quarta-feira, 20 de junho de 2018

Reino Mineral


A Bruxaria busca muitos ingredientes na natureza (minerais, metais, pedras, conchas). A fascinação humana por esses objetos e sua apreciação, pois eles parecem ter personalidades próprias, apenas lhes acrescentam poder quando estão em mãos de uma bruxa sabida.

Em um mundo de mudanças sem fim, esses objetos mantêm-se constantes e firmes. Expressões que honram esse tipo de valor metafórico em nossa língua incluem pérolas de sabedoria, sólido como rocha, claro como cristal e forte como aço.

A lendas hebreias contam que a esmeralda foi uma das quatro pedras apresentadas a Salomão (junto com lápis-lazuri, topázio e carbúnculo). Essas pedras representavam sua autoridade e sabedoria. Nas mitologias egípcias e grega, esmeraldas foram originalmente descobertas no ninho de um grifo.

Diversos cristais foram usados em navios para proteção. Na tradição grega, encontramos o carbúnculo, a calcedônia e o berilo. Os dois primeiros evitam que os marinheiros se afoguem no mar, enquanto o berilo os protegia do medo durante as tempestades.

Uma boa porção das correspondências de metais e minerais nos veio por intermédio dos alquimistas, os químicos medievais que tentavam fazer ouro e que, durante o processo, descobriram muitas outras substâncias e suas propriedades. Os alquimistas acreditavam que tudo há no planeta podia ser reduzido a correspondências elementais básicas; eles frequentemente trabalhavam na Lua crescente para melhorar o resultado de seus estudos.

Reza um velho ditado que, para aprender a paciência, é preciso olhar as pedras crescerem. Embora as bruxas não cheguem a esse extremo, elas observam e usam as rochas em diversos métodos de adivinhação. Talvez a mais conhecida dessas técnicas seja a cristalomancia, ou leitura em cristal. A bruxa olha dentro de um cristal que, por sua vez, está sobre um material especial, e espera que apareçam imagens em sua superfície.


O Livro Completo de Wicca e Bruxaria – Marian Singer