada Mandala cria um campo de poder, um espaço sagrado onde essas energias se instalam. Contemplar ou meditar a partir de uma Mandala é uma forma de ligação com Deus e com o Cosmo mas também pode ser uma forma de direcionar a energia mental, emocional e espiritual a fim de ativar e canalizar determinados tipos de vibrações e energias para determinado objetivo .
A circunferência que delimita a Mandala tem como origem o próprio ponto central e limita o espaço circular formado, que é preenchido com variadas ligações simbólicas . A simbologia contida dentro da Mandala pode ser direcionada de acordo com com nossas necessidades.

As mandalas apresentadas a seguir foram criadas especialmente para algumas necessidades, com a finalidade de ativar a energia que está atuando deficientemente e/ou de acordo com determinados objetivos que se deseja alcançar.

MÍSTICAS
ALMA GÊMEA
ANTI STRESS
CONCENTRAÇÃO MENTAL
PROSPERIDADE MATERIAL
HARMONIA FAMILIAR
E OUTRAS...




(Mandala Cósmica)

MANDALAS DOS SIGNOS

A Mandala do Signo é construída a partir de imagens simbólicas, desenhos e formas geométricas relacionados a determinado Signo do Zodíaco. Símbolos e elementos gráficos se inscrevem uns aos outros formando ou se entrelaçando formam um grande círculo contendo todas as informações significativas de um signo zodiacal como seu planeta regente, seu símbolo astrológico, a figura que o representa assim como as cores respectivas.




Essa mandala é do signo de áries....(É a minha...)


O USO TERAPÊUTICO DA MANDALA

A MANDALA é um diagrama capaz de representar as relações entre o ser humano e o Cosmo, cujo uso pode ser constatado nas mais remotas culturas. As civilizações orientais, especialmente as da tradição hindu, desenvolveram grande habilidade em lidar com mandalas Para eles há muito a Mandala serve de "elemento material" que faz a integração entre a realidade aparente e as esferas superiores. Tais esferas superiores podem ser vistas tanto como as fontes divinas da nossa existência quanto como o denominado por C. G. Jung como processo de individuação.
Segundo Jung meditar, contemplar e sonhar com Mandalas é parte natural do processo de individuação.O círculo desenhado pode conter e até atrair partes conflitantes da natureza individual, mas,mesmo fazendo um conflito vir à tona, a Mandala leva a uma inegável e considerável descarga de tensão, daí sua importância contemporânea visto que a humanidade vive em constante estado de estresse.

A forma do círculo remete o homem ao isolamento seguro do ventre materno, é algo como uma linha protetora ao redor do espaço físico e psicológico que identificamos como nós mesmos. Na Mandala, é criado um espaço sagrado próprio, um lugar de proteção, um foco para a concentração de nossas energias mentais e emocionais.

Através de uma Mandala é possível despertar a intuição e direcionar a energia mental para determinado objetivo harmonizando intuição, vontade e razão estabelecendo assim, um caminho que alcance um maior nível de consciência. A contemplação/meditação de determinada Mandala auxilia a desbloquear emoções e sentimentos a fim de elevar nosso estado interior ou mesmo ativar e canalizar determinados tipos de energias.

O uso terapêutico das Mandalas está quase sempre relacionado ao desbloqueio e/ou ao despertar de sentimentos e sensações que temos dificuldade para lidar ou dificuldades para manifestar exteriormente.

A Mandala Pessoal servindo como foco de contemplação ou meditação ajuda a canalizar determinados tipos de energias a fim de equilibrar nosso estado físico, mental, emocional e espiritual já que as figuras e símbolos que entram na sua composição expressam e vibram as energias específicas da pessoa. Sendo a Mandala Pessoal um "retrato personalizado" é extremamente útil como fonte de concentração e inspiração para reequilibrar fluxos internos e externos, para gerar mais harmonia entre o consciente e o inconsciente, levando a pessoa a se sentir mais centrada e com uma maior compreensão sobre si mesma, além de sintonizá-la melhor com as correntes construtivas e evolutivas da Vida e do Cosmo.

A contemplação ou meditação tendo como base a Mandala da Prosperidade facilita a concentração para focar e fixar a vibração da abundância ajudando a canalizar nossos esforços para realizar nossas metas materiais. A mente racional concretiza o que foi estabelecido de forma intuitiva na Mandala direcionada à prosperidade, abrindo portas para vibrações e freqüências que facilitam atitudes que geram abundância.

Mandalas "direcionadas" desenvolvidas especialmente para sintonizar determinada freqüência como o encontro da alma gêmea, a harmonia familiar, a prosperidade e abundância material, a concentração mental, etc. podem ser instrumentos úteis para canalização da energia mental harmonizando vontade, intuição e razão a fim de alcançar determinada meta.

"Trabalhar com mandalas é uma forma carinhosa de abrir o coração para a
criatividade, a intuição e o amor..."


Como usar as mandalas

Olhar:

Entenda que uma mandala pede, em primeiro lugar, contato visual com ela. Olhar para as mandalas é a primeira maneira de receber suas emanações positivas. Ao olhar uma mandala, sua estrutura começa a agir em nosso interior e gera as modificações energéticas para as quais ela está programada. Prepare um lugar calmo e isolado para ativar o seu contato visual com a mandala. Pode haver música, incenso, velas, o que você quiser colocar nesse lugar, mas o essencial é poder estar ali em paz e sem ser interrompido. Um lugar ao ar livre, em meio a natureza, pode ser uma opção muito interessante. Dê tempo a si mesmo para absorver a energia da mandala. Coloque o desenho na sua frente e feche os olhos. Faça respirações profundas, com os olhos fechados, antes de fixar o olhar na mandala escolhida. Assim você cortará sua ligação com o mundo exterior e terá mais facilidade de preparar o seu interior. Depois, quando estiver mais concentrado,abra os olhos e olhe diretamente para a mandala. Enquanto estiver olhando para a mandala, tente não deixar que pensamentos invasivos ocupem sua mente. Tente ficar atento apenas à observação do desenho, das cores. Procure deixar sua mente livre de preocupações. Deixe o seu olhar dirigir-se ao centro da mandala e depois vagar pelas formas que ela apresenta. Observe como a mandala faz você se sentir. Permaneça olhando quanto tempo quiser. Se ficar cinco minutos, irá se sentir bem e em harmonia. Se ficar quinze minutos, irá restaurar sua energia interior e exterior. Se ficar meia hora, bem concentrado na observação do desenho, provavelmente acabará meditando com a ajuda da mandala. Uma sessão de olhar pode incluir mais de um desenho, mas será melhor limitar-se a apenas uma mandala se quiser receber vibrações com um objetivo determinado.

Colorir Mandalas

Para colorir uma mandala com objetivo de receber determinada vibração, é interessante conhecer um pouco sobre a influência das cores. Mas você também pode colorir uma mandala de modo espontâneo, deixando que as cores usadas sejam resultado da sua inspiração momentânea.É muito agradável trabalhar numa mandala feita apenas de traços e que aos poucos se torna um desenho colorido, cheio de força. A prática de colorir mandalas é terapêutica e pode transformar estados emocionais ou físicos negativos. O mais interessante é que a influência curativa da mandala atua sem que se perceba; ela é resultado do campo de força criado pela mandala. O material usado para essa atividade pode ser o mais simples possível. Você pode usar lápis de cor, giz de cera, canetas coloridas e até mesmo pincel e tinta. Escolha um material que lhe agrade ou use aquilo que já tem. Não é preciso terminar de colorir a mandala de uma vez. Estabeleça o tempo que pode gastar e trabalhe na mandala que vai colorir até terminar esse tempo. Deixe a atividade e retome noutra ocasião. Depois que terminar de colorir a mandala, não a deixe guardada numa gaveta. Coloque-a bem à vista, para aproveitar sua emanação vibracional. Uma mandala fechada num lugar onde não pode ser vista é um potencial energético sem aplicação.

Criar Mandalas

A criação de mandalas foi estudada por psicólogos e terapeutas como Carl Gustav Jung, no passado, e Rudiger Dahlke, na atualidade. Um belo trabalho interpretativo sobre mandalas foi feito por autores como Joan Kellogg e Susanne Fincher. Trabalhe espontaneamente, com bastante liberdade de temas, e siga a sua inspiração sem limitar o seu trabalho, às teorias sobre mandalas que você já deve ter lido. Você pode ser livre na sua criação, caso contrário ela não irá refletir o que está em seu inconsciente.

Mandalas - Use-as para desenvolver sua intuição, mãos à obra!

Créditos:Annalu_frussa

Meditação



A meditação é uma prática milenar através da qual o ser humano pode adquirir um melhor conhecimento de si mesmo, mais harmonia e paz interior. Segundo dados históricos, sua origem é tão antiga quanto a idade da humanidade racional e esteve presente nas mais diversas épocas, culturas e povos. Geralmente há um forte elo de ligação entre a meditação e a espiritualidade. No entanto, tal prática também é muito utilizada com objetivos puramente fisiológicos, visto que a mesma pode ser utilizada para o desenvolvimento pessoal para um simples relaxamento das tensões provocadas pelo dia-a-dia agitado.

Através da meditação, o praticante provoca um esvaziamento mental seguido de um total ou parcial domínio da mente pensante. Isso se faz através da focalização do pensamento em determinado sentimento, situação ou objeto, físico ou imaginário.

A nossa mente é como um grande mar agitado pelas ondas de idéias que vão e vem incessantemente. A prática da meditação, em seu aspecto mais simples, faz aquietar esses nossos turbilhões de pensamentos, acalmando-nos. Desse modo; passamos a perceber, com mais clareza, os aspectos mais nobres de nossa Essência Criadora. Com a prática constante, passamos a controlar os aspectos negativos incutidos em nossa psique através dos padrões culturais, morais e religiosos adquiridos. Noutras palavras; meditação é uma técnica de controle do fluxo e refluxo dos pensamentos que, sem foco; gastam imensa energia mas não produzem nenhum resultado positivo para a nossa vida.

O resultado mais imediato e simplório da meditação é um melhor domínio sobre os nossos pensamentos, resultando num melhor aproveitamento e melhor direcionamento de nossa energia mental. No entanto; dependendo da natureza do praticante e dos objetivos pretendidos, a sua prática pode proporcionar uma fantástica expansão da consciência para níveis tão sublimes e elevados que não podem ser traduzidos em palavras.

Existem centenas de técnicas de meditação. No entanto, o aprendiz deve compreender que, como todo processo de introspecção a meditação não pode ser rotulada através de uma fórmula invariável. Cada um deve descobrir ao método que melhor se adaptar e, em conseqüência, ao que produzir melhores resultados em sua experimentação. Para isso, o buscador deve inicialmente, para fins de análise e critérios de escolha, conhecer pelo menos alguns dos métodos e técnicas. Entretanto; na hora de praticar deve ancorar-se na sua intuição e nas suas perspectivas para o momento, nas intenções que norteiam seus desejos, sonhos e ideais.

O seu Eu mais profundo sabe qual é a melhor reflexão para você meditar agora. Simplesmente confie e reflita sobre o pensamento que aparecer para você. Tenha a firme intenção, envolva-se na emoção de uma alegria íntima em simplesmente ter tido a oportunidade de viver e experimentar esse momento tão belo de calma, tranqüilidade e paz interior. Então; envolvido nesse estado de beatitude, peça a Deus, ao seu santo protetor, à sua Mônada, ao seu Eu Superior, ao seu guia espiritual, ao seu subconsciente ou à Energia Criadora Universal - conforme sua crença - para lhe trazer a melhor imagem ou o melhor sentimento para a sua meditação. O próprio desencadeamento do processo meditativo, trará cada vez mais profundidade à sua prática, abrindo horizontes, criando novas perspectivas e alterando significativamente a sua experiência de vida.

Um dos exercícios mais recomendado por diversas escolas de meditação consiste em simplesmente observar a respiração, sentindo o ar entrando e saindo pelas narinas, ampliando e contraindo os pulmões. Focalize a atenção em sua respiração. Se sua mente divagar - isso certamente ocorrerá no início - libere o pensamento e foque novamente em sua respiração, sem ansiedade e sem ressalvas aos pensamentos indesejáveis que persistem. Você pode e certamente irá controlar sua mente. Mas isso não ocorrerá de imediato porque o padrão habitual só pode ser alterado através da persistência.

Outro exercício comum, consiste em contemplar um objeto considerado belo ou aquilo que lhe seja elevado em seu conceito. Uma flor, um quadro com a figura, uma mandala, etc...

Seja qual for a sua metodologia escolhida para meditar, haverá a necessidade básica de se relaxar em um lugar calmo e tranqüilo onde não se pode ser incomodado, utilizar-se de roupas confortáveis, a escuridão às vezes ajuda mas não é uma regra. Pode-se utilizar de uma música suave, um incenso de odor agradável ou qualquer outra coisa que o faça se sentir bem.

O que queremos demonstrar é apenas a necessidade de se estar em harmonia com o ambiente para facilitar o processo de relaxamento, imprescindível para a pratica de uma meditação eficaz. Se você estiver em um ambiente ou vivenciando uma situação que gere a simples perspectiva de desarmonia, ou num estado mental fora de sintonia com as coisas boas e positivas, dificilmente conseguirá aquietar a mente para direcioná-la ao objeto/situação de sua meditação.

Uma prática de meditação verdadeiramente eficaz, seria aquela que o distanciaria da sua consciência física e suas características negativas, tais como: ansiedades, medos, tensões, angústias... Ao se distanciar desses fatores de condicionamento mental, automaticamente sua vibração energética se eleva e você recebe os benefícios dessa prática. De início, você não experimentará nada além de uma sensação de euforia e paz interior, provocados pelo "desligamento" consciente da mente objetiva. Com a prática, resultados maravilhosos passarão a ocorrer em sua experiência. Obviamente tais resultados sempre estarão ligados à sua percepção de mundo, já que a sua vida constitui uma condensação de suas crenças e de seus atos. Sendo assim; quem procura crescimento espiritual pode ser beneficiado pela meditação tanto quanto aquele que busca a realização de seus sonhos e ideais. Não podemos negar ainda que tal prática pode beneficiar, e muito, aqueles que busca crescimento profissional, melhorias nos relacionamentos afetivos e até o sucesso ou a prosperidade. Por que não?

A delimitação dos benefícios da introspecção é feita por nossos desejos e por nossas escolhas conscientes. E, não estamos aqui para julgar os caminhos e descaminhos do ser humano. Cada qual pode utilizar a meditação para crescer mais e mais naquilo a que se destinou através de suas escolhas pessoais.

Sintetizando, poderíamos afirmar que a meditação pode:

- Auxiliar no alívio das tensões do dia-a-dia, produzindo melhor capacidade de concentração, relaxamento, intuição e harmonia interior;

- Reduzir a ansiedade, tornando a respiração mais equilibrada e profunda. Isso reflete diretamente em uma melhoria na oxigenação sanguínea, equilibrando a freqüência cardíaca;

- Proporcionar maior equilíbrio interior, eliminando, paulatinamente nossos conflitos emocionais, psicológicos e afetivos;

- Proporcionar maior clareza mental, receptividade, intuição, objetividade, paciência, compreensão, equilíbrio, paz interior;

- Quebrar as resistências provocadas por nossas convicções e crenças arraigadas em nosso subconsciente, abrindo a mente para novas perspectivas oriundas do inconsciente coletivo e da Mente Universal que tudo vê, tudo sabe e tudo pode;

- Elevar imediatamente a nossa vibração, proporcionando um realinhamento com o bem-estar natural emanado pelas forças positivas que regem o universo;

- Vislumbrar novas realidades existenciais além daquelas proporcionadas pelo conhecimento objetivo, trazendo a perspectiva de algo transcendental e superior como socorro sempre presente nos momentos necessários;

- Suprimindo ou amenizando as sensações objetivas, a meditação permite o contato direto com as forças superiores que regem a harmonia universal, fazendo aflorar os níveis superiores de nosso Ser, unificando-nos aos planos mais elevados da existência;

- Sublimar os nossos desejos efêmeros por objetos ou sensações sensoriais, substituindo-os paulatinamente pelo o desejo de bem-estar e harmonia, proporcionando a tão ansiada paz interior e a felicidade.

Dicas básicas para a prática da meditação:

- Escolha um lugar confortável para executar o exercício;

- Escolha uma posição: sentado ereto em uma cadeira confortável. Se preferir, utilize uma posição yoga que, apesar de um pouco incômoda no início, tende a trazer melhores resultados com o tempo;

- Mantenha-se em uma postura correta de maneira que a coluna esteja ereta e em alinhamento com o pescoço e a cabeça. Deve-se no entanto observar que tal posição seja espontânea e não provoque a rigidez;

- Mantenha a mente serena e tranqüila, alinhada ao objetivo/situação previamente escolhido para a prática;

- Relaxe os músculos e inicie a meditação.

Um dos fatores mais importantes no exercício de meditação, segundo o que se observa em todas as suas vertentes é necessidade de estar bem e manter o pensamento o mais positivo quanto possível. Isso pode ser conseguido somente através do domínio das emoções através de um relaxamento preliminar seguido de uma faxina mental que varre pensamentos e sentimentos ruins. Como? Praticando a oposição a tudo o que não esteja alinhado com o que for bom, belo e justo. Opondo a sentimentos de ódio, o amor; à dúvida, a esperança; ao medo, a fé; à tristeza, a alegria e assim por diante. Para se adaptar a isso, basta tomar consciência de que as emoções negativas em nada o ajudam. Ter ódio, inveja ou medo de alguém, seguramente não o fará melhor ou maior. Tais sentimentos provocam apenas conseqüências negativas e desastrosas. Portanto; a necessidade de eliminá-los será urgente, caso queira abrir as portas da alma e desfrutar das riquezas incalculáveis ali armazenadas para você, desde a criação do mundo.

Seja para meditar ou para qualquer outra coisa de positiva que você queira manifestar em sua vida, urge a necessidade premente de afastar tudo o que é negativo e, portanto, em oposição ao Princípio Universal do Bem-Estar. Antes de meditar sobre qualquer coisa, pondere sobre isso. O que um sentimento negativo pode acrescentar de bom à sua vida?

Nada! Seguramente nada.

Então; comece por meditar nas coisas boas e positivas da vida. Pode ser o simples fato de ter olhos para ler esse texto aqui apresentado. A capacidade de enxergar é uma riqueza incalculável, embora não lhe possamos outorgar o devido valor porque não a perdemos. Fique cego e seguramente se tornará disposto a dar tudo quanto tem em troca de sua visão.

Olhos para ver, ouvidos para ouvir, nariz para sentir. Medite sobre estas e outras dádivas oferecidas a você neste momento e verá que não há motivo para deixar de agradecer um só momento o maravilhoso presente que é a vida. Pode ser até que sua situação não esteja fácil, mas isso não representa a ordem natural das coisas. Inicie a prática da meditação positiva e você começará a perceber que estas influências externas negativas estarão tendo menos efeito sobre você a cada dia. E então, lá na frente, quando a sua escalada rumo ao Centro de Tudo estiver em um degrau bem mais elevado, finalmente você entenderá que no meio do caos está a Unidade, que guia sempre para a frente, para cima, para a evolução. E aqui mesmo, você vivenciará e se integrará cada vez mais, na harmonia que brota do caos, expressada pelas Instâncias Superiores aos homens de boa vontade.

Medite sobre isso!

Já pode ser um bom começo!


UMA MEDITAÇÃO PARA TE GUIAR

Sugiro que você toque uma música suave de fundo para fazer essa meditação.

Se você puder, grave essa meditação em uma fita com uma música suave de fundo de sua escolha para que você possa ouví-la quando quiser.


A proteção da LUZ BRANCA

Vamos começar tendo certeza de que você está sentado confortável em uma cadeira.

Respire fundo uma ou duas vezes e suavemente feche seus olhos.

Agora respire fundo novamente quando você estiver pronto. Segure por um momento, então deixe tudo sair e veja com os olhos da sua mente toda a tensão saindo de você agora como uma fumaça saindo de seu corpo.

Respire fundo mais uma vez, deixando mais ainda a tensão ir embora, deixando você mais e mais relaxado.

Se lembre que o lugar escolhido para fazer essa meditação é perfeito e que você pode parar de se preocupar agora e deixar que o relaxamento tome conte de você.

Relaxe completamente.

Agora, respeire fundo novamente e pela última vez, segure por alguns segundos e solte. Volte para a sua respiração normal.

Toda a sua tensão foi embora agora. Você está começando a se sentir leve e completamente relaxado.

Agora deixe que a sensação maravilhosa de tranquilidade, paz, e relaxamento tome conta de você por alguns segundos ou minutos, escutando a música de fundo ou talvez escutando seus pensamentos.

Agora veja com os olhos da sua mente uma Luz Branca movendo em sua direção. Essa luz se move por cima e em volta de você, abrangendo você completamente em uma onda suave e quente.

Seu corpo continua relaxando cada vez mais.

Imagine que desde seus dedos do pé até sua cabeça você sente a onda da Luz Branca relaxando você completamente, curando-o fisicamente e emocionalmente, fazendo com que você fique inteiro novamente.

Enquanto você escuta a música suave de fundo, você se torna mais calmo e sereno.

Você agora está rodiado pela Luz Branca.

Existe um campo de Luz Branca te rodiando e te protegendo.

Essa luz brilha com o amor da Fonte Divina.

A medida que você aceita essa Luz Branca dentro de você, você toma conhecimento que você também faz parte da Fonte do Amor.

Essa luz branca simboliza ambos o amor da Fonte Divina por você e seu amor pelos outros.

Te protege do mal todo tempo.

Simboliza a força mais forte de todo o Universo, o Amor.

Essa Luz Branca protege você de todo o mal, de todas as invasões e influências vindas de fora, formando uma parede de proteção em sua volta cheia de amor.

Esta é a sua armadura.

Veja agora, essa armadura brilhando com sua Luz Branca protegendo você.

Você agora se tornou uma Fonte de Amor e agora repita as seguintes palavras:

"Eu aceito a Luz Branca de Proteção"

E a proteção acontecerá.

Agora, irá brilhar em ação cobrindo você com a armadura do amor;

Cobrindo você com a luz da pureza;

Cobrindo você com proteção.

Quando você dizer:

"Eu aceito a Luz Branca de Proteção", você será protegido pela Fonte Divina.

Agora visualize por um momento as pessoas que você ama, veja eles com os olhos da sua mente.

Envolva e cubra as pessoas que você ama e deseja proteger com a mesma Luz Branca que envolve e cobre você.

Você está protegendo eles contra o mal todo tempo.

Essa força é a mais poderosa de todo o Universo, a do Amor e da Fonte Divina.

Forma uma parede de proteção invisível, e serve como armadura contra toda a negatividade.

Veja a Luz Branca agora abrangendo e protegendo as pessoas que você ama.

Tire um momento agora para escolher alguém que você deseje curar.

Agora envolva e cubra essa pessoa com a Luz Branca.

Veja a Luz Branca brilhante abrangendo a pessoa com amor, calor e bondade.

Essa pessoa está envolvida com a luz do Amor e da Fonte Divina, a força mais poderosa de cura do Universo.

Essa Luz Branca cancela toda a negatividade emanada de fora, protegendo, curando e restaurando.

O amor de Deus agora brilha através de você.

Só o amor permanece.

Mande amor...o amor será recebido.

O campo de Luz Branca agora protege a pessoa como também protege você.

E tudo que você precisa fazer é dizer:

"Eu aceito a Luz Branca de Proteção".

Saiba que ela está lá para você, todas as vezes, todas as horas.

Tire um momento agora para refletir sobre esse presente Divino dado para você e então ofereça uma reza como forma de gratitude.

Agora, devagar, calmamente, começe a voltar para a sua consciência.

Você se sente perfeito em todos os sentidos; fisicamente, mentalmente e emocionalmente.

Seu corpo se sente descansado e relaxado, seus olhos se sentem frescos como se tivessem sido banhados com água fresca.

Ao contar até três, você irá abrir seus olhos e ao contar até cinco você irá novamente ficar mais acordado se sentindo bem e em perfeita saúde.

Um, dois, três, seus olhos estão agora se abrindo.

Quatro, cinco, você agora está bem acordado, se sentindo bem e em perfeita saúde, se sentindo bem melhor que antes, em fato, você se sente ótimo!




Mandalas

Diz a tradição oriental que o centro do mandala apresenta a força espiritual misteriosa, origem e essência de tudo, de onde brota a energia que irradia em direção à periferia do círculo e para onde ela depois se recolhe.
Para o tibetano um mandala, usado durante a meditação, pode abrir as portas da percepção. E você vai então poder ver que, muito mais que mente e corpo, você é um energia que está em constante contacto com o resto do Universo.
Você é uma pequena parte de Deus, e todas as soluções e objetos de suas buscas estão aí dentro mesmo, esperando para serem descobertos.
Meditando com paz e serenidade, com a ajuda do mandala, você pode conhecer seus outros "eus", mais profundos, chegando até a ultrapassar o plano pessoal para atingir uma vivência definida como "supra pessoal", uma espécie de identificação e comunhão com o Universo, um momento verdadeiramente mágico.

Meditação com mandalas:

1- Busque antes e durante a meditação estar numa posição confortável, com a coluna ereta e membros relaxados.

2- Escolha um mandala e observe bem, pensando naquilo que você está buscando.

3- Quando começar a olhar para o mandala, procure aos poucos, esvaziar sua cabeça, tentando chegar ao ponto de não pensar em nada.

4- A idéia é chegar a preencher toda a sua mente com a imagem do mandala. Ele
precisa ser construído dentro de você. Inicialmente olhe simplesmente para a mandala sem reparar nela realmente em termos de pormenores.

5- Fixe sempre olhar no centro do desenho. Perceba os detalhes captados pela sua visão periférica, sinta sua vibração, mas não se desligue do centro.

6- Feche os olhos olhe para a imagem por alguns momentos e depois feche os olhos e tente visualizá-la. Quando perder a visualização, abra os olhos novamente olhe para a imagem.

7- Olhe para o mandala e deixe os seus pensamentos fluírem, observando-os sem se deter neles.

8- Perceba que, quando sua mente se aquieta, você gasta menos energia com o pensamento. É hora de funcionar a intuição, o auto conhecimento, a clarividência e a clariaudiência. Começam a emergir (interiormente) potenciais normalmente submersos do seu ser.

VIAGEM ASTRAL




As experiências fora do corpo são estudadas desde a antigüidade, principalmente pelos povos orientais. Os egípcios, hindus, tibetanos e chineses aprofundaram bastante o tema, mas sob um prisma esotérico. Aqui no Ocidente, os iniciados de várias linhas ocultistas aprofundaram seus estudos projetivos, mas, também sob conotação hermética. Isto é, iniciados do Oriente e Ocidente sempre buscaram uma transformação da consciência, a transmutação do velho homem de ferro em um homem de ouro, renovado, renascido (dwidja), pleno de consciência. Por isso, levando em conta a leviandade de muitos que buscam fenômenos, mas não a espiritualidade consciente, os antigos criaram vários processos iniciáticos para seleção dos interessados nas artes espirituais. Isso preservou o conhecimento iniciático das investidas do pessoal "oba-oba" da época.

Porém, o tempo passou e muitas coisas mudaram. Nos dias atuais esse mecanismo iniciático está ultrapassado mesmo. Milhões de pessoas têm experiências fora do corpo espontaneamente, sem saber como aquilo ocorreu. Elas não são iniciadas em coisa alguma. Devido a falta de informação, elas ficam apavoradas. Dependendo para quem narram sua experiência a situação poderá piorar. Um religioso cristão mais ortodoxo explicará aquilo como influência do "demo". Um materialista rotulará tal experiência como pura piração da pessoa. Um espírita dirá que é mediunidade. Um iogue pedirá a pessoa para estudar Ioga. Um ocultista mais ortodoxo alertará que saír do corpo é perigoso e só deve ser praticado por quem for iniciado.

As experiências fora do corpo são abordadas em várias linhas espiritualistas. Dependendo de época, local e influências culturais ou místicas, há nomenclaturas variadas para essa experiência.

Por exemplo: "Viagem astral" (Ocultismo); "Projeção astral" (Teosofia); "Experiência fora do corpo" (Parapsicologia); "Projeção da consciência" (Projeciologia); "Projeção do corpo psíquico" (Rosacruz); "Emancipação da alma", "Desprendimento espiritual" ou "Desdobramento espiritual" (Espiritismo); "Viagem da alma" (Ecanckar); "Viagem fora do corpo" (pesquisadores parapsíquicos).

7 Dicas de Robert Monroe para a Viagem Astral

"De acordo com Robert Monroe, qualquer pessoa consegue viajar fora do corpo. Tudo que precisa é de pratica e da vontade de fazê-lo. A quem tentar a EECs, Monroe sugere os seguintes passos:

1-Num quarto escuro, onde você não seja perturbado, deite-se em posição confortável, com a cabeça em direção ao norte. Desaperte as roupas e tire as jóias;

2-Relaxe a mente e o corpo. Feche os olhos e respire de modo rítmico, mantendo a boca ligeiramente entreaberta;

3-Focalize uma única imagem, a medida que vai caindo no sono. Quando atingir aquele estado limítrofe entre a vigília e o sono relaxe ainda mais, concentrando-se na escuridão além de suas pálpebras;

4-Para induzir as vibrações que devam anunciar o ínicio de uma EECs, focalize um ponto a cerca de 30cm de sua testa. Aos poucos, vá afastando o ponto de foco para uma distância de 2m e desenhe uma linha imaginária pararela ao seu corpo. Focalizando esse plano, imagine as vibrações e faça-as penetrar em sua cabeça.

5-Assuma o controle das vibrações, guiando-as conscientemente através do corpo. Da cabeça para os pés e, depois, de volta. Assim que essas ondas puderem ser produzidas por comando mental, você estará pronto para tentar a separação do corpo.

6-Para deixar o corpo, concentre-se em quão agradável seria flutuar acima dele. Mantenha esses pensamentos e seu corpo astral deverá iniciar sua elevação.

7-Para retornar ao corpo físico, concentre-se apenas na reunião das duas partes."

Cordão de Prata

O Psicossoma é ligado ao corpo físico por um apêndice energético conhecido como cordão de prata, através do qual é transmitida a energia vital para o corpo físico, abandonando durante a projeção. Em cobtrapartida, o cordão de prata também conduz energia do corpo físico para o psicossoma, criando um circuito energético de ida e volta. Esse interfluxo energético mantém os dois veículos de manifestação direta, independentemente dad istância em que o psicossoma estiver projetado. Enquanto os dois corpos estão próximos, o cordão é como um cabo grosso. Á medida que o psicossoma se afsta das imediações do corpo físico, o cordão trona cada vez mais fino e sutil.

Por mais longe que o projetor estiver, o cordão de prata sempre o trará de volta para dentro de seu corpo físico. É nesse instante que muitos projetores têm a sensação de queda e acordam assustados no corpo físico.

Tipos de Projeção

Projeção Consciente: É aquela na qual o projetor sai do corpo e mantém a sua consciência lúcida todo o transcurso da experiência extra corpórea.

Projeção Semiconsciente: É aquela na qual a lucidez da consciência é irregular e o projetor fica sonhando fora do corpo, totalmente iludido pelas ideias oníricas.

Projeção Inconsciente: É aquela na qual o projetor sai do corpo totalmente inconsciente. É um sonâmbulo extrafísico. Infelizmente a maioria dos encarnados está nesta situação.

Projeção Assistida: Em toda a projeção, os amparadores estão presentes assistindo e orientando o projetor, mesmo que ele não os perceba. Na maioria das vezes, eles ficam invisíveis e intangíveis aos projetor. A projeção em que o amparador ajuda o projetor a sair do corpo é denominada de Projeção Assistida.

- BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA -

* VIAGEM ASTRAL - Rick Stack / Editora Campus
* EXPERIÊNCIAS FORA DO CORPO - Susan J. Blackmore / Editora Pensamento
* VIAGENS FORA DO CORPO - Robert A. Monroe / Editora Record
* VIAGENS ALÉM DO UNIVERSO - Robert A. Monroe / Editora Record

Espero que após esses passos você consiga se projetar em pouco tempo!

*** SE DEUS CRIOU AS PESSOAS PARA AMARMOS E AS COISAS PARA USARMOS; POR QUE AMAMOS AS COISAS E USAMOS AS PESSOAS? ***


BOA SORTE E BOA VIAGEM!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

LILITH, DEUSA DA NOITE



Na origem de todos os povos do mundo sempre existiu a tradição de um casal fundador da raça humana. A maioria são casais-deuses, exceto nas religiões patriarcais, como a cristã, onde um único Deus masculino formou todas as coisas e seres.

Entretanto, ao estudar a espiritualidade hebraica, através da Cabala, nos é ensinado que o grande deus monoteísta não é do sexo masculino, mas é completo em si mesmo, o que existem são divisões de gênero, inclusive é uma insolência lhe dar aspecto humano, pois sua essência é luz pura. E desde quando luz tem sexo?

Mas como sabemos vivemos num mundo bipolar e é por isso que nossa Divina Arquiteta teve a iluminada idéia de semear o amor no terreno fértil de nossos corações, para que pudéssemos andar lado a lado, sempre em casais e nunca sozinhos.

Ao se estudar Carl Jung descobriremos que dentro de cada homem há uma mulher (anima) e em cada mulher há o princípio masculino (animus). Este eterno jogo de yin-yang se ajusta e se completa. Portanto, nenhum indivíduo é inteiramente masculino ou inteiramente feminino.

Cada um de nós é composto dos dois elementos e esses dois constituintes estão freqüentemente em conflito. O princípio feminino ou "Eros" é universalmente representado pela Lua e o princípio masculino ou "Logos" pelo Sol. O mito da criação no Gênesis afirma: Deus criou duas luzes, a luz maior para reger o dia e a luz menor para reger a noite. O Sol como princípio masculino é o soberano do dia, da consciência, do trabalho e da realização, do entendimento e da discriminação conscientes, o Logos.

A Lua, o princípio feminino é a soberana da noite, do inconsciente. É a deusa do amor, controladora das forças misteriosas que fogem à compreensão humana, atraindo os seres humanos irresistivelmente um para o outro, ou separando-os inexplicavelmente. Ela é o Eros, poderoso e fatídico e totalmente incompreensível.

Na natureza, o princípio feminino ou a deusa feminina mostra-se como uma força cega, fecunda, cruel, criativa, acariciadora e destruidora.

É a fêmea das espécies mais mortal que o macho, feroz em seu amor como também com seu ódio.

Esse é o princípio feminino na forma demoníaca. O medo quase universal que os homens têm de cair sob o domínio ou fascinação de uma mulher e a atração que esta mesma servidão têm para eles, são evidências de que o efeito que uma mulher produz num homem é, em geral realmente de caráter demoníaco.

Essa imagem repousa tão somente, na natureza da própria "anima"do homem ou alma feminina, sua imagem interior do feminino. A "anima"' não é uma mulher, mas um espírito de natureza feminina, que reflete as características do lado demoníaco, tanto glorioso, como terrível. Na vida cotidiana o homem não entra diretamente em contato com o princípio masculino duro, predatório, mas encontra-o sob a máscara humana, mediado pela sua função superior.

Mas o feminino dentro dele não é mediado através de uma personalidade humana culta e desenvolvida.

O princípio feminino, a Deusa Lua, age sobre ele diretamente do inconsciente, aproximando-se como um traidor que vem de dentro. Não é de admirar tanto medo e desconfiança!

A HISTÓRIA DE LILITH (Tradição Judía)

Se Eva se acusou de ter atraído a morte, o pecado e a tristeza ao mundo, Lilith já era demoníaca desde que foi criada. Lilith surgiu do intento de compreender a difrença entre os mitos da criação de Gênesis, já que em sus primeira história em Gênesis 1, homem e mulher são criados iguais e conjuntamente, enquanto na segunda história, em Gênesis 3, a mulher é criada depois do homem e a partir de seu corpo. Segundo as lendas, Lilith era a primeira esposa, que era bem pior que a segunda. No entanto, a figura escolhida para desempenhar esse papel na lenda judia era originariamente suméria, a resplandecente "Rainha do Céu", cujo nome "Lil" significava "ar" ou "tormenta". As vezes se tratava de uma presença ambígua, amante dos "lugares selvagens e desabitados", associada também com o aspecto obscuro da Deusa Inanna e com sua irmã Ereshkigal, Rainha do Mundo Subterrâneo". Aparece pela primeira vez no poema sobre Inanna, quando o herói Gilgamesh tala a árvore de Inanna:

"Gilgamesh golpeou a serpente que não podia ser encantada.

O pássaro Anzu voou com suas crias às montanhas;

e Lilith aniquilou seu lar e retirou-se aos lugares selvagens e desabitados."

"Lil" também era a palavra sumero-acádia que designava a "tormenta de pó" ou "nuvem de pó", um termo que também se aplicava aos fantasmas, cuja forma era uma nuvem de pó e cujo o alimento era supostamente o pó da terra. Na língua semítica "liliatu" era então "a criada de um fantasma", porém prontamente se fundiu com a palavra "layil", "noite", e se converteu em uma palavra que se designava a um demônio noturno.

A "lílít" do texto hebraico se traduz na versão grega de Septuaginta e por Lamia na Vulgata latina de São Jerônimo. As "lamiae" são muito conhecidas nas tradições gregas e latinas, como monstros voadores noturnos, que sempre aparecem sob o aspecto de pássaros. A maioria dos autores, afirma que as lamias são monstros femininos que devoram homens e crianças. Portanto, as lamias e Lilith têm muitos pontos em comum e foram convertidas em "vampiras".

No mito hebreu, Lilith, portanto, acumulou sem descanso todas as associações à noite e à morte. é possível que a imagem hebréia de Lilith se baseasse nas imagens de Inanna-Isthar como Deusa das grandes alturas e de grandes profundidades, porém, compreensivelmente rebaixada ao ser percebida desde o ponto de vista de um povo deportado à BABILÔNIA.

Só há uma referência à Lilit, como coruja, no Antigo Testamento. É encontrada no meio de uma profecia de Isaías. No dia da vingança de Yahvé, quando a terra se envolverá num deserto,"e um sátiro chamará o outro; também ali repousará Lilith e nele encontrará descanso." Inanna e Isthar eram chamadas de "Divina Senhora Coruja" (Nin-nnina Kilili). Isso pode explicar de onde provêm Lilith e porque era representada como uma coruja.

Uma versão da Criação de Lilith na mitologia Hebréia conta que Yahvé fez Lilith, como a Adão, porém no lugar de usar terra limpa, "tomou a sujeira e sedimentos impuros da terra, e deles formou uma mulher. Como era de se esperar, essa criatura resultou ser um espírito maligno". Lilith se converteu a posteriori na primeira esposa de Adão, cuja presença original nunca terminou de eliminar-se totalmente de de seu segundo matrimônio. O que falhou no primeiro foi obviamente a independência de Lilih e sua igualdade com Adão, por isso depois criou-se Eva. Em conseqüência, a lenda tacha de insubordinação a atitude por parte de Lilith, pois, segundo a história, se negava a aceitar seu "lugar apropriado" que aparentemente era permanecer debaixo de Adão durante a relação sexual:

-"Porque teria que ficar debaixo de ti quando sou tua igual, já que ambos fomos criados de barro?", pergunta ela.

Adão não sabe contestar essa pergunta, de maneira que, pronunciando o nome mágico de Deus e Lilith se foi voando pelos ares até o Mar Vermelho. Ali dá à luz a mais de 10demônios por dia

Adão fala de sua esposa a Yahvé, e esse enviou a sua procura os três anjos Senoi, Sansenoi e Samanglof, que a encontraram nas margens do Mar Vermelho, onde mais tarde as tropas egípcias seriam engolidas por ordem de Moisés.

Lilith se negou a voltar a ocupar seu lugar junto de Adão e ameaça dizendo que possui poder de matar crianças. Então os anjos tentaram afogá-la no Mar Vermelho, porém Lilith advogou em causa própria e salvou sua vida com a condição de jamais causar dano a uma criança recém-nascida de onde viera seu nome escrito.

Finalmente Yahvé deu a Lilith, Sammael (Satã), e ela foi a primeira das quatro esposas do diabo e a perseguidora dos recém-nascidos.

Mas, em conseqüência dessa fala, a ordem divina se converteu no centro de todas as fantasias de terror que provoca a sensação de indefesa. Lilith poderia aparecer em qualquer momento da noite, ela ou algum de seus demônios, para levar uma criança, aterrorizando os pais dos pequenos. Podia também possuir um homem durante o sono. Esse constataria que havia caído debaixo de seu poder se encontrasse restos de sêmen ao despertar. É difícil evitar concluir que Lilith se converteu em uma imagem de desejo sexual não reconhecido, reprimido e projetado sobre a mulher, que se converte em sedutora. Por todos os lugares foram encontrados amuletos contra o "poder" de Lilith.

Através da figura de Lilith, na cultura hebréia, a divisão e polarização próprias da Idade do Ferra da Grande Mãe em seus aspectos, a Deusa que dá a vida e a Deusa que atrai a morte, é levada um pouco mais longe. Ao terror do sofrimento inexplicável que pode manifestar-se sem aviso prévio e se insere uma dimensão nova da demonização da sexualidade.

O mito em Gênesis, estabelece que é a infração do mandamento de Yahvé, e não a sexualidade, a causa da expulsão do Paraíso à condição humana; e o conhecimento do bem e do mal, que alcançaram através da desobediência, tampouco se pode explicar em termos de conhecimento sexual. No entanto, tanto a desobediência como o conhecimento se associaram com a sexualidade porque a primeira coisa que Adão e Eva "viram" quando "seus olhos se abriram" foi que estavam nus. Antes disso, andavam nus e sem vergonha. A nudez, portanto, se converteu em sexualidade pecaminosa, especialmente quando a serpente fálica entra na especulação teológica. Em certas ocasiões a serpente era identificada como Lilith e se desenhava a serpente com um corpo de mulher, interpretando-se que a dita criatura era Lilith. Outras vezes a serpente tinha um rosto como o de Eva. Por esta razão, uma percepção da sexualidade como algo "não divino", invade as lendas de Lilith como aspecto escuro de Eva.

Mas, o papel de Lilith parece não terminar quando se une a Satã, aliás, muito pelo contrário. Segundo Zohar (Hhadasch, seção Yitro, p.29), depois participa da perdição de Adão, ao qual Yahvé (Jehová) concede como segunda esposa a Eva, nascida da sua própria costela, ou seja, à imagem do homem, o reflexo do homem, ou a imagem castrada de Adão. "Depois de que o Tentador (Sammael) houvera desobedecido ao Santíssimo, bendito seja, o Senhor o condenou a morrer". A Cabala faz eco desta tradição (Livro Emek-Ammelehh, XI), que Sammael será castigado: "Esse dia, Yahvé visitará com sua terrível espada a Leviatã, a serpente insinuante, que é Sammael, e a Leviatã, a serpente sinuosa, que é Lilith.

Esse texto nos diz que tão somente Lilith está incluída no castigo junto com Sammael e não as outras três esposas e que, Lilith também apresenta o aspecto de serpente. O que se conclui é que Lilith está reprimida no inconsciente e, quando surge, coloca a sociedade paternalista em xeque. Assim, quando Eva convida Adão para comer a maçã, é das mãos de Lilith que a receberá.

LILITH, MÃE DE ADÃO?

Pode parecer até exagerado achar que Lilith foi mãe de Adão, mas Adão tinha que ter uma mãe, senão não seria humano. E, se Adão não conheceu uma mãe material, deveria ter a imagem dela para si mesmo. Talvez seja por esse motivo que o nome de Lilith tenha desaparecido do texto oficial da Bíblia. Estaria em desacordo com as normas cristãs Adão ter uma mãe e essa mãe ter sido sua esposa. E a rejeição de Lilith pela companhia de Adão, não poderia ser interpretada como um desmame? De todas as formas, a equivalência de esposa e mãe existe. "A noção de proibição havia sido deslocada do jogo genital ao feito de chupar o peito (comer a maçã)... O verdadeiro sentido é: "podemos comer da maçã, porém está proibida para o filho que tenha contato sexual com sua mãe"...

Quem é Lilith então? Para Adão é um primeiro objeto de amor, do qual deve acordar-se e descobrir seu sexo." Ou seja, Lilith representa o primeiro estágio de desenvolvimento de Adão, chamado matriarcal e governado pelo arquétipo da "mãe", que será seguido pelo estágio patriarcal, no qual o arquétipo do pai será dominante. A expressão "estágio patriarcal" significa que Adão alcançou um nível de desenvolvimento do ego e da consciência no qual se dá uma importância crescente à vontade, à atividade, ao aprendizado e aos valores transmitidos pelo mundo. Entretanto, sem a separação, que levará Lilith para longe, Adão não poderia se desenvolver e se tornar adulto. Mas nessa transição da fase matriarcal para a patriarcal, o arquétipo anteriormente dominante da mãe é constelado de tal modo que seu lado "negativo" aparece. O arquétipo da fase a ser superada aparecerá como a "Mãe Terrível". Lilith começa então a provocar medo, porque representa o elemento que "reprime" e que dificulta o desenvolvimento necessário e devido. Por isso é transformada novamente na serpente é a antítese da energia ascendente do desenvolvimento do ego, tornando-se então, símbolo de estagnação, regressão e morte.

Lilith com rabo de serpente era a imagem da divindade andrógina, antes da criação, ou seja, antes do aparecimento do desejo, antes da separação do ser primitivo e absoluto, portanto, equivalente ao nada, de acordo com as teses de Hegel. Essa imagem representa a reminiscência da Lilith primitiva. Porém ela se converteu em pássaro noturno e alçando vôo desapareceu entre as trevas. Sua segunda forma, como corresponde a uma imagem desprovida de elementos terrestres, é uma forma para ficar na memória. O mito não é teológico, é essencialmente social. Em uma sociedade paternalista, Lilith é reprimida para dar lugar a Eva. Portanto, Eva representa a mulher moldada pelo homem.

Eva, entretanto, é uma mulher incompleta, lhe falta algo: o aspecto de Lilith que toma as vezes, quando se rebela, o aspecto que irá tomar Eva ao comer a maçã.

A Eva, como mulher, está totalmente alienada, não é nada mais do que a imagem castrada de Jehová e de Adão e não a imagem da parte feminina de Deus. Eva é uma mulher muda, a sombra de uma mulher, quase um fantasma. A mulher real é Lilith.

LILITH, O LADO ESCURO DA LUA

Cuidadosamente apagada da Bíblia cristã, Lilith permanece como símbolo de rebelião à repressão do feminino na psique e na sociedade. O mito Lilith mostra bem a passagem do matriarcado para o patriarcado.

Tanto na literatura ortodoxa como na apócrifa, a sombra de Lilith seguiu cercando as mulheres até o século XV d. C. Nessa época, e utilizando as mesmas imagens incorporadas em Lilith, milhares delas foram acusadas de copular com o demônio, matar crianças e seduzir homens, ou seja, de serem bruxas.

Textos da literatura judia de fontes apócrifas, não incluídos no canon ortodoxo do Antigo Testamento, contêm passagens como a seguinte:

"As mulheres são o mal, filhos meus: como não têm o poder nem a força para enfrentar o homem, usam truques e intentam enganá-lo com seus encantos; a mulher não pode dominar pela força o homem, porém o domina mediante a astúcia. Pois certamente a anjo de Deus me falou sobre elas e me ensinou que as mulheres se entregam mais ao espírito de fornicação que o homem, e que tramam conspirações em seus corações contra os homens; com sua forma de adornar-se primeiro lhes fazem perder a cabeça, e com uma olhada inoculam o veneno, e logo durante o próprio ato os fazem cativos; pois uma mulher não pode vencer o homem pela força. Assim que evitai a fornicação, filhos meus, e ordenem a vossas esposas e filhas que não adornem suas cabeças e seus rostos, pois a toda mulher que usa truques desse tipo estará reservado o castigo eterno".

Esse exemplo nos mostra como um mito, se for entendido e concebido de forma literal, pode criar um prejuízo e converter-se em uma doutrina que se declara a si mesma uma verdade divinamente revelada. É conveniente lembrar que Jesus não aprovou nem o mito nem suas implicações, nem os costumes patriarcais referentes as mulheres, muito pelo contrário. Foram transmitidas ao Novo Testamento através dos escritos de Pablo, e assim fizeram sua entrada na doutrina formal cristã.

LILITH E ADÃO/EVA

Enquanto Lilith é descrita como forma negativa, Eva, ao contrário, é apresentada em suas belezas e ornamentos. Adão não a recusa por vê-la como ossos dos seus ossos. Mas Eva carregará a culpa pela perda do paraíso.

E, esta é a informação que nos é passada pelo catolicismo, isto é, que a mulher possui uma imperfeição inerente, devida a sua natural inferioridade e sua incapacidade de distinguir o bem do mal. Tais afirmações foram codificadas no psiquismo feminino, fazendo com que todas as mulheres se tornassem estigmatizadas com esta identidade negativa. Foi deste modo, que o feminino se viu reduzido ao submisso e ao incapaz. A submissão foi então, imposta culturalmente a todas as mulheres, que distorceu intencionalmente os aspectos femininos, com o intuito de reprimir e estabelecer uma sociedade patriarcal.

Lilith, portanto, desobedece à supremacia de Adão, Eva, assumindo seu arquétipo Lilith, desobedeceria à proibição. Lilith, nada mais é, do que o lado sombrio de Eva, daí o porque das qualidades terríveis que são atribuídas a ela. Todo mal que lhe é atribuído está em sua desobediência, ao seu "não" a submissão.

Criada ao pôr do sol, Lilith é noturna, e por isso lhe foi atribuída a qualidade de vampiro. Lilith, ou as projeções do mito eram descritas em suas características eróticas, sensuais, mas quase sempre misturadas com características horrendas, partes animalescas, sobretudo nas extremidades.

A tradição de Lilith é a tradição da rejeição à Adão. O não de Adão, como já observamos, deveu-se não só ao caráter demoníaco de Lilith, mas também a exigência do desenvolvimento do ego de Adão.

A serpente-demônio, ou o próprio demoníaco que existe em Lilith, impele a mulher a "fazer algo" que a sociedade paternalista não permite.

Lilith é o arquétipo da mulher indomada, que luta apaixonadamente pelo poder pessoal. Suas características são destemor, força, entusiasmo e individualismo. Ela é atividade e exuberância emocional. Para as religiões patriarcais, é a personificação da luxúria feminina, uma inimiga das crianças que atua de noite, semeando o mal e a discórdia. Em Isaias, ela é chamada de "a coruja da noite". No Zohar, é descrita como "a prostituta, a maligna, a falsa, a negra".

Lilith aparece em nossas vidas para nos dizer que é hora de assumirmos o nosso poder. Você tem medo de assumi-lo? Você é daquelas pessoas que não sabem dizer "não"? Tem medo de perder sua feminilidade se tiver o poder em suas mãos? Você teme ser afastada(o) ou banida(o) pelos outros quando estiver em exercício de seu poder? Está com medo de fazer mau uso dele, dominando ou manipulando os outros? Lilith diz que, agora, para você, o caminho da totalidade está em reconhecer que não está ligada ao seu poder e, então, em segundo lugar, submeter-se e aceitar este poder.




RITUAL DE PODER

CERIMÔNIA DE CORTAR A CORDA


Este ritual é excelente, eu já o realizei e consegui ativar poderes interiores antes, totalmente ignorados. Você deve realizá-lo de acordo com o ciclo lunar. O tempo certo para você colocar as cordas é um dia depois da entrada da LUA CHEIA (sempre à noite). Para cortá-las é no dia em que entra a LUA NOVA (sempre à noite). Cuide para não errar a lua, pois pode fazer muita diferença!

Para esta cerimônia você precisará de uma corda ou barbante, uma tesoura e um queimador de incenso e um caldeirão ou uma fogueira. O ritual pode ser feito a sós ou com um grupo de pessoas.

Deverá ter em mente três situações em que foi-lhe solicitado o uso de poder, mas você não conseguiu exercê-lo, por medo, insegurança, crenças ou qualquer outro motivo. Em seguida agende a data para colocar as cordas.

Você deve traçar um círculo (com pedras, sal ou o que achar melhor). Abra os portais e peça gentilmente que seu animal de poder esteja presente. Quando estiver pronta(o) pegue a corda e corte do tamanho que corresponda ao lugar do corpo que pretende amarrá-la. Por exemplo, se você está com algum bloqueio que a (o) está impedindo de caminhar com todo seu poder, você deve amarrar a corda em torno dos tornozelos. Se você estiver com problemas de expressão, deve amarrá-la na garganta. Se tem medo de que a sua sexualidade a(o) impeça de manifestar o seu poder, amarre a corda nos quadris. No momento em que estiver amarando a corda, afirme o significado dela. Durante os dias que separam a colocação e o corte das cordas, você deverá diariamente concentrar-se em cada uma delas e no que elas representam, olhando-as e sentindo-as junto à pele.

Na noite de cortar as cordas, peque o queimador de incensos e o caldeirão, fósforos e uma faca ou tesoura. Trace o círculo, acenda o incenso (pode ser de alecrim) e chame seu animal de poder. Você deve tocar selvagemente o tambor e gritar o significado das cordas. Se não quiser chamar a atenção dos vizinhos pode falar mentalmente. Sente-se em frente ao caldeirão e corte as cordas confirmando o significado de cada uma delas. Jogue-as dentro do caldeirão e queime-as. Sinta o fluxo do poder enquanto observa cada uma delas transformar-se em fumaça. Respire fundo e sinta sua nova noção de poder. Se você traçou um círculo, libere o que foi chamado para fazer parte dele com gratidão. Agradeça a Lilith por lhe apontar o caminho para o seu próprio poder.

Em pleno século XXI, o interesse pelo mito da Deusa Lilith, reside na possibilidade de se representar e constituir uma nova mulher, a qual se sente identificada com as figuras evocadas por suas tradições culturais.

ISHTAR, DEUSA DA FERTILIDADE



ISHTAR, DEUSA DA FERTILIDADE (adaptação da Deusa Suméria Inanna)

A DEUSA-LUA cujo culto foi mais disseminado na Antiguidade foi Ishtar da Babilônia. Foi também Astarte em Canaã, Atar na Mesopotâmia, Astar em Moab, Estar na Abissínia e Astarte na Grécia. Entretanto, Deméter parece ser o termo genérico para qualquer manifestação desta grande deusa poderosa, a "Magna Dea do Oriente".

Ishtar, a deusa da lua babilônica, era relacionada com nascentes e com o orvalho. O orvalho é símbolo de fertilidade, e na Idade Média um banho de orvalho era frequentemente prescrito como feitiço de amor. Mas, esta deusa, também ficou conhecida como Rainha-da-poeira e Soberana-do-campo.

No Egito, sua contraparte era Ísis, cujo culto espalhou-se até a Grécia e Roma e continuou a florescer nos primeiros séculos da época cristã.

Ishtar é a personificação da força da natureza que tanto dá quanto tira a vida. É a Mãe de todos, Deméter de muitos seios. Carrega outros títulos como: Brilho-prateado, Produtora de sementes e Grávida. É a deusa da fertilidade que doa o poder de reprodução e crescimento aos campos e para todos os animais, inclusive para nós homens. Através de uma transição natural, torna-se a deusa do amor sexual e protetora das prostitutas. É aquela que abre o útero, o único refúgio das mães nas dores de parto. Como se vê, toda vida Dela emana.

Mas como toda a deusa lunar ela tem um caráter duplo. Assim como é provedora da vida, é também destruidora, pois é a própria lua, em cuja fase crescente todas as coisas crescem e em cuja fase minguante todas as coisas minguam e são enfraquecidas. Mas este não é o fim, pois logo a lua crescente volta.

A luz sempre vence a escuridão e a deusa reaparece mais uma vez na sua fase criativa e benéfica. Ishtar assim governa, sucessivamente, em todos os ciclos da Lua ou meses do ano E, ainda a fertilidade do ano, tudo o que nasce é considerado como sua prole. Essa idéia aparece de um modo lindo na crença de que seu filho, Tamuz, era a vegetação de toda a Terra.

O mito diz, que ao obter a virilidade, ele torna-se seu amante. Entretanto, ano após ano, ela o condena à morte. Na passagem do ano, época do Solstício de Verão, ele morre e vai para o submundo. Por ocasião deste evento, a deusa e todas as mulheres choram por ele, e isso ocorre no mês que tem seu nome, Tamuz ou Du'úzu.

Os hinos de lamentação foram preservados até hoje, e diz o seguinte:

"Levanta-te, então vai, herói,

pela estrada do "Não-Retorno"

Ai herói! guerreiro, un-azu

Ai herói! herói, meu deus Damu

Ai herói! filho-meu, fiel senhor

Ai herói! Gu-silim dos olhos brilhantes

Ai herói! Tu és minha luz divina."


Ishtar e as outras mulheres ficavam de luto pelo deus Verde, até que ela empreendia a perigosa jornada para a Terra-do-não-retorno, a fim de salvá-lo. Lá suas jóias brilhantes lhe são retiradas, ao passar por cada uma das seis portas que guardam o lugar.

No final desprovida de suas jóias e forças deve lutar com sua irmã Alatu pela posse de Tamuz. Nesta versão, Ishtar é considerada Rainha do submundo, pois como a Lua ela caminha por entre os mundos, o Superior e o Inferior. A perda de suas jóias em seis estágios é o equivalente à fragmentação do deus lunar e representa os seis pedaços noturnos que são tirados da Lua nas seis noites do último quarto.

Quando a senhora Ishtar faz sua descida ao Mundo dos Mortos, nenhuma paixão é sentida na terra e a esterilidade governa:


"Desde que a Senhora Ishtar desceu

à Terra-do-não-retorno

O touro não cobre a vaca,

o asno não se curva sobre a fêmea,

O homem não corteja a mulher na rua,

O homem dorme em seu quarto

A mulher dorme sozinha."

Novamente, em seu retorno à terra, a vida e o amor são despertados, como Isthar exclama em uma ode:

"Eu volto a macho para a fêmea:

Eu sou aquela que enfeita o macho para fêmea,

Eu sou aquela que enfeita a fêmea para o macho."

Era somente depois de sua volta à Terra que o poder da fertilidade e também do desejo sexual podiam operar novamente. Ela é a deusa que desperta o impulso sexual nos animais e nos homens. Sua atividade sexual era enfatizada em descrições como "a doce e sonora dama dos deuses", apesar de ser conhecida também por sua cruel e implacável volubilidade em relação aos seus amantes. Uma vez que era ela quem trazia o amor e a felicidade sexual, ela também detinha o poder de retirá-los. Sem essa Deusa sedutora de seios fartos, nada que dissesse respeito ao ciclo da vida poderia consumar-se.

É muito importante o reconhecimento do papel da Lua em nosso inconsciente. Os antigos já retratavam os movimentos de uma força psicológica que operava no inconsciente do homem e eles sabiam muito sobre estas forças, pois registraram-nas de uma forma totalmente sem preconceitos. Nós é que somos preconceituosos e descartamos qualquer teoria que não se ajuste a algo materialmente observável. Grande erro, pois o funcionamento de fatores psicológicos não são suscetíveis à experimentação e observação direta.

Como Sinn (deus da lua), que a precedeu, Ishtar é trina, pois é a Lua em seus três aspectos. Em sua forma brilhante ou do Mundo Superior, era cultuada como a Grande Mãe que havia frutificado a terra e cuidava de seus filhos. Tal fato é afirmado quando se concebe que quando ela estava ausente o homem e os animais perdiam seu desejo e poder de fertilidade. Quando retornava, o amor brotava outra vez por todo o mundo. Os poderes do amor e fertilidade eram os efeitos de um espírito vivo que ela carregava consigo e que afetava a todos como um contágio.

RAINHA DO CÉU

Como Rainha-do-céu era concebida como a condutora das estrelas. Ela própria tinha uma vez sido estrela, a estrela da manhã e a estrela da tarde, que acompanhava Sinn, o então deus da Lua, como sua esposa. Posteriormente ela o substitui, passando a reinar e tornando-se Rainha-das-estrelas e Rainha-do-céu. Percorria o céu todas as noites em uma carruagem puxada por leões ou bodes.

Ishtar regia o planeta Vênus, quando se apresentava como guerreira destemida (na forma de estrela matutina) ou a cortesã sedutora (na forma de estrela vespertina). Por vezes, as duas formas se fundiam emergia a Senhora da Vida e da Morte. Invoque sempre Isthar ao cair da tarde e conecte-se com o planeta Vênus. Medite e peça à Deusa suas bençãos e reforce sua feminilidade e fertilidade.

As constelações zodíacas eram conhecidas pelos antigos árabes como as Casas-da-Lua, enquanto que o cinto zodiacal inteiro era chamado de "Cinto de Ishtar", um termo que se refere ao calendário da Lua dos antigos, para os quais os meses do ano eram as doze luas do ano solar. Assim, Ishtar era a Deusa-do-tempo, cujos movimentos governavam a semeadura e a colheita, e controlavam o ciclo anual das atividades agrícolas. Era conhecida como governante moral dos homens.

O nome do deus Sinn, é familiar para nós, se pensarmos no monte Sinai, que significa "Montanha-da-Lua". Esse fato lança uma luz interessante sobre a história judaica, pois foi no monte Sinai que Moisés recebeu as Tábuas da Lei. Sinn, como deus da Lua, era o antigo legislador, antecedendo de muito a Moisés. Foi portanto em um lugar muito apropriado que este procurou e encontrou as tábuas enviadas pelo poder divino.

RAINHA DO SUBMUNDO

Como Rainha-do-submundo,Ishtar entretanto, tornava-se inimiga do homem e destruía tudo aquilo que havia criado durante sua atividade no mundo superior. Era, então, cognominada a Destruidora-da-vida, a Deusa-dos-terrores-da-noite, a Mãe Terrível, deusa das tempestades e da guerra. Era também a provedora de sonhos e presságios, da revelação e compreensão das coisas que estão escondidas.

O submundo dos antigos representava, as profundezas escondidas e desconhecidas do inconsciente. Mas, quando nós reconhecemos que o inconsciente está dentro de nós, sendo a parte escondida de nosso psique, ele torna-se um lugar geográfico real, para o qual alguém poderia ir em uma jornada de barco ou carruagem.

A afirmação de que a Deusa-do-submundo possuía poderes mágicos, equivale a dizer que o inconsciente funciona de maneira secreta e desconhecido, isto é, mágica. Este fato é prontamente admitido por qualquer pessoa que dele tenha pelo menos um leve conhecimento.

Já que sofremos as conseqüências de seu poder inexplicável, seria interessante se pudéssemos manter uma boa relação com ele. Pois, para os antigos, a deusa da Lua era a rainha deste reino. Tinha ali tanto poder quanto no mundo superior. Uma relação segura e útil com os poderes do submundo podia ser obtida através de uma aproximação adequada com ela.

FORMAS MUTANTES

Em suas forma mutantes, Ishtar desempenha todos os papéis femininos possíveis. É chamada de filha como também de irmã do deus Lua, que é ao mesmo tempo seu próprio filho (Tamuz). É mulher, a personificação do Yin, do princípio feminino e do Eros. Para as mulheres ela é o próprio princípio de ser. Para os homens é a mediadora entre eles mesmos e a fonte secreta da vida, escondida nas profundezas do inconsciente.

Como seu filho, Tamuz, Ishtar era chamada Urikittu ou a Verde, a produtora de toda a vegetação. Seu símbolo era uma árvore convencional, chamada Asera, que era venerada como se fosse a própria deusa.

O poder e significação desta grande Deusa da Lua, Rainha-do-céu, que caiu nas águas do Eufrates e foi trazida à praia por um cardume de peixes servos, se encontram explicados num hino que encontra-se em uma das "Sete tábuas da Criação", que datam do século VII a. C, embora o próprio hino seja muito mais antigo.

Ishtar foi conhecida ainda como Grande Deusa Har, Mãe das Prostitutas. Sua alta sacerdotisa, Harina, era considerada a soberana espiritual "da cidade de Isthar". Antigo entalhe em uma parede de mármore retrata Isthar sentada à beira de uma janela. Nessa típica pose da prostituta, ela é conhecida como "Kilili Mushriti", ou "Kilili que se inclina para fora." Diz ela: "Uma compassiva prostituta eu sou".

Ishtar é "Diva Astarte, Hominum deorumque via, vita, salus: rusus eadam quae est pernicies, mors, interitus." (Divina Astarte, o poder, a vida, a saúde dos homens e o oposto disso que é o mal, a morte e a destruição).

ISHTAR DAS BATALHAS




Por dois dias, ao final do mês de maio, os romanos celebravam a Festa da Rainha do Submundo, uma celebração em honra as deusas do submundo Hécate, Cibele e Ishtar.

Apesar de Ishtar ser conhecida no Oriente Médio como a deusa do amor, ela era conhecida também por sua ferocidade nas batalhas e na proteção de seus seguidores. Quando neste aspecto,Ishtar conduzia uma carruagem puxada por sete leões, ou sentava-se num trono ornado com leões, portando um cetro de serpente duplo e ladeada por dragões. Ela era chamada de Possessora das Tábuas com os Registros da Vida, a Guardiã da Lei e da Ordem, a Dama das Batalhas e da Vitória. Seus símbolos eram a estrela de oito pontas, o pentagrama, o pombo e as serpentes. Usava um colar de arco-íris, muito semelhante ao de Freia nórdica. Como deusa guerreira, ela levava um arco.

Durante as noites de Lua Cheia (conhecidas como Shapatu), alegres celebrações aconteciam em seus templos. Nestes ritos, chamados chamados de Qadishtu sagrados, as mulheres viviam como sacerdotisas e em seus templos recebiam amantes para expressar a sexualidade como um dom sagrado de Ishtar. Estes ritos permitiam aos homens que comungassem com a deusa.

Ishtar é a deusa dos lados positivo e negativo que tudo regia; patrona das sacerdotisas, guardiã da lei, mestre. Amor, fertilidade, vingança, guerra, desejo amoroso, casamento, leões, cetro e serpente dupla, lápis lázuli, poderes de morte e concepção do mundo, purificação, iniciação, suplantar obstáculos.

Dois de junho era um dos dias sagrados de Ishtar na Babilônia.


RITUAL DE BANIMENTO E LIBERTAÇÃO

Este ritual deve ser realizado durante a Lua Nova ou Minguante. Pode ser efetuado para uma pessoa ou problema específico que esteja lhe atrapalhando. É também indicado quando precisar encerrar um relacionamento.

Serão necessários um incenso de banimento, um pequeno pedaço de papel, lápis, óleo de patchuli ou cânfora, uma adaga ou espada, um vasilha com pequenas quantidades de louro e olíbano em pó e um caldeirão metálico.

Acenda o incenso. Escreva o nome do problema ou da pessoa no papel e deposite-o no altar ao lado do óleo de patchuli. Em uma pequena vasilha deverão estar o louro e o olíbano.

Erga a espada ou adaga à sua frente, apoiando a ponta no caldeirão. Bata seu pé contra o chão e diga:

uça-me, ó poderosa Ishtar.

Este é um período de libertação, de livrar-se de algo.

Eu corto todos os laços com (nome da pessoa ou problema).

Envie seus grandes poderes para que isso (ele/ela) saia da minha vida.

Permaneça segurando a espada à sua frente enquanto mentalmente visualiza a pessoa ou o problema afastando-se rapidamente da ponta da espada. Veja-o despencando dentro do caldeirão até desaparecer. Tente vê-lo desaparecer por completo. Não especifique o modo como deseja que isso ocorra, deseje apenas que o problema não mais lhe cause transtornos.

Apanhe o papel e espete-o na ponta da lâmina, dizendo:

Todos os laços estão cortados.

Nada mais nos une.

Você está sendo carregado pelos ventos da Senhora das Batalhas.

Remova o papel da lâmina. Ponha uma gota de óleo de patchuli ou cânfora nos quatro cantos e no centro. Queime dentro do caldeirão.

Rainha dos Céus, Deusa da Lua,

Lance seus poderosos raios sobre meus inimigos.

Que eles se curvem em derrota.

Defenda-me, Senhora das Batalhas e da Vitória!

Polvilhe um pouco de ervas picadas sobre o papel enquanto este queima; se este já estiver consumido, faça um pequeno montinho de ervas e acenda-o. Diga:

A renovação vem do caldeirão do Submundo.

Assim como Isthar ascendeu vitoriosa de sua jornada,

Eu me renovo através de seu amor e sabedoria.

Livre-se do papel e das ervas queimados usando a descarga de seu banheiro, uma simbologia adequada para livrar-se de problemas.

ORAÇÃO À DEUSA ISHTAR

Ó deusa dos homens, ó deusa das mulheres,

tu, cujo desígnios ninguém pode compreender,

Onde olhas com compaixão o morto vive outra vez,

o doente é curado, o aflito é salvo de sua aflição.

Eu, teu servo, pesaroso, em suspiros

e em angústia, te imploro.

Considera-me, ó minha senhora,

e aceita a minha súplica.

Compadece-te de mim e ouve a minha oração!

Grita para mim "Basta!" e deixa que

o teu espírito seja apaziguado.

Por quanto tempo irá meu corpo, que está cheio

de inquietação e confusão, lamentar?

Guia meus passos na luz, que entre os homens

eu possa gloriosamente procurar o meu caminho!

Deixa minha oração e minha súplica chegar a ti,

E deixa tua grande compaixão cair sobre mim,

Para que aqueles que para mim olharem,

possam exaltar o teu nome,

E que eu possa glorificar a tua divindade

E o teu poder diante da humanidade!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Autoconhecimento



Estamos todos em busca de maior realização em nossas vidas, e não toleramos nada que pareça nos puxar para baixo. Devemos nos tornar conscientes das coincidências em nossas vidas. Essas coincidências têm ocorrido com freqüência cada vez maior, e quando ocorrem nos parecem superar o que se poderia esperar do puro acaso. Parecem destinadas, como se nossas vidas tivessem sido guiadas por uma força inexplicável. A experiência causa uma sensação de mistério e excitação, e em conseqüência nos sentimos mais vivos. Essa é a experiência que vislumbramos, e que agora tentamos manifestar o tempo todo.

Reconsidere o mistério que cerca nossas vidas individuais neste planeta. Estamos experimentando essas coincidências misteriosas, e mesmo não as compreendendo ainda, sabemos que são reais. Estamos sentindo de novo, como na infância, que existe um outro lado da vida que ainda temos de descobrir, alguns outros processos atuando nos bastidores.

Tenha uma nova compreensão do mundo físico. Perceba o que era antes uma espécie de energia invisível. Ao tentar entender a natureza deste universo, sabíamos que precisávamos de algum modo separar os fatos da superstição. Nesse sentido, os cientistas assumiram uma determinada atitude conhecida como ceticismo cientifico, que na verdade exige provas concretas para qualquer nova afirmação sobre como funciona o mundo. Para acreditar em qualquer coisa, queriam provas que pudessem ser vistas e apalpadas. Toda idéia que não se pudesse provar de alguma maneira física, era sistematicamente rejeitada. Por fim concluímos que tudo o que ocorre na natureza ocorre segundo alguma lei natural, que todo acontecimento tem uma causa direta física e compreensível.

Em muitos aspectos os cientistas não têm sido tão diferentes de outros em nossa época. A idéia era gerar uma compreensão do universo que fizesse o mundo parecer seguro e controlável, e a atitude cética nos manteve concentrados em problemas concretos que fizessem a nossa existência parecer mais segura.

Com essa atitude a ciência eliminou sistematicamente a incerteza e o esotérico do mundo. Concluímos, seguindo o principio de Isaac Newton, que o universo sempre funcionava de uma maneira previsível, como uma imensa maquina, porque durante longo tempo isso era tudo que se podia provar. Diziam que os acontecimentos que ocorriam simultaneamente com outros, mas sem nenhuma relação causal, ocorriam apenas por acaso.

Então duas pesquisas abriram nossos olhos para o mistério do universo. Muito se escreveu nas ultimas décadas sobre a revolução na física, mas as mudanças na verdade resultam de duas grandes descobertas, as da mecânica do quantum e as de Albert Einstein. Todo o trabalho da vida de Einstein foi mostrar que o que percebemos como matéria sólida é em sua maior parte espaço vazio percorrido por um padrão de energia. Isso inclui a nós mesmos. E o que a física quântica revelou é que quando observamos esses padrões de energia em níveis cada vez menores, podemos ver resultados surpreendentes. As experiências demonstraram que quando se fragmentam pequenos componentes dessa energia, o que chamamos de partículas elementares, e tentamos observar como funcionam, o próprio ato da observação altera os resultados – como se essas partículas elementares fossem influenciadas pelo que o cientista espera.

Isso se aplica mesmo que as partículas tenham de aparecer em lugares aonde não poderiam ir, em vista das leis do universo como as conhecemos: dois lugares ao mesmo tempo, para a frente ou para trás no tempo. Em outras palavras, o material básico do universo parece uma espécie de energia pura maleável à intenção e expectativa humanas, de uma maneira que desafia nosso antigo modelo mecanicista do universo; como se nossa expectativa fizesse nossa energia fluir para o mundo e afetar outros sistemas de energia.

A percepção humana dessa energia começa com uma ampliada sensibilidade à beleza. A percepção da beleza é um tipo de barômetro que diz a cada um de nós a que ponto estamos perto de perceber realmente a energia. As coisas que percebemos como belas podem ser diferentes, mas as características verdadeiras que atribuímos aos objetos belos são semelhantes. Quando alguma coisa nos parece bela, tem mais presença, nitidez de forma e vividez de cor. Salta aos olhos. Brilha. Parece quase iridescente em comparação com o tom mortiço de outro objeto menos atraente. O nível seguinte de percepção é ver um campo de energia pairando em torno de tudo.

A realidade dessa energia é nova para todo mundo, mas o interessante é que essa energia é o que a ciência sempre buscou: uma coisa comum por baixo de toda matéria. Desde Einstein, sobretudo, a física tem buscado uma teoria de campo unificado.

Os seres humanos vão acabar vendo o universo como constituído de uma energia dinâmica, uma energia que pode nos sustentar e responder às nossas expectativas. Contudo, também veremos que fomos desligados da fonte maior dessa energia, que nos isolamos dela, e por isso nos sentimos fracos, inseguros e carentes. Diante desse déficit, nós sempre procuramos intensificar nossa energia pessoal da única maneira que conhecemos: buscando rouba-la psicologicamente de outros – uma competição inconsciente que é a base de todo conflito humano no mundo.

É de importância vital que se fique alerta. As coincidências ocorrem com regularidade, mas você tem de notá-las. Veja a psicologia. Esse campo está em conflito, querendo saber por que os seres humanos se tratam uns aos outros com tanta violência. Sempre se soube que essa violência surge do impulso dos seres humanos para controlar e dominar uns aos outros, mas só recentemente estuda esse fenômeno de dentro, do ponto de vista da consciência individual. Pergunta o que ocorre dentro de um ser humano que o fez querer controlar outra pessoa. Descobre que quando um indivíduo se dirige a outra pessoa e se empenha numa discussão, o que ocorre bilhões de vezes todos os dias no mundo, pode acontecer uma das duas coisas. O indivíduo sai se sentindo mais forte ou mais fraco, dependendo do que ocorre na interação.

O universo como um todo é composto dessa energia, e podemos modificar todas as coisas, exatamente como fazemos com a energia que nos pertence, a parte que podemos controlar. Nós embora não tenhamos consciência disso, tendemos a controlar e dominar os outros. Queremos conquistar a energia que existe entre as pessoas. Ela se acumula e de algum modo, nos faz sentir melhor.

Tudo que sabermos é que nos sentimos fracos, e quando controlamos outros nos sentimos melhor. O que não compreendemos é que o preço dessa sensação de se sentir melhor é a outra pessoa. É a energia que roubamos dela. A maioria das pessoas passa a vida numa caça constante à energia de outra. Embora às vezes funcione diferente. Encontramos alguém que, pelo menos durante algum tempo, nos manda voluntariamente sua energia.

De vez em quando, outra pessoa quer voluntariamente que a gente defina a situação dela para ela, nos dando sua energia diretamente. Isso nos faz sentir fortalecidos, mas em geral isso não dura. A maioria das pessoas não é bastante forte para continuar dando energia. Por isso é que a maior parte dos relacionamentos acaba virando disputas pelo poder. Os seres humanos ligam as energias e depois lutam para decidir quem vai controlá-las. E o perdedor sempre paga o preço.

Assim que compreendermos nossa luta, começaremos imediatamente a transcender esse conflito. Começaremos a nos livrar da disputa por simples energia humana... pois poderemos afinal receber nossa energia de outra fonte.

O primeiro passo no processo de esclarecimento para cada um de nós é trazer o nosso drama de controle pessoal à plena consciência. Nada pode prosseguir enquanto não olharmos de fato para nós mesmos e descobrirmos o que estamos fazendo para manipular em busca de energia. Cada um de nós tem de voltar ao próprio passado, ao centro da vida familiar inicial, e observar como se formou esse hábito. Ver a gestação disso mantém consciente nossa maneira de controlar.

A maior parte dos membros de nossa família tinha um drama próprio, tentando extrair energia de nós quando crianças. É sempre na relação com os membros da família que criamos nossos dramas particulares. Contudo, assim que reconhecemos as dinâmicas de energia familiares, podemos nos distanciar dessas estratégias de controle e ver o que realmente está acontecendo. Cada pessoa tem de reinterpretar a experiência familiar de um ponto de vista evolutivo, espiritual, e descobrir quem é ela própria na realidade. Assim que fazemos isso, nosso drama de controle desaparece e nossas vidas reais decolam.

O drama de qualquer um pode ser examinado de acordo com o lugar que ele ocupa nesse espectro que vai do agressivo ao passivo. Se uma pessoa é sutil em sua agressão, encontrando defeito e solapando lentamente nosso mundo para extrair nossa energia, então essa pessoa seria um interrogador. Menos passivo que o coitadinho de mim seria o drama de distanciamento. Portanto, a ordem dos dramas segue-se deste modo: intimidador, interrogador, distante e coitadinho de mim. Todo mundo se encaixa em algum ponto entre esses estilos.

Algumas pessoas usam mais de um estilo em diferentes circunstancias, mas a maioria de nós tem um drama de controle dominante, que tentamos repetir, dependendo de qual funcionava bem com os membros de nossa família inicial.

O interrogador: As pessoas que usam essa maneira de adquirir energia encenam um drama de fazer perguntas e sondar o mundo de outra pessoa, com o propósito especifico de descobrir alguma coisa errada. Assim que fazem isso, criticam esse aspecto da vida da outra pessoa. Se essa estratégia der certo, aí a pessoa criticada é atraída para o drama. Se vê de repente ficando intimidada perto do interrogador, prestando atenção ao que ele faz e pensando nisso, para não fazer nada errado que o interrogador perceba. A diferença psíquica é dar ao interrogador a energia que ele deseja. Tente se lembrar das vezes em que conviveu com pessoas assim. Quando a gente é colhido nesse drama, não tende a agir de um certo modo, para que a pessoa não o critique? Ela nos tira de nosso caminho e drena nossa energia, porque nós nos julgamos pelo que ela pode estar pensando.

Todos manipulam em busca de energia, ou de uma maneira agressiva, direta, forçando as pessoas a prestar atenção neles, ou de uma maneira passiva, jogando com a simpatia ou curiosidade das pessoas para chamar atenção.

Se alguém o ameaça, seja verbal ou fisicamente, então você é obrigado, por medo de que alguma coisa ruim lhe aconteça, a prestar atenção nele, e, portanto a transmitir energia para ele. A pessoa que o ameaça está envolvendo você no mais agressivo tipo de drama, o intimidador.

Se, por outro lado, alguém lhe conta todas as coisas horríveis que já aconteceram com ele, insinuando que talvez você seja o responsável, e que se recusar a ajuda-lo essas coisas horríveis vão continuar, essa pessoa está buscando controlar no nível mais passivo, com o que se chama de drama do coitadinho de mim. Tudo que eles dizem e fazem deixam você numa posição em que tem de se defender contra a idéia de não estar fazendo o bastante por essa pessoa. Por isso é que se sente culpado só por estar perto dela.

Se você é uma criança e alguém consome sua energia o ameaçando com danos físicos, então se distanciar não resolve. Você não pode fazer com que lhe dêem energia bancando o sonso. Eles não dão a mínima para o que se passa dentro de você. Vem com força total. Portanto você é obrigado a se tornar mais passivo e tentar a técnica do coitadinho de mim, apelando para a bondade das pessoas, explorando a culpa delas em relação ao mal que lhe fazem. Se isso não funciona, então, como criança, você suporta até crescer o bastante para explodir contra a violência e combater a agressão com agressão. A pessoa chega ao extremo que for necessário para conseguir atenção de energia na família. E depois disso, essa estratégia se torna a maneira dominante de controle para extrair energia de todos, o drama que ela vai repetir constantemente. Esse é o intimidador.

Que faria você se fosse uma criança e os membros de sua família ou estivessem ausentes ou o ignorassem, porque estavam preocupados com suas carreiras ou algo assim? Representar o distante não ia chamar a atenção deles; nem reparariam. Não teria você de recorrer as sondagens e a espionagem, para acabar descobrindo alguma coisa de errado nessas pessoas distantes, a fim de forçar atenção de energia? E isso que faz o interrogador.

As pessoas distantes criam interrogadores! E os interrogadores tornam as pessoas distantes! E os intimidadores criam a técnica coitadinho de mim, ou, se isso falhar, outro intimidador!

É assim que os próprios dramas de controle se eternizam. Mas lembre-se que há uma tendência a ver esses dramas nos outros, mas achar que nós próprios somos isentos dessas tramas. Cada um de nós deve transcender essa ilusão antes de começar. A maioria de nós tende a empacar, pelo menos durante parte do tempo, num drama, e temos de recuar e nos olhar a nós mesmos o suficiente para descobrir qual é ele.

Depois que vimos nosso drama, o que acontece em seguida é que estamos verdadeiramente livres para nos tornar mais que o numero inconsciente que representamos. Podemos encontrar um sentido mais elevado para as nossas vidas, uma razão espiritual de termos nascido em determinadas famílias. Podemos começar a esclarecer quem somos de fato.

Para descobrir o verdadeiro eu só existe um modo. Cada um de nós tem de recuar à própria experiência familiar, ao tempo e lugar da infância, e reexaminar o que ocorreu. Assim que tomamos consciência de nosso drama de controle, podemos nos concentrar na verdade mais profunda de nossa família, no lado bom por assim dizer, além do conflito por energia. Assim que encontramos essa verdade, ela energiza nossas vidas, pois essa energia diz quem somos, o caminho em que estamos, o que estamos fazendo.

Para esclarecer quem sou eu, você deve compreender os dramas de controle de seus pais. Tem de olhar além da disputa por energia que existia em sua família e buscar o verdadeiro motivo pelo qual estava ali. O processo para descobrir sua verdadeira identidade espiritual envolve ver toda sua vida como uma longa historia, tentando encontrar um significado superior. Comece se fazendo a pergunta: por que nasci naquela determinada família? Qual teria sido o propósito disso?

Exemplo de pais interrogadores:

*Seu pai era um interrogador; que mais era?
*Meu pai acredita mesmo em gozar a vida, viver com integridade mas tirando o máximo que a vida pode lhe oferecer. Você sabe, viver o mais intensamente possível.
*Conseguiu fazer isso?
*Até certo ponto, sim, mas de algum modo parece que sempre tem uma maré de azar no momento mesmo em que acha que está prestes a gozar mais a vida.
*Ele acredita que a vida é feita para diversão e alegria, mas ainda não conseguiu isso exatamente?
*É.
*Já pensou por que?
*Não muito. Sempre achei que ele não tinha sorte.
*Não será talvez que ainda não tenha descoberto a maneira de fazer isso?
*Talvez.
*E sua mãe?
*Ela já morreu.
*Você consegue ver o que representou a vida dela?
*Sim, a vida dela era a religião dela. Defendia princípios cristãos.
*Como?
*Acreditava no trabalho comunitário e em seguir as leis de Deus.
*Ela seguiu as leis de Deus?
*Ao pé da letra, pelo menos ate onde a igreja dela ensinou.
*Conseguia convencer seu pai a fazer o mesmo?
*Na verdade, não. Minha mãe queria que ele fosse à igreja todas as semanas e se envolvesse nos programas comunitários. Mas como eu lhe disse, ele tinha um espírito mais livre.
*Então onde isso deixa você? Os dois não queriam sua aliança? Não era por isso que o interrogavam, para se certificarem de que você não ficava do lado dos valores do outro? Os dois não queriam que você pensasse que o caminho deles era o melhor?
*É, tem razão.
*Como reagia você?
*Simplesmente tentava não tomar uma posição.
*Os dois o controlavam para que você estivesse à altura dos pontos de vista deles, e você, incapaz de agradar aos dois, tornou-se distante.
*É mais ou menos isso.
*Que aconteceu com sua mãe?
*Ela contraiu o mal de Parkinson e morreu, depois de ficar doente um longo tempo.
*Ela se manteve fiel a sua fé?
*Totalmente. Até o fim.
*Então, que sentido ela transmitiu a você?
*Como?
*Você está buscando o sentido que a vida tem para você, o motivo pelo qual nasceu dela, porque estava ali para aprender. Todo ser humano, quer tenha consciência disso ou não, ilustra com sua vida a maneira como acha que um ser humano deve viver. Você tem de tentar descobrir o que ela lhe ensinou e ao mesmo tempo o que na vida dela poderia ter sido melhor. Saber o que você teria mudado na vida de sua mãe faz parte do que você próprio está trabalhando.
*Por que só parte?
*Porque saber como teria melhorado a vida de seu pai é a outra parte. Não somos apenas criação física de nossos pais; somos também criação espiritual. Você nasceu dessas duas pessoas e as vidas delas tiveram um efeito irrevogável sobre quem você é. Para descobrir o seu verdadeiro eu, você tem de admitir que o verdadeiro você começou numa posição entre as verdades deles. Por isso nasceu ali: para adotar uma perspectiva mais alta sobre o que eles defendiam. Seu caminho é descobrir uma verdade que seja uma síntese mais desenvolvida do que essas pessoas acreditavam. Assim, como você expressaria o que seus pais lhe ensinaram?
Meu pai achava que viver era maximizar sua condição de ser vivo, desfrutar quem ele era, e tentar perseguir esse fim. Minha mãe acreditava mais em sacrifício e em usar seu tempo a serviço de outros, se negando a si própria. Achava que era isso que a Bíblia mandava.
*E você, como se sente em relação a isso?
*Não sei, na verdade.
*Que ponto de vista escolheria para você mesmo, o da sua mãe ou o do seu pai?
*Nenhum dos dois. Quer dizer, a vida não é tão simples assim.
*Está sendo vago.
*Acho que não sei.
*Mas se tivesse de escolher entre um ou outro?
*Os dois estavam corretos e incorretos.
*Como?
*Não tenho certeza exata. Mas acho que uma vida correta tem de incluir os dois pontos de vista.
*A questão para você é como. Como alguém vive uma vida que e os dois. De sua mãe, você recebeu o conhecimento de que a vida é espiritualidade. De seu pai, você aprendeu que a vida e auto-estímulo, diversão, aventura.
*Então minha vida de algum modo combinar as duas visões?
*Sim, para você, a espiritualidade é a questão. Toda a sua vida será descobrir uma que seja auto-estimulante. Esse foi o problema que seus pais não conseguiram conciliar, e que deixaram para você. Esta é sua questão evolucionaria, sua missão nesta existência.

Cada um de nós tem de observar os pontos importantes em sua vida e reinterpreta-los à luz de nossa questão evolucionaria. Tente perceber a seqüência de interesses, amigos importantes, coincidências que ocorreram em sua vida. Esclarecer o passado é um processo preciso de tomarmos consciência de nossas maneiras individuais de controle, aprendidas na infância. E assim que pudermos transcender esse hábito, descobriremos nossos eus superiores, nossas identidades evolucionárias. Para podermos entrar no estado mental especial que tanta gente está vislumbrando – a experiência de nós mesmos avançando na vida orientados por coincidências misteriosas – temos de acordar para quem de fato somos.

A verdade que buscamos é tão importante quanto a evolução do próprio universo, pois permite que a evolução prossiga. Os seres humanos nascem em suas situações históricas e descobrem alguma coisa para acreditar. Eles formam uma união com outro ser humano que também descobriu um propósito. Os filhos nascidos dessa união reconciliam então essas duas posições, buscando uma síntese mais elevada, orientada pelas coincidências.

Todas as vezes que nos enchemos de energia e ocorre uma coincidência que nos faz progredir em nossas vidas, estabelecemos esse nível de energia em nós mesmos, e assim existimos numa vibração mais elevada. Nossos filhos pegam nosso nível de vibração e o elevam ainda mais alto. Essa é a maneira como nós continuamos a evolução. Assim que se aprende o que é a vida, não há como apagar esse conhecimento. Se tentar fazer alguma outra coisa com sua vida, vai sempre sentir que lhe falta alguma coisa.

As idéias mudam assim que a gente se liga na energia. As palavras que você habitualmente forçou em sua cabeça, numa tentativa de controlar os acontecimentos com lógica desaparecem quando você abandona seu drama de controle. Quando você se enche de energia interior, outros tipos de idéia penetram a sua mente, vindo de uma parte mais elevada de você mesmo. Essas são suas intuições. Parecem diferentes. Simplesmente surgem no fundo de sua mente, às vezes numa espécie de devaneio ou minivisão, e vem para dirigi-lo, para orienta-lo.

Quando você adquirir bastante energia, estará pronto para entrar conscientemente na evolução, para faze-la começar a fluir, para produzir as coincidências que o levarão a frente. Primeiro acumula bastante energia, depois se lembra de sua questão vital básica... a que seus parentes lhe deram... porque essa questão oferece o contexto geral para sua evolução. Em seguida, você se concentra em seu caminho, descobrindo as questões menores imediatas que enfrenta em geral em sua vida. Essas preocupações sempre têm relação com a questão maior, e definem onde você está atualmente em sua busca de toda vida.

Assim que toma consciência das questões ativas no momento, você sempre obtém algum tipo de orientação intuitiva do que fazer, de aonde ir. Isso só não ocorre se você tiver em mente a questão errada. O problema na vida não está em receber respostas. Está em identificar suas questões presentes. Assim que você formule as perguntas certas, as respostas sempre chegam. Depois que tiver uma intuição do que poderia ocorrer em seguida, o passo seguinte é ficar bastante alerta e vigilante. Mais cedo ou mais tarde as coincidências vão ocorrer, para levar você na direção indicada pela intuição.

Não esqueça que uma vez atingido esse estado de amor, nada, nem ninguém, pode retirar mais energia de você do que a que você pode recuperar. Na verdade, a energia que flui de você cria uma corrente que puxa energia para dentro de você na mesma proporção. Você não pode ficar vazio. Mas deve estar consciente desse processo para que ele funcione. Isso é sobretudo importante quando você interage com pessoas. Deixe que sua percepção da beleza e da iridescência guie seu caminho. As pessoas e lugares que tem as respostas para você parecerão mais luminosos e atraentes.

Os pensamentos, devaneios e sonhos nos mostram uma cena, um fato, e isso é uma indicação de que esse fato talvez aconteça. Se estivermos atentos, estaremos prontos para essa virada em nossas vidas.

Para reconhece-los, temos de nos colocar numa posição de observador. Quando vem um pensamento, devemos perguntar: por que? Por que esse pensamento determinado veio agora? Qual a relação que ele tem com as questões da minha vida? A adoção dessa posição de observador nos ajuda a nos livrar de nossa necessidade de controlar tudo. Nos põe na corrente evolutiva.

As imagens de medo devem ser detidas assim que aparecem. Então outra imagem, uma de bom resultado, deve ser imposta pela vontade ao pensamento. Em breve as negativas quase não ocorrerão mais. Suas intuições serão sobre coisas positivas. Quando as negativas chegarem depois disso, devem ser tratadas com muita seriedade, e não seguidas.

É difícil fazer fluir constantemente o amor. Mas não fazer isso é se prejudicar. Seu corpo vibra num determinado nível e se você deixa sua energia baixar demais o corpo sofre. Essa é a diferença entre estresse e doença. É pelo amor que mantemos nossa vibração alta. Ele nos mantém saudáveis. Desperte e passe a ver o mundo como um lugar misterioso, que oferece tudo que precisamos, se nos esclarecemos e encontramos o caminho.

Então estamos prontos para começar o fluxo evolutivo. Para entramos nesse processo, mantendo firmemente em mente nossas atuais questões vitais. Ficando atentos para a orientação, num sonho ou num pensamento intuitivo, ou na maneira como o ambiente se ilumina e salta para nós. Acumulamos nossa energia e nos concentramos em nossas situações, nas perguntas que temos, e aí recebemos alguma forma de orientação intuitiva, uma idéia de aonde ir e o que fazer, e então as coincidências ocorrem, para permitir que sigamos nessa direção.

É esse o caminho. E todas as vezes que essas coincidências nos levam a alguma coisa nova, crescemos, nos tornamos pessoas mais plenas, existindo numa vibração superior. Todas as respostas que nos chegam misteriosamente, na verdade nos vem de outras pessoas. Mas nem todas as pessoas que você encontrar vão ter a energia ou a lucidez para lhe revelar a mensagem que lhe trazem. Você tem de ajudá-las, mandando energia para elas. Quando a energia penetra nelas, isso as ajuda a ver a verdade delas. Então elas podem passar essa verdade para você.

Para se manter no fluxo da evolução deve se lembrar de manter suas perguntas sempre em mente. Mesmo as pessoas que ainda não tem consciência podem tropeçar com respostas, e ver as coincidências em retrospecto. Temos de supor que todo acontecimento tem um significado e contém uma mensagem que de algum modo diz respeito as nossas perguntas. O desafio é encontrar o lado bom de cada acontecimento, por mais negativo que seja.

Estar próximo é mais importante do que as pessoas pensam. Devemos sempre encontrar um meio de dizer a verdade. Sempre tendo bastante energia, faz com que acredite que continuará tendo bastante, o que torna a transição do recebimento de energia para o recebimento de energia do Universo muito mais fácil de alcançar.

Quando alguém aprende a se esclarecer e entrar em sua evolução, às vezes é interrompido de repente pelo vício por outra pessoa. A idéia de vicio, explica por que surgem nos relacionamentos amorosos as lutas por poder. Sempre nos perguntamos o que faz a felicidade e a euforia do amor acabarem, se transformando de repente em conflito. Isso resulta do fluxo de energia entre os indivíduos envolvidos.

Quando se apaixonam, os dois indivíduos estão dando energia um ao outro inconscientemente, e se sentem flutuantes e eufóricos. É o barato incrível a que todos chamamos estar apaixonado. Infelizmente, como eles esperam que esse sentimento venha da outra pessoa, se desligam da energia universal e começam a contar cada vez mais com a energia um do outro – só que agora parece não haver energia bastante, e assim eles deixam de dar energia um ao outro e recaem em seus dramas, numa tentativa de controlar um ao outro e puxar a energia do outro para si. Nesse ponto, o relacionamento degenera na luta por poder habitual.

Nossa suscetibilidade a esse tipo de vicio pode ser descrita em termos psicológicos. O problema começa em nossa primeira família. Devido à disputa de energia ali, nenhum de nós era capaz de concluir um processo psicológico importante. Não podíamos integrar nosso outro lado sexual. Integrar o lado masculino ou o lado feminino. O motivo de podermos nos viciar em alguém do sexo oposto é que nós próprios ainda precisamos acessar essa energia sexual oposta.

A energia mística, que podemos canalizar como uma fonte interna, é ao mesmo tempo feminina e masculina. Podemos eventualmente nos abrir para ela, mas quando começamos a nos envolver, temos de ser cuidadosos. O processo de integração leva algum tempo. Se nos ligamos prematuramente a uma fonte humana para obter nossa energia masculina ou feminina, bloqueamos o fornecimento espiritual.

O problema é que a maioria dos pais até hoje disputa a energia com os próprios filhos, e isso nos afetou a todos. Como se dava essa disputa, nenhum de nós resolveu bem essa questão do sexo oposto. Estamos todos empacados no estágio em que continuamos a buscar nossa energia sexual oposta fora de nós mesmos, na pessoa de um homem ou mulher que julgamos ideal e mágica, e que podemos possuir sexualmente.

Quando começamos a evoluir pela primeira vez, passamos automaticamente a receber nossa energia sexual oposta. Vem naturalmente da energia no Universo. Mas temos de ser cuidadosos, pois se aparece outra pessoa que oferece essa energia diretamente, podemos nos desligar da fonte verdadeira... e regredir. Até aprendermos a evitar essa situação, ficamos andando em volta como a metade de um circulo. Parecendo a letra C. Somos muito suscetíveis a que apareça uma pessoa do sexo oposto, outro meio circulo, e se junte conosco assim completando o circulo e nos dê uma explosão de euforia e energia que pareça a plenitude produzida por uma ligação plena com o Universo.

Na verdade, apenas nos juntamos a outra pessoa que também está à procura de sua outra metade no mundo externo. Isso é um relacionamento clássico de co-dependência, e tem problemas embutidos que logo começam a surgir. Esse tipo de ilusão de inteireza sempre degenera numa luta por poder. No fim, cada pessoa tem de mandar na outra, e até mesmo incapacita-la, para poder conduzir esse eu inteiro para onde ela quer ir. Temos de fechar o circulo por nós mesmos. Temos de estabilizar nosso canal com o Universo. Isso exige tempo, mas depois nunca mais ficamos suscetíveis ao problema e adquirimos o que chama de um relacionamento mais elevado. Quando nos ligamos amorosamente a outra pessoa depois disso, criamos uma superpessoa... mas isso não nos desvia do caminho de nossa evolução individual.

Compreendendo quem na verdade são no intimo esses amigos do sexo oposto, a gente rompe a própria projeção fantasista sobre aquele sexo, e isso nos liberta para nos ligar mais uma vez com o Universo. Todos somos co-dependentes e estamos todos saindo disso agora. A idéia é começar a experimentar aquela sensação de bem-estar e euforia sentida no primeiro momento de um relacionamento co-dependente quando a gente está só. É preciso ter ele ou ela dentro de si. Depois disso, a gente evolui e pode encontrar aquele relacionamento romântico especial que realmente se ajusta à gente.

É exatamente assim com todos os vícios: a energia passa por alguém ou alguma coisa para se ligar com o Universo. O meio de lidar com isso é aumentar sua energia e depois se concentrar de novo no que está fazendo realmente aqui. A maneira como abordamos outras pessoas determina a rapidez com que evoluímos, e a rapidez com que nossas perguntas sobre a vida são respondidas.

Quando as pessoas cruzam nossos caminhos, há sempre uma mensagem para nós. Encontros casuais não existem. Mas o modo de respondermos a esses encontros determina se somos capazes de receber a mensagem. Se temos uma conversa com alguém que cruza nosso caminho e não vemos uma mensagem sobre nossas questões atuais, isso não significa que não houvesse uma mensagem. Significa apenas que não a captamos, por algum motivo. Quando apreciamos a forma e o porte de alguém, e nos concentramos de fato nele até suas formas e feições começarem a se destacar e ter mais presença, podemos mandar energia para ele e revigora-lo. Claro, o primeiro passo é manter nossa própria energia elevada, depois podemos iniciar o fluxo de energia que vem para nós, através de nós mesmos, e dai para outras pessoas.

Quanto mais apreciarmos a totalidade, a beleza interior delas, mais a energia penetra nelas e, naturalmente, mais flui para dentro de nós. Quanto mais amamos e apreciamos os outros, mais energia flui para dentro de nós. É por isso que amar e energizar os outros é a melhor coisa possível que podemos fazer a nós mesmos.

Quando se dá mais energia que a que a pessoa teria sem isso, ela pode ver qual é a sua verdade e passa-la mais prontamente para você. Quando faz isso, você tem a sensação de revelação sobre o que ela diz. Isso leva você a ver o eu superior e mais completo, e portanto a apreciar e a se concentrar nele num nível mais constante, que dá mais energia e maior percepção da verdade, e o ciclo recomeça de novo.

Se não aceitamos o drama concorrente, o drama da pessoa se desmonta. Lembre-se de que todo drama de uma pessoa se formou na infância em relação a outro drama. Portanto, todo drama precisa de um drama igual para ser plenamente encenado. Todos os dramas são estratégias secretas para conseguir energia. As manipulações secretas por energia não sobrevivem quando você as traz à consciência, apontando-as. Deixam de ser secretas. É um método muito simples. A verdade melhor sobre o que é dito numa conversa sempre prevalece. Depois disso a pessoa tem de ser mais verdadeira e honesta. A chave para fazer com que isso funcione é olhar simultaneamente para a pessoa verdadeira a sua frente além do drama, e mandar tanta energia para ela quanto possível. Se ela consegue sentir a energia chegando por qualquer meio, depois fica mais fácil abandonar sua forma de manipular para obte-la.

O Universo é energia, energia que responde às nossas expectativas. As pessoas também fazem parte desse universo de energia, portanto, quando temos uma pergunta, as pessoas revelam qual delas tem a resposta. Todo mundo que cruza nosso caminho tem uma mensagem para nós. Do contrário, teriam seguido por outro caminho, ou saído antes ou depois.

Existem sinais. O contato espontâneo do olhar, por exemplo, é um sinal para que duas pessoas conversem, pois existe um censo de reconhecimento. Ver alguém que parece conhecido, mesmo que a gente saiba que nunca viu essa pessoa antes é outro exemplo. Somos membros do mesmo grupo mental que certas outras pessoas. Os grupos mentais em geral evoluem na mesma linha de interesse. Pensam igual e isso cria a mesma expressão e experiência externa. Reconhecemos intuitivamente os membros do nosso grupo mental, e com muita freqüência eles nos trazem mensagens.


"Acreditar em você não é suficiente; O necessário é conhecer a você mesmo (...).
Você é aquilo que você procura".