terça-feira, 1 de julho de 2008

Chás e Infusões sem Mistérios



“É muito fácil ser feliz com aquilo que se quer...
Difícil é ser feliz com aquilo que se tem...
E essa é toda a mágica da vida”


Folhas, ervas, raízes e até cascas de frutas podem se transformar em deliciosos chás ou infusões. Podem ser ingeridos quentes, para um efeito repousante, ou então frios e gelados, para atenuar o calor. E o que é mais importante: alguns chás ainda têm propriedades terapêuticas.


O ritual do chá wicca
• Prefira sempre a água filtrada para fazer o chá. E não a deixe fervendo na chaleira: use-a assim que começar a ferver.
• Calcule 1 colher de chá de folha para cada xícara.
• Coloque as folhas no fundo de um bule de porcelana previamente escaldado. E nunca use esse bule com outra bebida, reserve-o para o chá.
• Despeje a água por cima, tampe o bule e deixe por uns 5 minutos.
• Sirva o chá preto acompanhado de um pratinho com rodelas de limão, um bule com água fervente e outro com leite.

Os dois tipos de preparo
• O chá preparado por infusão é aquele em que se coloca a água fervente sobre as folhas.
• O chá preparado por decocção normalmente é feito com raízes, como o gengibre. Nesse caso, coloca-se a raiz para ser bem cozida na água.

A variedade de sabores e efeitos
Além do conhecidíssimo mate, preto e erva-doce, você pode provar estes:
• Anis – é um chá saboroso e perfumado, indicado para quem tem insônia e problemas estomacais.
• Erva-Cidreira – é mais gostoso se preparado com o capim fresco. Normalmente é tomado à noite, para garantir um sono relaxante.
• Hortelã – bom para o estômago. Pode ser tomado quente ou frio. Neste caso, prepare-o bem forte e sirva em copos altos, com cubos de gelo.
• Gengibre – dá um chá de sabor picante, que estimula o funcionamento intestinal.
• Artemísia – suas folhas levemente adocicadas produzem um chá delicioso e de efeitos digestivos.
• Camomila – de sabor ligeiramente amargo, alivia cólicas infantis e facilita a digestão dos adultos.
• Canela – sob forma de pauzinhos, devem ser cozidos para se obter uma infusão aromática, indicada para gripes.
• Carqueja – com o caule da planta prepara-se um chá bem amargo, que ajuda o funcionamento do fígado e aparelho digestivo. Embora não seja gostoso, é muito indicado para as ressacas.
• Maracujá – pode ser feito com o fruto ou com as folhas. Não só é calmante como tem um sabor e um aroma irresistíveis.
• Jasmim – um chá refinado, cujo aroma lembra os mistérios do Oriente. É relaxante.
• Maçã – cascas da fruta, quando fervidas, resultam num chá suave, saboroso.

Preparação e manipulação das ervas

As ervas após secas devem ser guardadas em recipientes de vidro ou de porcelana, separando-se as raízes, cascas e sementes das flores e folhas.

As quantidades de ervas devem ser sempre cuidadosamente respeitadas, para tanto observar a seguinte tabela de equivalências:

1 colher de café = 2 gramas
1 colher de sopa = 5 gramas
1 xícara de café = 50 ml
1 xícara de chá = 100 ml

Chás devem ser preparados em geral em utensílios de barro, louça ou cobre. A regra geral para a proporção água-erva é para cada litro de água, acrescentar 4 col de sopa de erva fresca ou 2 col de sopa de erva seca.

Formas de preparo de chá:

TISANA: Coloque a erva em água já fervendo, cozinhe por 5 minutos com panela tampada e deixe descansar por 10 minutos com panela tampada. Coe e use.

INFUSÃO: Ferva a água e despeje sobre a erva. Tampe e deixe em infusão por 10 minutos.Coe e use (para folhas e flores).

DECOCÇÃO: Nesse processo o que se quer extrair da erva é um princípio amargo ou sal mineral. A erva fica de molho em água fria algumas horas e depois é posta para ferver. Usar geralmente cerca de 30 gs de planta seca para 2 xícaras de chá de água. Cozinhe a erva por 15 a 30 minutos. Coe e sirva (usada para raízes, cascas e sementes).

MACERAÇÃO: Ponha a erva de molho em água fria, vinho, óleo ou vinagre, por 24 horas, coe e use sem levar ao fogo. Neste método as vitaminas e sais minerais são melhor preservados. A maceração de água não deve ser tomada 12 horas após seu preparo, pois existe proliferação de bactérias que podem ser prejudiciais.

Existem formas de aplicar as ervas externamente sobre partes do corpo que estão machucadas, inchadas ou doloridas. Podemos citar:

CATAPLASMA DE ERVAS FRESCAS: aplicadas amassadas diretamente sobre a parte afetada, sem preparação prévia.

CATAPLASMA DE ERVAS SECAS: Colocadas no interior de um saquinho e aplicadas frias ou quentes, de acordo com o caso. Estas cataplasmas são recomendadas para combater cãimbras, nevralgias, dores de ouvido, etc.

CATAPLASMA SOB FORMA DE PASTA: Ervas são socadas até formarem uma papa, que podem ser aplicadas diretamente, ou sob dois panos, no local. Quando não se tem erva fresca, usa-se a seca. Aí é preciso água fervendo nas ervas, para auxiliar formação de papa.

Outra maneira de preparar o cataplasma é mergulhar a erva em vinagre de maçã e misturar com farinha integral para dar liga. Espalha-se a mistura quente e úmida em um tecido, que se coloca sobre o local afetado. Passe óleo na pele antes de aplicar cataplasma quente. Um pedaço de plástico sobre o cataplasma conserva o calor.

COMPRESSA: Cozinhar as ervas indicadas até se obter u m líquido bem forte ( 3 ou 4 vezes mais que o chá comum). A seguir mergulha-se pano nolíquido, torcer levemente e aplicar sobre a parte afetada.
As ervas também podem servir para INALAÇÕES, para casos de distúrbios ou doenças do aparelho respiratório, sob forma de tisanas ou infusões bem fortes.

Outras formas de preparo de ervas:

UNGUENTOS: Pomada de ervas trituradas, em gordura vegetal, de coco ou amendoim. No momento de uso é só derreter em fogo brando. Outro preparo: Picar ervas frescas, colocar em panela de aço inoxidável ou esmaltada. Cobrir as ervas com água, levar ao fogo por 20 minutos em temperatura média. Coar e adicionar ao caldo uma quantidade igual de azeite de oliva. Volte ao fogo e ferva até a água evaporar e sobrar só o óleo. Tirar do fogo, e adicionar cera o suficiente para dar à mistura consistência de pomada. Acondicionar ainda quente em vasilhas de plástico com tampa que vede bem.

XAROPES: Infusão concentrada que se caracteriza como bebida concentrada padrão. Geralmente usa-se 250 gs de ervas para 360 ml de água fervente. Podem ser obtidos também por decocção ou maceração, e misturados com mel para se saturarem.

BANHOS: Chás fortes para serem misturados à água do banho.

TINTURA: Pôr 100 gs de erva em pó ou 225 gs de ervas frescas picadas num recepiente com tampa hermética. Acrescentar 5,5 decilitros de álcool a 60 graus. Agitá-lo duas vezes ao dia e deixar por 2 semanas. Coar e guardar num frasco escuro.(usado para flores e folhas mais frequentemente).

ÓLEOS ESSENCIAIS: São as essências concentradas das plantas obtidas à partir de processo de destilação.

PÓ: Cortar as partes grandes das plantas secas, como raízes, casca ou cules grossos, esmagá-las num almofariz ou reduzí-las a pó num moinho de café.