domingo, 8 de novembro de 2015

Ser Bruxa



Ser bruxa não é utilizar feitiços quando as nossas possibilidades para resolver um problema estão esgotadas.
Não é também conhecendo o nome das ervas e decorando as jogadas de tarô que nos tornamos bruxas.
Ser bruxa não é manipular o mundo através dos poderes sobre-humanos.
A autêntica bruxa mora no interior da pessoa.
É aquela mulher que aparenta ser o que é de verdade, satisfeita com o que é e não se preocupando com a opinião alheia em demasiado.

  A bruxa sempre traz em qualquer ambiente, um clima de força e alto astral.
Elas estão por todas as partes, destacando-se pela sua sensibilidade, beleza indescritível e energia contagiante.
Para a maioria das bruxas, o senso de humor é indispensável.
É sempre importante estar de bem com a vida, semeando força e alegria.
No instante em que nos tornamos bruxas, nos tornamos muito mais sensível, pois começamos a prestar atenção nas coisas que até então passaram despercebidas.
Quando uma bruxa entra numa floresta, por exemplo, sente toda a intensidade das vibrações das árvores e plantas, se emociona com o delicado desabrochar das flores, se deleita com o barulho das águas se encanta com o canto e o movimento de qualquer pássaro ou animal.
A bruxa assume sempre o seu papel como mensageira e guardiã da Grande Mãe.
Ela não se gaba como uma criatura que possui poderes sobrenaturais, capaz de conseguir tudo num estalar de dedos.
A bruxa possui a consciência de que é alguém como qualquer outro, assumindo a sua condição com simplicidade e naturalidade.
Ser bruxa é saber que não estamos limitados apenas a simples indivíduos de uma sociedade: somos habitantes de um Universo imenso e infinito, não de uma cidade apenas.
Devemos saber também que o tempo não está apenas limitado a um simples calendário, onde o passado, o presente e o futuro se encontram em ordens distintas.
Na verdade, o tempo é dividido em várias dimensões diferentes e seu andamento não é paralelo e, sim, circular.
É exato, porém, estranho de admitir que todo futuro vira presente, que todo presente vira passado, todo passado é feito de presente e que um dia já foi futuro.
E como explicamos as previsões do dos clarividentes, as pequenas premonições que temos no dia-a-dia e as revelações de grandes profetas que realmente acertaram suas profecias?
Essa noção de espaço e tempo adquirimos sempre parcialmente, pois o segredo do Universo não está ao alcance de ser entendido pela mente humana.
Sabemos apenas que sua força é grandiosa, complexa, infinita e perfeita.