quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Ritual para comemorar o Samhain




Objetos:

Monte um altar com os seguintes objetos:
    • 2 Velas negras
    • 1 guirlanda de flores.
    • 1 Coroa do Deus Cornudo (simbolicamente trata-se de uma coroa com chifres, mas pode ser substituída pela cornucópia no altar)

Para o ritual
    • 4 Velas vermelhas
    • Trajes de celebração na cor preta ou laranja
    • Uma fogueira ou caldeirão com fogo dentro
    • Sal suficiente para traçar o círculo mágico no chão e ainda sobrar
    • Bilhetinhos com nomes de pessoas, sentimentos ou qualquer outra coisa que o bruxo queira bem longe da sua vida. 

O ritual:


Vista-se adequadamente com trajes de celebração na cor preta ou laranja, depois, faça um círculo mágico bem grande (com o sal) e coloque uma fogueira ou caldeirão com fogo no centro.


1ª Parte do ritual
Em cada ponta do pentagrama do círculo mágico, coloque uma vela vermelha e dedique-as aos quatro elementos. Em seguida diga em voz alta ou em silêncio:
"Ó Deuses amados por todas as bruxas, abençoem este nosso sagrado Sabbat,
tua humilde serva pôde reunir-se a Vós hoje,
no amor, na alegria e na felicidade.
Abençoem meu ritual esta noite com a presença dos espíritos dos mortos".

Vire-se para o norte com os braços erguidos para cima e invoque o Deus Cornudo com o seguinte poema:
"Deus masculino,
Cornudo divino,
Esteja comigo esta noite, 
Dê-me poder e visualização, através dos mortos."

2ª Parte do ritual
ATENÇÃO: ESTA PARTE DO RITUAL É OPCIONAL, CASO NÃO QUEIRA FAZER PULE PARA A PARTE 3.

Vire-se para a ponta do pentagrama que simboliza o espírito do bruxo ( a que fica na parte de cima do pentagrama) e feche os olhos enquanto mentaliza os entes queridos que já morreram ou seus animais de estimação, caso prefira. 


Após este momento de homenagem e amor aos mortos, abra os olhos e posicione-se no centro do pentagrama, próximo ao caldeirão, e diga o seguinte:
"Terrível Senhor das sombras,
Deus da vida e possuidor da morte!
Agora dê-me o Teu conhecimento sobre os mortos,
abra e amplie minha clarividência, eu rogo por isto!
Abra os portões misteriosos por onde todos os homens um dia passam
e traga os espíritos perdidos para mim.
Que eles me sirvam para sempre, 
dizendo-me o que preciso saber,
revelando os segredos dos vivos!
Eis aqui, o toque do destino."

Feito isto, a bruxa recebe do Deus cornudo o dom da clarividência, pois apenas os espíritos podem revelar o que se quer descobrir.

3ª Parte do ritual
Pegue um dos bilhetinhos e jogue na fogueira (ou no fogo do caldeirão) para que queime completamente e diga:
"Com o fogo te liberto.
Retire-se da minha vida.
Que os espíritos te encaminhem 
para bem longe de mim!"

Após dizer estas palavras, jogue um punhado de sal no fogo.

Repita este procedimento (dizer as palavras, queimar o bilhete e jogar sal) para cada um dos bilhetinhos, até queimá-los todos. Feito isto, desfaça o círculo mágico e deixe o fogo da fogueira queimar e apagar naturalmente, não o apague. Somente desfaça o altar após o fogo se apagar.

Bruxas e Druidas

SAMHAIN - Ano Novo ou Noite dos Ancestrais


(31 de Outubro) H. Norte / (30 de Abril) H. Sul

Este é o mais importante de todos os Festivais, pois, dentro do círculo, marca tanto o fim quanto o início de um novo ano. Nessa noite, o véu entre o nosso mundo e o mundo dos mortos se torna mais tênue, sendo o tempo ideal para nos comunicarmos com os que já partiram. As BRUXAS não fazem RITUAIS para receber mensagens dos mortos e muito menos para incorporar espíritos.

O sentido do Halloween é nos sintonizarmos com os que já partiram para lhes enviar mensagens de AMOR e harmonia. A noite do Samhain (pronuncia-se SOUEN) é uma noite de alegria e festa, pois marca o início de um novo período em nossas vidas, sendo comemorado com muito ponche, bolos e doces. A cor do sabá é o negro, sendo o Altar adornado com maçã, o símbolo da Vida Eterna. O vinho é substituído pela sidra ou pelo suco de maçã. deve-se fazer muita brincadeiras com dança e música. Os nomes das pessoas que já se foram são queimados no Caldeirão, mas nunca com uma conotação de tristeza! No Altar e nos Quadrantes não devem faltar as tradicionais Máscaras de Abóbora com VELAS dentro. Antigamente, as pessoas colocavam essas abóboras na janela para espantar os maus espíritos e os duendes que vagavam pelas noites do Samhain.

Essa palavra significa "Sem Luz", pois, nessa noite, o Deus morreu e mundo mergulha na escuridão. A Deusa vai ao Mundo das Sombras em busca do seu amado, que está esperando para nascer. Eles se amam, e, desse amor, a semente da luz espera no Útero da Mãe, para renascer no próximo Solstício de Inverno como a Criança da Promessa. A Roda continua a girar para sempre. Assim, não há motivo para tristezas, pois aqueles que perdemos nessa vida irão renascer, e, um dia, nos encontraremos novamente, nessa jornada infinita de evolução.

Essa é a noite em que a barreira entre nosso mundo e o mundo dos espíritos fica mais fina. É quando o Deus Cornudo se sacrifica para se tornar a semente de próprio renascimento em Yule . É quando os pastores recolhem o gado e o povo recolhe-se em casa, fugindo da época mais escura do inverno. A data marca o fim do Calendário celta. A noite de Samhain se encontra no meio exato entre o ano que se vai e o que vem pela frente, e é portanto uma data atemporal. É o famoso Dias das Bruxas.

COMEMORANDO O SAMHAIN

Deposite sobre o altar maçãs, romãs, abóboras e outros frutos do fim do outono. Flores outonais como Madressilva e crisântemos também são indicados. Escreva num pedaço de papel um aspecto de sua vida do qual deseja livrar-se, um sentimento negativo ou um hábito ruim, doenças. O caldeirão deve estar presente no altar. Um pequeno prato com o símbolo da roda de oito aros também deve estar presente.

Antes do RITUAL sente-se em silêncio e pense nos amigos e nas pessoas amadas que não mais estão entre nós. Não se desespere. Saiba que partiram para coisas melhores. Tenha firme em mente que o plano físico não é a realidade absoluta, e que a alma jamais morre. Prepare o altar, acenda as VELAS e o INCENSO , crie o círculo. Invoque a Deusa e o Deus. Erga uma das romãs e com sua recém lavada faca de cabo branco, perfure a casca da fruta. Remova diversas sementes e coloque-as no prato com o desenho da roda.erga seu bastão, volte-se para o altar e diga;
"Nesta noite de Samhain assinalo sua passagem, Ó rei Sol através do poente ruma à TERRA da Juventude.
Assinalo também a passagem de todos os que já partiram, E dos que irão posteriormente.
Ó Graciosa Deusa, Eterna Mãe, que dá à Luz os caído, Ensina-me a saber que nos momentos de maior escuridão Surge a mais intensa luz."


Prove as sementes de romã; parta-as com seus dentes e saboreie seu gosto agridoce. Olhe para o símbolo de oito aros no prato; a roda do ano o ciclo das estações o fim e o início de toda a criação. Acenda um FOGO dentro do caldeirão, uma VELA serve. Sente-se diante dele, segurando o papel, observando suas chamas. Diga:
"Ó Sabia Lua, Deusa da noite estrelada, Criei este FOGO dentro de seu caldeirão para transformar o que me vem atormentando.
Que as energias se revertam: Das trevas, luz! Do mal, o bem! Da morte, o nascimento!"


Ateie FOGO ao papel com as chamas do caldeirão e jogue-o em seu interior. Enquanto queima, saiba que o mal diminui, reduzindo-se e finalmente o abandonando ao ser consumido pelos fogos universais. Se quiser pode utilizar métodos para adivinhar o futuro e ver o passado. Tente regressar a vidas passada se quiser. Mas deixe os mortos em paz. Honre-os com suas memórias mas não os chame até você. Libere quaisquer dores e sentimentos de perda que possa sentir nas chamas do caldeirão. Trabalhos de magia, se necessários podem-se seguir. Celebre o banquete Simples. O círculo está desfeito.

ERVAS TÍPICAS DO SAMHAIN - HALLOWEEN

Maçãs, Verbena, Abóboras, Sálvia, Palha, Crisântemo, Absinto, Pêra, Avelã, Romã, Grãos, Castanhas e Milho.

COMIDAS TÍPICAS DO SAMHAIN - HALLOWEEN

Beterrabas, Nabos, Milho, Castanhas, GENGIBRE , Cidra, Vinho Quente e pratos com abóboras e pratos com carne.

Old Religion

Ser Bruxa


Ser Bruxa!

Erguendo o véu negro que por muitos séculos sufocou a mulher e a bruxa, como seu principal expoente, encontramo-nos diante de uma inimaginável realidade:
A Magia existe, e a parte mais profunda e verdadeira que permeia todas as criaturas.
Isto é fascinante e abre uma porta constantemente trancada entre a fantasia e a realidade.
Em primeiro lugar é preciso reavaliar o termo ”Bruxa”, que muitos associam a mulheres
velhas e feias, ou jovens e belas, mas de qualquer maneira, pérfidas e infernais.
A bruxa, na verdade herdeira da sacerdotisa pagã, da antiga religião da Grande Mãe, é uma mulher que vive em profunda simbiose com a natureza, com seus ciclos, ritmos e mistérios.
A própria Natureza é, em sua essência, um encantamento.
Claro, nem sempre a Wicca usou seus poderes e conhecimentos com objetivos benévolos, porem todas as coisas são assim:
O preto e o branco se entrelaçam continuamente se movimentando e marcando o tempo do universo.
Não existe um traço característico que identifique fisicamente a bruxa.
Ela pode ser jovem, velha, loira, morena, magra, formosa, feia, gorda.
Pode-se apenas notar a maneira pela qual sorri, por causa do sol e da chuva, ou com que seus olhos brilham, admirar o vôo das gaivotas ou o movimento sinuoso de um gato.
Ela ama a natureza e viver sentindo, pensando ou imaginando.
É uma mulher bonita e fascinante também como pessoa, porque seu espírito é único, vivo e misterioso.
Ser bruxa, é usar sempre seu poder, não pode evitar:
Segue a Natureza e seus ensinamentos, a Lua é sua companheira, e as estrelas falam com ela.
Significa viver e agir na própria essência.
Seguindo a Luz divina que é a primordial faísca da alma.


Oração a Grande Mãe



"Eu sou a Deusa, eu sou a bruxa
Eu sou aquela que ilumina e protege
O poder da Grande Mãe está dentro de mim
Que a Grande Mãe, a Senhora do Norte
Encha de frutos a árvore da minha vida.
Grande Deusa, que habita dentro de mim,
santifica cada palavra minha, e cada ato meu.
Afasta cada sombra de minha vida,
ilumina todas as minhas estações.
Torna-me forte na dor.
Torna-me bela no amor.
Que o teu nome e o teu poder
Sejam o meu nome e o meu poder.
Assim sempre foi, e assim sempre será!"


Dillenne-Dil

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

A Natureza Espiritual Feminina

 
As mulheres são e sempre foram espiritualmente poderosas e a nossa natureza espiritual é uma experiência vivida no corpo. Nós estamos directamente ligadas ao divino através dos nossos ciclos menstruais. Estamos directamente ligadas à Deusa pela nossa capacidade inata de conceber e dar à luz uma nova vida a partir dos nossos corpos. Estamos ligadas a Ela quando amamentamos, quando curamos e cuidamos, quando criamos e nos expressamos através da beleza, da arte, da música, quando vivemos as nossas vidas cozinhando, limpando, cuidando das nossas famílias, pesquisando, escrevendo, pintando, representando.

Esta profunda conexão espiritual enraizada no corpo, que todas as mulheres têm, é ignorada ou descartada como sem importância em quase todas as sociedades.
Se não, vejamos por exemplo o tabu contra as mulheres menstruadas ou a parir. Quando sangramos ou damos à luz, somos excluídas das igrejas, sinagogas, saunas por estarmos impuras e sujas. Somos acusadas de levar influências malignas. Dizem que a nossa presença coalha o leite, mata o gado, perturba a cerimónia, convida o mal.
Contudo, como sabemos, a altura em que menstruamos ou damos à luz é, efectivamente, a altura em que estamos mais directamente conectadas com a Deusa como Mãe da Vida e da Morte e com o nosso profundo poder feminino.
 
Somos encaradas como ameaça, não porque somos impuras ou sujas mas precisamente pelo contrário, porque nesta altura o Seu poder está naturalmente no nosso corpo e Ela pode ser sentida por outros. A Sua presença pode fazer com que, quem não sabe como ter esta experiência corporal divina, se sinta impotente e pequeno.
Muitas práticas espirituais masculinas baseiam-se na negação das necessidades naturais do corpo através do celibato, asceticismo, separação forçada das mulheres, supressão das emoções, inibição e punição duma natureza dita fraca e inferior que tem de ser submetida ao poder da mente. O objectivo é que a consciência cresça fora do corpo para assim a pessoa poder atingir a iluminação espiritual.
 
Esta abordagem é fundamentalmente diferente da espiritualidade feminina vivida no corpo, apesar do facto de concordamos que na essência somos seres de energia sem forma cuja finalidade é encarnar na realidade material por uma ou muitas vidas.

Kathy Jones in Priestess of the Goddess - Traduzido por SM /IC

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Terapeuta ou Curandeira


A Mulher Xamã

Erveiras, raizeiras, benzedeiras, mulheres sábias que por muito tempo andaram desaparecidas, ou até mesmo escondidas. Hoje retornam com um diploma de pós-graduação nas mãos e um sorriso maroto nos lábios. O seu saber mudou de nome. Chamam-lhe terapia alternativa, medicina vibracional, fitoterapia, práticas complementares…são reconhecidas e respeitadas, tem os seus consultórios e fazem palestras.
As mulheres curandeiras fazem parte de um antigo arquétipo da humanidade. Em todas as lendas e mitos, quando há alguém doente ou com dores, aparece sempre uma mulher idosa para oferecer um chazinho, fazer uma compressa, dar um conselho sábio. Na verdade, a mulher idosa é um arquétipo da ‘curandeira’, também chamada nos mitos de Grande Mãe.
Não tem nada a ver com a idade cronológica, porque esse é um arquétipo comum a todas as mulheres que sentem o chamado para a criatividade, que se interessam por novos conhecimentos e estão sempre a procura de mais crescimento interno. A sua sabedoria é saber que somos “obras em andamento’, apesar do cansaço, dos tombos, das perdas que sofremos… a alma dessas mulheres é mais velha que o tempo, e o seu espírito é eternamente jovem.
Talvez seja por isso que todas as mulher se parece com uma árvore. Nas camadas mais profundas da sua alma ela abriga raízes vitais que puxam a energia das profundezas para cima, para nutrir as suas folhas, flores e frutos. Ninguém compreende de onde uma mulher retira tanta força, tanta esperança, tanta vida. Mesmo quando são cortadas, tolhidas, retalhadas, das suas raízes ainda nascem brotos que vão trazer tudo de volta à vida outra vez.
Por isso entendem as mulheres de plantas que curam, dos ciclos da lua, das estações que vão e vem ao longo da roda do sol pelo céu. Elas tem um pacto com essa fonte sábia e misteriosa que é a natureza,. Prova disso é que sempre se encontra mulheres nos bancos das salas de aula, prontas para aprender, para recomeçar, para ampliar a sua visão interior. Elas não param de voltar a crescer…
Nunca escrevem tratados sobre o que sabem, mas como sabem coisas! Hoje os cientistas descobrem o que nossas avós já diziam: as plantas têm consciência! Elas são capazes de entender e corresponder ao ambiente à sua volta. Converse com o “dente-de-leão” para ver… comunique-se com as plantas do seu jardim, com seus vasos, com suas ervas e raízes, o segredo é sempre o amor.
Minha mãe dizia que as árvores são passagens para os mundos místicos, e que suas raízes são como antenas que dão acesso aos mundos subterrâneos. Por isso ela mantinha em nossa casa algumas árvores que tinham tratamento especial. Uma delas era chamada de “árvore protetora da família”, e era vista como fonte de cura, de força e energia. Qualquer problema, corríamos para abraçá-la e pedir proteção.
O arquétipo de ‘curandeira’ faz parte da essência do feminino, mesmo que seja vivenciado por um homem. Isso está aquém dos rótulos e definições de género. Faz parte de conhecimentos ancestrais que foram conservados no nosso inconsciente coletivo. Perdemos a capacidade de olhar o mundo com encantamento, mas podemos reaprender isso prestando atenção às lendas e aos mitos que ainda falam de realidades invisíveis que nos rodeiam. Um exemplo? Procure saber mais sobre os seres elementais que povoam os nossos jardins e as fontes de águas… fadas, gnomos, elfos, sílfides, ondinas, salamandras…
As “curandeiras’ afirmam que podemos atrair seres encantados para os nossos jardins! Como? Plantando flores e plantas que atraiam abelhas e borboletas, gaiolas abertas para passarinhos e bebedouros para beija-flores. Algumas plantas ‘convidam’ lindas borboletas para o seu jardim, como milefólio, lavanda, hortelã silvestre, alecrim, tomilho, verbena, petúnia e outras. Deixe no seu jardim uma área levemente selvagem, sem grama, os seres elementais gostam disso. Convide fadas e elfos para viverem lá. Lembre-se: onde você colocar sua percepção e sua consciência, a energia vai atrás.
 
Mani Alvarez

A Sabedoria Masculina


A Sabedoria do Homem Sagrado

Assim como as mulheres os homens também tem os seus ciclos e é muito importante tanto para os homens como para a sua companheira, conhecer o seus ciclos, honra-los e respeita-los.
O ciclo do homem é ligado à energia do nosso pai, o Sol.
E está intimamente ligado as quatro estações: primavera, verão, outono, inverno. Sendo que nas estações de maior luz solar e calor o homem restaura a sua força: primavera e verão.
Então sabendo disso o homem sabe que a estação do mês para ele abrir novos negócios e fazer mudanças na sua vida é sempre a primavera, porque é a estação mais favorável para um homem sagrado adquirir força e poder. O verão é onde atinge o seu ponto mais alto de poder, esta estação é muito favorável para ser eleito pela mulher amada.
No outono é a estação de se recolher, voltar para o útero da mãe terra, preocupar-se em ajudar a mãe terra, servir de adubo para a vida na terra, preocupar-se em conscientizar as pessoas sobre ecologia e ajudar a mãe terra a fortalecer-se. O seu Ciclo como todos os ciclos representam o ciclo da vida, nascimento, crescimento, envelhecimento e morte.
Os homens passam por esses ciclos de Nascimento, Morte e Renascimento ao longo do ano. Porque os ciclos masculinos, diferentes do feminino, são anuais.
O homem que entende os seu ciclos e age de acordo com eles, segue o fluxo da natureza. Com isso obtém maiores resultados na sua vida no geral. E respeitando, agindo dentro dos seus ciclos, ele faz com que a roda da sua vida gire, de forma fácil, harmoniosa, deixando a força do sol e das estações anuais o auxiliarem em suas conquistas em prol de si mesmo e em prol do planeta.
Porém, essa informações foram praticamente escondidas dos homens, com isso podemos ver que o sistema patriarcal não prejudicou só as mulheres, prejudicou muito dos nossos irmãos do sagrado masculino que foram obrigados a nascerem num sistema doente e perderam muito do conhecimento sagrado que antes tinham sobre eles mesmos - um destes conhecimentos era marcar os seus ciclos e vivê-los de maneira total.
Em cada ciclo o homem tem o amparo de alguns Deuses o que nada mais é do que os arquétipos da luz, ou seja a representação da divindade com energia masculina. Esses arquétipos vem para ligar a nossa sacralidade à sacralidade divina. Então, em cada estação, o homem pode pedir auxilio a uma das forças do Deus pai, bem como pedir auxílio o ano inteiro ao pai Sol:

INVERNO

Hórus (como criança)
Krishna (como criança)
Hades
Osíris
Shiva
Criança Solar
Set
Ull (ou Wulder)

PRIMAVERA

Adonis
Brahma
Dionísio
Eros
Himineu
Cernunnos
Marduk

Shu

VERÃO

Apolo
Hórus (como Falcão Solar)
Dagda
Hélio
Khepri

Lugh
Zeus
Hanumam
Agni
Cernunnos
Surya

OUTONO

Adonis
Dumuzi
Tammuz
Osíris
Merlim
Odin
Shu
Anúbis
Thot

É muito importante também que o homem honre e respeite os ciclos da sua companheira, e que procure conhece-los para assim poder fazer, porque isso também faz parte da natureza tanto do homem como da mulher, isso é estar em harmonia com o pai sol e com a mãe terra.
Assim como as mulheres os homens também podem ter um diário onde anotar as suas experiências durante o ano todo procurando observar como se sentiu e que resultado ele teve em cada estação do ano e em dias com mais ou menos sol.
Esse diário será maravilhoso porque fará o homem entender melhor os seus ciclos, sabendo nos anos subsequentes quais os momentos em que a sua ligação com a natureza lhe são favoráveis. Também pode anotar as suas meditações, sonhos, trabalhos com plantas de poder e tudo o que o liga à sua espiritualidade e poder da natureza.
Este diário tem um nome, chama-se Diario Solar.

Carlos Caruso

O Masculino Sagrado


A primeira manifestação do masculino como sagrado surge a partir da valorização do papel do antigo caçador como arquétipo masculino. O Deus com chifres de cervo, metade homem, metade animal, mostra a fusão da dualidade expressa na relação caça-caçador, que perde seu caráter dicotômico à medida que a experiência da caça traz dois resultados: quando bem sucedida, o homem vitorioso traz sua presa e se alimenta dela, ingerindo a força da vida presente no animal e perpetuando sua própria existência; quando mal sucedida, o homem torna-se a própria caça, é morto e devorado (seja por animais ou pela terra, no processo de decomposição), servindo à força da vida e perpetuando a existência de outros seres vivos. Perceba, não há como prever os resultados do confronto entre homem e animal – apenas no resultado final, onde um encontra a morte e o outro pode continuar vivendo é que define-se quem foi caçado de fato.

Essa dança perpétua entre a vida e a morte nos traz valiosos ensinamentos: ambas compõe algo que parece maior, muito mais amplo que apenas o homem e o animal; neste confronto, as próprias forças da terra, da vida, da floresta se movem para saber quem preservar e quem destruir. Também nos mostra que a vida depende da morte e se alimenta da vida; para que a existência da vida na Natureza possa ser perpetuada, é preciso que parte dessa mesma Natureza perca uma parte de si mesma para servir à vida. Ou melhor, doe uma parte de si mesma.

É dito que aos melhores caçadores ficavam reservadas as melhores partes do animal, muitas vezes o falo. A prática de comer o animal sacrificado vai muito além da simples ideia de nutrição e sobrevivência, mas relaciona-se ao processo de introjetar e interiorizar este animal, tomar para si seu poder, partilhar de sua essência, seu espírito. É sabido que muitos animais eram tidos para as tribos como Totens – muito mais que espíritos protetores da tribo, falavam sobre sua própria natureza e consciência enquanto grupo. E ainda além, o animal como Totem era a ligação da tribo com o Sagrado. Em “Totem e Tabu”, Freud nos mostra como a figura do animal Totem estava relacionada a própria estrutura social rudimentar da tribo, determinando, inclusive, suas normas e organização.
Nesses tempos, o animal selvagem e ameaçador era ao mesmo tempo temido e desejado; era cercado de um ar de mistério e magia próprio dos Deuses. Se olharmos para esse ponto com os olhos destes velhos povos, perceberemos que os animais selvagens foram os primeiros Deuses. Portanto, comer da carne de caça era comer dessa essência de mistério, tornar-se o próprio animal, absorver suas características, e ao mesmo tempo partilhar a essência do Numinoso. Esse rito permanece até hoje em ritos neopagãos, e até mesmo na Igreja Católica, que se apropriou de tal Mistério em seu rito de comunhão (a diferença é que o Cristo é chamado “Cordeiro de Deus”; não é um animal selvagem caçado, abatido e partilhado, mas um sacrifício voluntário, ligado aos animais domesticados e simbolizado na missa como o Pão, ligando a um tempo de pastoreio e agricultura, posterior ao que falamos aqui; isto o liga a outras raízes mistéricas pagãs que abordaremos em outro texto).

O Deus de Chifres surge então como a força mediadora que garante o equilíbrio da Natureza. Por vezes favorecendo os homens, por vezes favorecendo os animais, este Deus garantia que o equilíbrio acontecesse e que ambos os lados servissem um ao outro, unificando em si homem e animal, vida e morte, como produtos de uma força maior, que move-se em si mesma, a própria Dança Espiral do Êxtase. Essa é a essência do Deus de Chifres: ele era ambos, a caça e o caçador. Ele ensinava aos homens as habilidades e os mistérios da caça bem sucedida e os colocava nesta aventura misteriosa, mas como pagamento, exigia que estes homens também servissem a força da vida em certo momento.
Isso significa que o papel de Caçador (seja no Paleolítico, seja como vivenciamos este Arquétipo em nossas vidas atuais), já trazia em si a promessa da morte. Os ritos de passagem dos meninos da tribo não falavam apenas sobre tornar-se homem, mas sim sobre tornar-se o Caçador, ativando o Arquétipo. E ser caçador implicava justamente em estar em constante contato com a possibilidade da morte; porém, para o Caçador, o medo da morte não é nada frente ao desejo pelo embate, ao prazer trazido pelo mistério, a vontade de provar de suas próprias habilidades, de seu corpo, de seus potenciais – a sensação de estar vivo, estar no corpo físico, material, existir. Mesmo que isso nos leve a morte, vamos ao encontro da presa. Desejamos a morte, personificamos a morte e até a vivenciamos. Mas tudo isso para que nossa vida possa ser perpetuada.

Para concluir, vemos que o Deus Caçador é, na verdade, um mantenedor da vida e um Deus Integrador. Ele é aquele que nos ensina e nos permite a vivência de nossa agressividade e competitividade de forma saudável, equilibrada e coerente com o meio social. Não, não estou sugerindo que devemos ir para o meio do mato após o trabalho para trazer o jantar; cabe a nós a busca pela essência deste Deus primitivo para que ele nos ensine a vivermos o Caçador em nossos tempos modernos e atualizarmos o mito. E este contato é pessoal, entre cada homem e o Deus. Mas lembre-se, o Deus de Chifres prezará para que o equilíbrio seja mantido; não só a expressão de nossos potenciais físicos no meio, mas também a expressão desses potenciais no meio em nós serão trazidos por ele. Mas note, isto também é uma bênção, pois não há como ser o Caçador sem ser também a Caça do outro, e esta é a lição que este Deus tem a nos trazer.

 Leo F. Dianus

Cervos: Poder da Gentileza e da Gratidão


 
Cervos simbolizam o Poder da Gentileza e da Gratidão

Um pouco mais sobre o animal que representa a virilidade, emponderamento masculino, gentileza e honra.
Cervos, veados e Alces Americanos constituem um trio de Animais de Poder, cuja simbologia possui características da gentileza e do amor incondicional às pessoas e à família, além da bondade aos seus eleitos. Na medicina desses totens se incluem a gentileza em pensamentos, palavras e toque, bem como a capacidade de ouvir, da graça e do apreço pela beleza do equilíbrio. Simbolicamente esses primais trazem a compreensão do que é necessário para a sobrevivência, do poder da gratidão e da generosidade. Essa é a personificação da capacidade daqueles que possuem um desses animais como “Guardião Espiritual”: a de se sacrificarem por um bem maior. Isso, arquétipicamente se traduz naquele que é eleito por um desses totens na capacidade de conectar-se à deusa da floresta a qual, inconscientemente, levará o indivíduo a buscar caminhos alternativos para atingir sua plenitude.
Na tradição celta há dois aspectos de Alce ou Veado, o feminino e o masculino. O Hind é o Veado fêmea, também chamado de Eilid na língua gaélica e simboliza a sutileza, feminilidade e graciosidade. Acreditava-se que para chamá-lo até nós deveríamos entrar no reino das fadas e nos libertar das armadilhas materiais da chamada “civilização”. Ao adentrarmos nesse lugar mágico, podemos explorar a nossa natureza mítica e espiritual, pois é na gentileza do Hind o tópico que faz parte dessa tradição. Muitas histórias narram que os Hinds transformam-se em mulheres, por vezes deusas, para protegerem-se e não serem caçados. A lição a ser adquirida aqui é a de que quando nós exploramos a magia e a espiritualidade, ela deve estar sempre precedida de uma boa intenção, ou seja, a de não prejudicar nenhum ser vivo. Isso porque, para entrar no reino das coisas selvagens do espírito é necessário amor e comunhão.

O Stag ou Damh na língua gaélica é o Alce macho e também está ligado à sacralidade desta floresta mágica. O Damh representa a independência, a purificação e o seu orgulho. É conhecido como o Rei da Floresta e protetor de todas as suas criaturas. Por tempos imemoriais pessoas têm procurado identificar-se com o Alce ou o Veado pelo cerimonial, vestindo-se com cocares e imitando sua graça por meio dos saltos do Cervo. Tanto o Hind como o Stag, para os celtas e os nativos caçadores americanos, ambos povos oravam a eles para dar-lhes uma boa caçada. Em troca prometiam não levar mais do que era essencial para a sobrevivência da suas tribos e de seus filhos. Simbolicamente isso nos auxilia a lembrar que nosso espírito de mansidão, de justiça e de amor incondicional deve se estender a todas as espécies animais, aos nossos irmãos e não só à nossa condição humana.

Talvez, a forma mais eficaz para resumir as lições dessas crenças seja dizer que somente quando nos movermos na vida com o espírito do amor e da fraternidade para com todos os seres vivos é que poderemos ultrapassar as barreiras que nos separam uns dos outros, de outras formas de vida e do belo mistério que é o nosso espírito. E isso é o prêmio para quem é eleito por um desses Animais de Poder. Ao observar as maneiras pelas quais os Cervos ou os Alces se comportam, é possível ver quais são as qualidades ou poderes incríveis que possuem aqueles que têm quaisquer um desses totens. Do Cervo podemos aprender que o dom da gentileza e do carinho podem nos auxiliar na superação dos problemas e deixar de lado muitas situações de provas e testes.

Só o amor, tanto para consigo mesmo quanto para os outros, nos ajudará a compreendermos o verdadeiro sentido da totalidade da vida. Se um Cervo ou um Alce cruzou o caminho de um indivíduo em nossa jornada isso pode querer mostrar que essa é uma pessoa com compaixão, gentil e amorosa. Se você não possui essas qualidades, então deve considerar que há um problema sério que precisa ser resolvido. Também indica que o indivíduo enfrenta um desafio em sua vida, seja com outro ser humano ou uma situação delicada. Se essa pessoa está sentindo emoções negativas como raiva ou medo, procure deixá-las ir. Pense se uma abordagem mais suave e amorosa pode classificar o problema e colocá-lo para fora. Por vezes é necessário que se diga a verdade a outrem, mesmo que isso doa, contudo este é o melhor a ser feito, pois se houver bondade no coração isso dará um resultado alentador para ambos os envolvidos.

Cervos nos mostram como são primais poderosos para se ter um comportamento gentil, para exercer a observação aguçada e a sensibilidade. Este Animal de Poder é o portador sagrado da paz e mostra às pessoas como é possível abrir seus corações e amar incondicionalmente. Quanto ao comportamento de um casal de Cervos, freqüentemente costumam ter gêmeos ou trigêmeos que nascem na Primavera. Os filhotes nascem de uma cor que os protege, camuflando-os de vista de um predador. Nos primeiros dias de vida, dificilmente eles se movem até que seu campo de energia esteja forte e aterrada. Eles então se levantam e começam a seguir a mãe por perto. É uma visão mágica de se ver os filhotes saindo das florestas, seguindo suas mães carinhosamente em busca de proteção. Mesmo quando no pastoreio, as mães estão constantemente vigilantes, plenamente conscientes e alertas do que está acontecendo ao seu redor.

Observando os Alces ou Cervos e seus bebês, isso é um lembrete para honrarmos e respeitarmos a inocência da nossa Criança Interior, aquela que reside dentro de nós, para que assim possamos levar a vida com o coração mais aberto. Portanto, uma das lições para aquele que possui um desses primais é de que se faz necessário aprender que também se deve estar forte em seu próprio caminho, em suas crenças e não se permitir às distrações das influências externas, sejam elas quais forem. Quando a energia do Alce ou de um Veado entra na vida de um indivíduo, isso significa que ela o ajudará a trilhar o caminho do amor com plena consciência. E será com essa mesma consciência que ele deve saber que o amor, às vezes, requer cuidado e proteção não só na forma como amamos os outros, mas também na forma como amamos principalmente a nós mesmos.

Portanto, a partir de agora, caso esse indivíduo seja você, respeite-se mais, diga Não quando sente que algo, alguém ou alguma situação possa magoá-lo. Do contrário, será você quem se magoará e trará mais sofrimento a si mesmo. Alces e Cervos têm sentidos muito agudos e, embora fisicamente não enxerguem muito bem com pouca luz, isso lhes dá a capacidade de compreenderem os significados mais profundos e simbólicos das coisas. Cervos podem ouvir um galho estalar à distância e isso quer nos dizer que as pessoas com este Animal de Poder são freqüentemente descritas como sendo rápidas e alertas. São intuitivos, e muitas vezes possuem percepções extra-sensoriais bem desenvolvidas mesmo. Às vezes seus pensamentos parecem correr à frente, e, por vezes, isso dá impressão às outras pessoas que os eleitos por esse primal não esteja ouvindo, como se estivessem em outro lugar. E isso não é verdade, ao contrário. Qualquer pessoa com esse totem tem habilidades latentes de clarividência e clariaudiência.

Alces e Cervos nos ensinam a sermos gentis e em como tocar os corações e as mentes dos seres feridos que estão em nossas vidas. Porém, evite forçar as pessoas a mudarem, em vez disso, delicadamente incentive-os na direção certa, com o amor que vem de seu primal. O equilíbrio do poder verdadeiro é estabelecido no amor e na compaixão. Quando um totem Alce ou Veado entra em seu mundo, uma nova inocência e frescor em prestes a ser despertada. Novas aventuras estão prestes a surgir na próxima esquina e lá será uma oportunidade para você expressar o amor suave que abrirá novas portas do coração para aqueles que são seus eleitos.

Autoria Desconhecida

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Receitas Dia das Bruxas















Bloody Mary – Maria Sangrenta

Ingredientes:

• 100 ml de suco de tomate
• 50 ml de vodka
• suco de meio limão siciliano
• 1 colher de sobremesa de molho inglês
• 5 gotas de tabasco (a gosto)
• sal de salsão ou sal
• pimenta do reino
• 1 talo de salsão
• gelo

Modo de preparo:

1. Encha uma coqueteleira com gelo.
2. Coloque o molho inglês, a tabasco, o sal e o suco de limão.
3. Misture com uma colher de cabo longo.
4. Adicione o suco e a vodka, mexendo sempre.
5. Sirva em um copo alto ou taça de margarita sem o gelo.
6. Polvilhe pimenta do reino e enfeite com um talo de salsão.



Múmia de Salsicha

 Ingredientes:

• 8 salsichas
• 2 discos de massa de pastel
• molho de mostarda
•1 gema
• 1 colher de chá de água

Modo de preparo:

1. Corte as salsichas no meio.
2. Faça tiras de tamanhos diferentes com a massa de pastel.
3. Enrole as salsichas com as tiras.
4. Misture a gema na água e pincele a massa de pastel.
5. Leve ao forno preaquecido a 200 graus até que fiquem douradas.
6. Faça os olhos com o molho de mostarda.


Maionese Verde

Ingredientes:

• 200 g de maionese caseira...
• 1 xícara de folhas de salsinha
• 2 talos de cebolinha
• 2 ramos de alecrim – só as folhas

Modo de preparo:

1. Em um mixer coloque as ervas e triture.
2. Junte a maionese e misture bem até que fique bem verde.




Feitiços de Maçã

Rendimento: 18 a 24 pedaços
Pronto em 45 minutos (15 minutos ativo, e 30 minutos de descanso)

Ingredientes:

- 3 maçãs grandes
- 4 barras de chocolate amargo (70%+ cacau)
- coco ralado para decorar
- palitos de picole ou para churrasco

Modo de preparo:
  1. Lave as maçãs e as-seque muito bem.
  2. Usando uma faca, corte as maçãs em pedaços pequenos. Faça o corte de um jeito que permita um pouco da casca em cada pedaço. Em média, cada maçã faz uns 6-8 pedaços, dependendo do tamanho.
  3. Para que os pedaços de maçã não escureçam, mergulhe em um pouco de suco de limão.
  4. Coloque os pedaços na geladeira, enquanto derrete o chocolate em banho-maria.
  5. Coloque o papel manteiga acima de um prato, ou em uma forma. Se você mergulhou as maçãs no suco de limão, seque-as antes de mergulhar no chocolate.
  6. Enfie um palito de churrasco em cada pedaço, e mergulhe no chocolate derretido.
  7. Decore com coco.
  8. Coloque na geladeira por pelo menos 30 minutos antes de servir.

LUA CRESCENTE - O Amadurecimento


Entrada de Lua Crescente 20 outubro 2015 18:32:13 


A lua crescente representa um momento muito importante dentro dos esbbaths, o amadurecimento das ideias, dos objetivos, e do próprio conhecimento. Na Lua Negra transformamos, na Nova criamos e na crescente colocamos em prática nossos objetivos.
Nesse momento a Deusa transita entre sua face jovem à sua face mãe e senhora, ela realmente está crescendo e amadurecendo, é um bom momento para despertar novas sensibilidades e para verificar o andamento de toda a sua vida.
 Abaixo, por tópicos, colocaremos informações detalhadas sobre o funcionamento básico de um Esbbath junto com dicas úteis para que possam montar os seus. Além disso, falaremos das lendas, superstições e histórias/relatos das práticas desse Esbbath.

LIMPEZA, PURIFICAÇÃO, DECORAÇÃO E SINTONIZAÇÃO

Para entender e aprender todo o processo de LIMPEZA e purificação necessário ao bom funcionamento de qualquer celebração clique em Ritual de Purificação.
A Decoração do Esbbath de lua crescente é muito individual, sua cor, normalmente é o verde ou o amarelo, cores ligadas a crescimento e abundância, porém você pode incluir outros tons da forma que desejar. Você deve espalhar por todo o local símbolos, imagens ou objetos que lembrem tudo aquilo que você deseja por em prática e fazer prosperar e crescer, seus projetos, coisas do trabalho, desenhos dos objetivos, fotos da família e do parceiro(a). A decoração deve auxiliar em suas reflexões e no envio de suas energias para esse projeto.
A Sintonização corresponde a uns 15 minutos que você deve dedicar ao ambiente onde ocorrerá a celebração. Respire fundo sinta os cheiros, pare para ouvir os sons do local, olhe a sua volta e veja onde está, tente sentir a energia do lugar. Caso seja um lugar com uma história bonita reflita um pouco sobre essa história, tente entender porque você foi celebrar ali, ande por todo o local, interaja com a energia emanada por esse ambiente. Faça tudo isso em silêncio, respirando fundo, e preparando todo o seu corpo para o Esbbath que está sendo iniciado.

ABERTURA DO CÍRCULO E INVOCAÇÕES

Como já era de se esperar a abertura do círculo e as invocações seguem sempre um padrão o qual vocês podem encontrar em Círculo Sagrado, apenas as invocações dos DEUSES é que mudam.
Cada esbbath corresponde a um aspecto das divindades, a Lua Crescente corresponde as Faces ligadas a fartura e ao crescimento, alguns exemplos dessas faces são: Pan, Hera,  Danu, e vários outros que vocês podem encontrar na sessão Deuses.
Na simbologia do Esbbath, nesse momento a Deusa é donzela, já amadurecida e crescendo. Os adolescentes, e demais animais em crescimento são abençoados pela Deusa. Sendo assim, é normal enviar bênçãos aos JOVENS que acabaram de entrar na puberdade e estão se tornando homens e mulheres maduros, assim como abençoar os animais que já se tornaram férteis e estão concluindo seu crescimento, as plantas também não devem ser esquecidas e deve-se celebrar com bênçãos todas aquelas que vingaram e estão crescendo.
Apenas após estudar, conhecer e se sintonizar com divindade é que estamos aptos para chamá-la em um RITUAL , com isso depois de trabalhar com a face do seu panteão você deve criar sua forma de invocar tal divindade, pois já saberá como.

MEDITAÇÕES

As meditações são direcionadas ao crescimento de projetos, a abundância e sequência de nossos objetivos. Imagine que você deseja ter um bom rendimento financeiro ou um crescimento no seu contato e união com a família, nesse momento de lua crescente você deve meditar sobre quais são as atitudes e posturas que deve tomar para que tudo possa crescer e prosperar, e deve por em prática tudo isso.
Essa meditação também deve possuir uma reflexão para nossas mudanças internas, devemos verificar o que foi criado no sabbath passado e colocar tudo para prosperar, devemos guiar o crescimento de nossos sentimentos e gerar uma harmonia, para que nada cresça além do devido.
Podemos meditar sobre lendas ou histórias de fertilidade, de crescimento, de abundância. Seja as vitórias dos Deuses, o crescimento das cidades, a nosso próprio amadurecimento e etc. Como foi o nosso crescimento? Quem estava presente na nossa puberdade? Como lidamos com isso? O que aprendemos e levamos até hoje no nosso amadurecimento como pessoas? Como nós fortalecemos nossos projetos, realizamos nossos sonhos de criança, ou criamos outros? Tudo que representa crescimento e expansão pode ser analisado.

DANÇAS, CÂNTICOS E ORAÇÕES

Como já ficou visível o esbbath ao crescimento, a abundância, e alguns tipos de danças são muito bons para relaxar e inspirar o crescimento dos projetos.
A dança mais comum é chamada de dança dos sons naturais ou ritmos silenciosos, consiste em ficar de pé – quando sozinha(o) e em local adequado pode ficar nua(ú) – e em pleno silêncio. Comece a movimentar o corpo calmamente da forma que desejar, com o tempo aumente a força e rapidez dos movimentos até que esteja dançando em seu próprio ritmo livre, solto e de acordo com o seu corpo, crie seus movimentos.
Enquanto dança tente colocar para fora sons variados, use da sua criatividade, trabalhe o seu interior, acalme seu coração, organize suas energias, equilibre seu corpo.
É comum criar Cânticos para os DEUSES presentes nos esbbaths, use sua criatividade, use ritmo, rimas e sons variados todos ligados ao princípio básico do esbbath: PROSPERIDADE , expansão, abundância, a partir daquilo que já possuímos e criamos no esbbath passado e em cima de tudo aquilo que recebemos nesse período.
Orações? Sim orações! Os Bruxos conversam com suas divindades, obviamente de uma forma diferente (não ajoelham ou se colocam inferiores), mas conversam, pedem e agradecem da mesma forma que todas as outras religiões. As orações podem ser espontâneas ou montadas com antecedência, podem ser ritmadas ou não, devem apenas estar relacionadas ao esbbath, conversem com os Deuses, peçam ajuda para enfrentar, compreender e controlar esse crescimento que desejam. Encarem todas as imagens e sensações que os DEUSES vão lhe mandar para auxilia-los nesse momento. Apenas não esqueçam o Adágio:

“Cuidado com o que pede aos Deuses, pois eles podem realizar”

Se você não está pronto para enfrentar determinada situação, não peça, não busque, não tente amplia-la. Se você pedir aos DEUSES auxilio em algo que você ainda não está pronto para ter, eles podem te dar exatamente para você ‘sofrer’ naquilo e aprender a não pedir coisas com as quais não está pronto para conviver.

TRABALHOS MÁGICOS

As(os) Bruxas(os) fazem feitiços, encantamentos e RITUAIS de magia variados, com diferentes finalidades. Cada Lua possui uma influência diferente nas energias que são usadas nesses ritos, a Lua Crescente representa o momento após a criação, é o momento em que tudo já foi produzido, enraizado, organizado, sendo assim, é a Lua da expansão. Projetos, emprego, tudo deve seguir um AR ‘positivo’ e direcionado.
Todo tipo de feitiço, ou ritualística que favoreça a expansão e o crescimento são favorecidos pela lua Crescente..

DESTRAÇAMENTO DO CÍRCULO E AGRADECIMENTOS
Há um antigo adágio na minha Tradição que diz:

“Se você não é capaz de agradecer por tudo que ganha ou conquista, pare de pedir e buscar, pois não é merecedor de nada.”

Todo bruxo(a) sabe que só ganha aquilo que merece, sabe também que para merecer, ele precisa ser grato por tudo, grato a ele mesmo por ter vencido suas dificuldades e grato aos DEUSES por esses permitirem o prazer da vida, dando-lhe condições de viver livremente usufruindo daquilo que deseja.
Então use sua criatividade, seja sincero e agradeça a presença de todos os participantes do seu esbbath: ELEMENTAIS , ancestrais, amigos (caso celebre em grupo ou coven), agradeça a você mesmo e aos Deuses.

BANQUETE

Não precisa ser exatamente um banquete variado, apenas uma refeição simples para celebrar o momento, no esbbath de lua crescente recomenda-se que a refeição seja composta por sementes, grãos e todo tipo de alimento que podemos encontrar com fartura. Assim como sucos e chás, busque frutas e ERVAS que aparecem em abundância como Mangas, maças, laranjas, CAMOMILA , ERVA doce. Lembrando sempre de verificar se você possui algum tipo de alergia a qualquer ingrediente, e sempre usem ingredientes naturais, nunca comam ou bebam nada que não conhecem ou saibam a procedência.


Old Religion

domingo, 11 de outubro de 2015

O Poder da Madona Negra





Quem é Madona Negra?


É a Mãe Terra, o Princípio Feminino, nossa Mãe Primordial, símbolo de Sabedoria e integração e resolução dos opostos.
Como perpetuação das poderosas deusas da antiguidade, ela volta com as características sagradas de Maria - a Virgem. Metaforicamente Virgem, mas não no sentido do Patriarcado, porque não pertence a nenhum homem e sim a todos os homens. Doadora de vida, dela provêm os homens como frutos da terra e à ela todos retornam, à Mãe Natureza, à Deusa Mãe.
Dela é o Espírito Santo - parte feminina de Deus, fogo sagrado que provem do centro da terra. Fazendo macroscópicamente o percurso do fogo serpentino da Kundalini, ele atravessa o corpo da terra, saindo transmutado no Espirito Santo.

A história da Madona Negra possui a qualidade dos mistérios profundos. Contem portanto um segredo herético que não pode ser revelado através da escrita e sim só transmitido pela tradição oral, privilégio dos iniciados. Do que pode ser revelado pela escrita, temos o registro histórico que nos remete aos cultos da Mãe Terra, da Grande Mãe - a Deusa.

"A escuridão precede a luz e ela é me" (inscriço no altar da Catedral de Salerno). A primeira sabedoria era escura e feminina, útero eterno que na tradição religiosa Africana do Candomblé é representada pelo poder ancestral feminino Iyá-mi-Osorongá (minha mãe Osorongá). Este útero eterno, matéria informe, o ventre da terra, é simbolizado pelo igbá - a cabaça que é a totalidade, o conteúdo e o continente. A cabaça contem um pássaro - Atioró, que representa simultaneamente o poder de gestação e o elemento procriado. Iyá-mi é a senhora dos filhos pássaros e é tão poderosa que seu nome não pode ser pronunciado sob pena de destruição destes mesmos filhos. A ambivalência de seu poder aparece no mito que conta que quando chegaram ao mundo as Iyá-mi-Eleyé, as mulheres pássaros fundadoras do mundo, distribuíram-se sobre sete árvores representando os sete tipos de atividades diferentes. Sobre três destas árvores elas trabalharam para o bem, sobre as outras três trabalharam para o mal, e sobre a sétima elas trabalharam tanto para o bem quanto para o mal. Nossa
Grande Mãe Iyá-mi a Sustentadora do Mundo contém também em si a Mãe Terrível, mas é primordialmente um símbolo integrador, capaz de aplicar seu poder na resolução de todos os opostos. 

Rainha excelsa deste poder feminino ancestral, reina ainda nos dias de hoje, principalmente no Brasil e na África, OXUM, a mais eminente das Iyás em um culto vivo às grandes mães. Orixá de todas as águas, rios, cascatas, córregos e inclusive do mar (em país Yorubá), Oxum é a genitora por excelência e ao mesmo tempo mãe ancestral Suprema, ligada à procriação e também patrona da gravidez. Protege os fetos e vela por eles após o parto até enquanto não tiverem armazenado um conhecimento que lhes permita falar. "A cura das crianças lhe pertence e Oxum não deve ser inimiga de ninguém" - texto Yorubá. Oxum é representada em algumas narrações como um peixe mítico, pois os peixes são considerados seus filhos. As escamas do corpo de Oxum, como peixe mítico, simbolizam estes filhos. Da mesma forma que os peixes, os pássaros a personificam. Estes são representados pelas penas. "Seu corpo de peixe ou de enorme pássaro mítico está coberto de escamas ou de penas, pedaços do corpo materno, capazes de separar-se, símbolo de fecundidade e procriação" - Juana Elbein dos Santos.

Nas religiões egípcias e gregas a alma é representada pelo pássaro que sempre acompanhou as Deusas Mães e que acompanha a Madona Negra como o Espírito Santo acompanha Maria.
As mais antigas manifestações do culto à Mãe Terra datam da Pré-história. Uma das manifestações que chegou até nós é uma pequena figura: "La Polichinelle". Ela foi trazida à luz por um trabalhador perto das cavernas de Grimaldi. Seu perfil mostra nádegas, seios e barriga bem protuberantes. A justificadamente famosa Vênus de Sespugne (Pirineus, França) tem nas costas linhas verticais que lembram penas de cauda de pássaro. Em Ur encontramos outro arcaico registro de culto à Deusa Mãe, uma pequena estatueta na qual ela era representada com seu filho divino, ambos com cabeça de cobra.

Ela aparece na Suméria como a popularíssima Inanna de dupla personalidade: de manhã é uma valorosa "Senhora das Batalhas", deusa dos heróis, e de noite torna-se a deusa da fertilidade, dos prazeres do amor. Fertiliza os grãos da terra e o homem. Não pertence a um só homem, mas a vários. Suas sacerdotisas são as "prostitutas sagradas" que, tais quais as virgens que não pertencem a nenhum homem, elas também no pertencem metaforicamente a nenhum por pertencerem a todos. Têm um ventre múltiplo que é de todos os homens, pois delas é o ventre da deusa Inanna - a Mãe Terra, na qual elas se transformam. O culto a Inanna tinha no ato sexual sua prática principal porque restabelecia a androginia original através da prostituição sagrada.
Vemos a Mãe Terra ser adorada como Isthar na Babilônia e posteriormente como Ísis no Egito e como Astarte entre os hebreus. Na Frígia ela aparece como Cibele (a Diana dos 9 fogos, indicativo de fertilidade).

Como deusa grega recebe o nome de Rea, Gea ou Demeter, sempre densa, profunda, misteriosa e escura. Suas equivalentes romanas são Tellus, Ceres e Maia.
Ainda no Egito a Mãe Terra aparece como Neith, a mais velha e a mais sábia das deusas. Protetora dos mortos e da guerra, estava à frente das artes úteis. Ela é o céu noturno que se arqueia sobre a terra formando com suas mãos e pés as portas da Vida e da Morte. Andrógino primogênito é uma virgem que se fertilizava a si mesma, trazendo a vida que produzia todos os mundos.
A Mãe Terra deusa celta é Annis (ou Anu) e seu culto alcança a Europa.
Porém, onde mais se desenvolveu o culto à Mãe Terra (nossa Madona Negra) foi na cultura cretense-egéia, onde a Deusa Mãe era originariamente venerada em grutas e cujos sacerdotes eram mulheres. Ela é a Lady of the Beasts, das montanhas e dos pássaros. As serpentes e os animais do mundo inferior e os selvagens eram sagrados para ela e a pomba estava na sua coroa como o Espírito Santo está na de Maria. É a mãe animal com os seios sempre a descoberto e que, como uma cabra, porca ou vaca amamenta o menino Zeus. Como indicam as vestes de peles e as roupas das sacerdotisas sempre com os seios a descoberto, o seu culto data da Idade da Pedra. No centro do grande culto à fertilidade em Creta está o touro, o duplo machado (ou labris), o Minotauro e o labirinto.
O touro é o instrumento masculino que fecunda e ao mesmo tempo é a vítima da fecundidade, como atesta o seu sacrifício que ainda hoje encontramos nas touradas.

A deusa de Creta - Demeter dos gregos - é a senhora do mundo inferior, das profundezas da terra e da morte. Seu ventre terreno é o ventre da morte, como também é o centro da fertilidade de onde a vida emana. Entrar no Labirinto significa entrar neste ventre para encontrar a morte e de onde, tal qual o grão de trigo, sai-se gloriosamente renascido.

As Deusas-Mães no Mundo Cristão - A Madona Negra


Com o começo da Era Cristã declina o culto das divindades de todos os Olimpos. O culto à Mãe-Terra sofre este mesmo declínio e passa a ser clandestino. Chegam até nós somente os ecos de alguns cultos como os mistérios de Eleusis no qual se cultuavam Demeter e Perséfone. Artemisia, em Éfeso, continua por um bom tempo reinando inabalável. Nem mesmo o Apóstolo Paulo conseguiu impedir seu culto. Ela era também Diana, a Hécate do mundo romano, a deusa da madeira e do ramo dourado, sendo este um traço característico dela e das Madonas Negras, que foram muitas vezes encontradas em árvores.

As três grandes deusas do Leste, Isis, Cibele e Diana dos Éfesos, que eram representadas como negras, se estabeleceram no Ocidente antes da romanização.
No mundo celta a adoração das três deusas (Deae Matres) e da deusa égua Epona floresce entre os druidas e continua sob o domínio romano.
No litoral mediterrâneo desde Antibes, Barcelona, até a região da Galícia, desenvolveu-se o culto às três deusas e hoje em dia é onde vamos encontrar a maior concentraço de Madonas Negras.
Em geral, é de consenso que as primeiras imagens da Madona Negra e seu divino filho seriam representações de Isis e Hórus. Nos últimos séculos do domínio de Roma, o Ocidente acolhia Isis e Cibele ( que chegou a ser no século III a deidade máxima de Lyon, capital das 3 Gáleas) como grandes deusas universais. Em Paris, por esta época reinava Isis, até ser substituida cristmente por Santa Genoveva, sua atual patrona.

Os merogínios adoravam a Cibele como a Diana dos Nove Fogos (da fertilidade). Em 679, Dagoberto II o Santo Merogínio, estabeleceu o culto a "Aquela que hoje recebe o nome de Nossa Senhora e que é a nossa Isis Eterna". Seu nome como Madona Negra era Nossa Senhora da Luz.
Até o século IV percebe-se uma religiosidade baseada na Grande Mãe Universal e suas características suaves de amor, perdão e acolhimento. A igreja cristã, estabelecida a partir de Constantino, porém, privilegia e exige de seus seguidores uma fé cega que enfatiza a masculinidade desafiante e rígida dos seus mártires. As qualidades sublimes e sutis do feminino são renegadas e um período de obscurantismo e clandestinidade se abate sobre o culto das matriarcas Deusas, doadoras de vida, prazer e felicidade. O Patriarcado passa a exercer sua face mórbida e cruel.
O princípio feminino esboça um movimento emergente no Renascimento Gótico. Na França surge no século XII uma ordem religiosa e de cavalaria cercada de mistérios: a Ordem do Prioato de Nossa Senhora do Sion, que interessa-se apaixonadamente pelo culto às Deusas Mães, agora já na figura cristianizada da Madona Negra. A mais importante contribuição histórica do Priorato foi um notável antecedente em batalhar pela igualdade de direitos da mulher.

Porém as Madonas Negras só tornam-se fortemente presentes a partir dos Cruzados. Especialmente os templários que traziam para suas pátrias estatuetas de virgens negras, que eram tidas como exóticas representações pagãs. A grande festa dos Templários era Pentecostes, dia do Espírito Santo, e como vimos, a Pomba pertence à Mãe Terra como o Espírito Santo pertence a Maria.
Pentecostes era também a grande festa Arturiana do Graal, objeto de busca sagrada que aparece por esta época.

Os Templários passaram à história como os guardiões do Graal. O Santo Graal protegia a terra, a nutria e concedia-lhe fertilidade, poderes similares aos da Mãe Terra e da Madona Negra.
O princípio feminino se revela no Graal, como também o culto à corte do Amor praticado pelos Trovadores através da inteira dedicação à Dama.
O século XIV entretanto marca o fim desse reflorescimento do feminino, com as primeiras fogueiras acesas pela Inquisição, que arderam 500 anos. Esta grande fogueira queima e difama os Templários e encabeça a "caça às bruxas", numa tentativa de eliminar o princípio feminino de prazer, liberdade e bonança da Mãe Terra.

As piras das bruxas só se extinguiram na Era da Razão. Apesar de aparentemente não corresponderem ao ideal da Era da Razão, as pequenas Madonas Negras aparecem como um símbolo de uma Força Formidável, mais antiga e poderosa do que a de um Rei ou Papa.
Elas são uma fonte de vida elementar e incontrolável como a Liberdade. Possuidoras de um espírito e sabedoria própria, não se submetiam a nenhuma organização ou lei nacionalista. A volta da parte feminina de Deus levanta o entusiasmo popular e a humanidade experiência diretamente o sagrado pelas aparições da Virgem de Lourdes e La Salete no século XIX, entre outras.

Paralelamente a estes fenômenos religiosos da aparição da Virgem (no século XX Fátima), surge um fenômeno sociológico que assombrou o mundo. A revolução sexual, a emancipação das mulheres por meio da igualdade de direitos e deveres e o controle da natalidade. Vimos que no culto de Inanna, a prostituição sagrada era o ato que restabelecia a androginia original. Este culto volta no século XII trazendo Madalena como a "prostituta arrependida". Posteriormente, ela é Santa Maria a Egípcia e são veneradas como Madonas Negras. Esta necessidade de conciliar sexualidade e religião, como nos primórdios do culto à Deusa Mãe Terra, podemos hipotetizar que torna-se o maior legado das Madonas Negras e lhes outorga o poder de integrar opostos. O seu regresso ao primeiro plano da consciência coletiva vem assegurar a queda da rigidez patriarcal.

Olhando com tolerância a busca do prazer pela vida, da alegria e do cultivo das sutis qualidades femininas, burla as hipócritas leis masculinas. Politicamente está a favor da Liberdade dos povos e de sua dignidade. Sua função mais importante é poder juntar a Justiça com a Misericórdia, qualidades pelas quais as Madonas Negras são veneradas pela humanidade.
Tal e qual o Espírito Santo, a parte feminina de Deus é a consoladora dos Aflitos e aparece misteriosamente onde há mais sofrimento do povo e necessidade de amparo, como atestam estas aparições:

Destinada a ser a patrona de seu povo, aparece no século XI Nossa Senhora da Floresta Negra, onde hoje há a Abadia Einsiedeln.
Nossa Senhora Subterrânea surge também por esta época em um antigo recinto sagrado dos druidas, em Chartres.

A Madona Negra de Montserrat foi descoberta entre pedras, por pastores em Barcelona, e a Madona Negra de Prates, dos Pirineus, é descoberta como Artêmis em uma árvore.
A Senhora de Guadalupe, a Madona Negra de todas as Espanhas, inclusive do México, é encontrada por um vaqueiro depois de ter passado 600 anos enterrada em um ataúde de ferro.
A Virgem de Copacabana, patrona da Bolívia, é encontrada por pescadores, após serem eles salvos milagrosamente de uma tormenta no lago Titicaca.

No Brasil, em 1717 um pescador acha no rio Paraíba em São Paulo, a Madona Negra Nossa Senhora Aparecida, padroeira de todo o Brasil e venerada hoje na cidade que leva seu nome. É uma pequena e esplendorosa figura feminina preta que se apoia numa lua crescente. Conta a lenda que, ao ser descoberta, esta pequenina estátua torna-se extremamente pesada, impedindo que o pescador a levasse daquele lugar onde foi feita inicialmente uma pequena guarita para ela. Hoje lá existe uma cidade-santuário com basílicas, inúmeras igrejas e toda uma infraestrutura de uma cidade que já acolheu o Papa e acolhe o ano inteiro peregrinos de todo o Brasil, numa grande, alegre e colorida festa religiosa.

E, na tradição Afro-brasileira, a Madona Negra é nossa orixá Oxum, Grande Mãe, patrona da gestação e dos bebês, dos Rios e dos Mares, do Ouro, do Mel e do Riso, da Beleza, da Sedução, da Astúcia e Sabedoria, nossa Me Ancestral Suprema: Iyamí-Akokó.
O Séquito da Madona Negra
O leão negro e os dons do Espírito Santo
A luz do interior da Terra, brilhante e condensada, é tão negra quanto um buraco negro. Esta é a luz do Espírito Santo.

Os animais sagrados negros, como o leão negro que anunciou a minha cura e guiou-me neste trabalho, vem deste condensado de energia do interior da Terra e pertencem ao séquito da Madona Negra. Porque eles retêm esta luz concentrada, possuem o único, extraordinário poder de lutar contra as forças negras da Magia Negra. Estes animais que têm o dom do Espírito Santo de destruir magia negra são as sagradas contrapartes do negro.

Tudo no universo tem duas partes: uma positiva e uma negativa. O negro dos animais sagrados é a contraparte positiva do negro. Portanto, os animais negros sagrados possuem a qualidade energética que lhes outorga o direito de trabalhar com a força da magia branca, porém dentro da vibração da Magia Negra, podendo assim alcançá-la e destruí-la.
Há um sinal de magia negra quando sérias e repetitivas doenças não podem ser curadas normalmente. E em muitos casos isso é ocasionado por magia negra de vidas passadas que devem ser removidas através de energia xamânica.

Para que o xamã trabalhe com a força dos animais sagrados negros oriunda da Divina Força da Madona Negra, é necessário que ocorra um desenvolvimento psico-espiritual. Isso aparece ao xamã como um animal dourado (como por exemplo a Corça dourada de Artêmis ou o Velocino de Ouro) ou como um animal alado que aparece com asas como um leão alado ou um cavalo alado como Pégaso. Isto indica que nosso Ego está suficientemente desenvolvido para vibrar na mesma faixa de tão poderosas forças e implica em um alto grau de desenvolvimento espiritual xamânico, adquirido através de muitas vidas passadas vividas como xamã.

Para trabalhar com a força da Madona Negra é condição indispensável que quatro poderes sejam harmonizados:

um Animal de Poder que todo xamã possui.
um Animal sagrado negro - que normalmente não é negro, como o leão.
um Animal dourado.
um Animal alado.

Algumas pessoas possuem outras "ferramentas" xamânicas como por exemplo um Caduceu de Hermes de esmeralda - símbolo da medicina, ou outro específico símbolo próprio, muito pessoal, que será usado neste trabalho com a Madona Negra.
Ao cultuar a Madona Negra estamos recebendo os dons do Espírito que, convém lembrar, são Clarividência, Poliglotismo, Clauridiência, Ensinamentos inspirados e Expulsão de espíritos malignos (magia negra), entre outros. E com estes dons a Madona Negra, desde a deusa Inanna até a Virgem Santíssima, chega até nós como o símbolo da integração e resolução dos opostos.
E isto nos ensina que o segredo da Madona Negra e seu Poder é a transmutação de nossa lua interna (alma) em nosso sol interno (espírito), numa eterna Alquimia.


A canção: "Nossa Senhora Negra"

"Há um recesso nesta terra,
Onde todos queem voltar,
Onde reina Sua face,
Na face – dois riscos de corte,
Tem visão triste, ansiosa,
Como se ela quisesse nos pedir,
para você confiar na Sua proteção.
Nossa Senhora, Nossa Senhora Negra,
Como é bom ser seu filho,
Ó, permita-me Nossa Senhora Negra,
Para ser acolhido em Seus braços.

Em Seus braços eu encontrarei paz
E você estará protegido do mal,
Porque para todos os Seus filhos,
Ela tem um coração amoroso
E Ela vai protege-los,
Quando você der-lhe o seu coração,
Quando você repetir estas palavras:
Nossa Senhora , Nossa Senhora Negra,
Como é bom ser seu filho,
Ó permita-me Nossa Senhora Negra,
para ser acolhido em seus braços.

Hoje, quando o problema estiver ao nosso redor,
Onde uma pessoas puder se esconder,
Onde uma pessoa deveria ir,
Se não for para a Mãe que vai dar consolo.
Então , nós estamos implorando, ó Nossa Senhora,
Dirija sua vista para Seus filhos
E ouça quando nós cantamos,pedindo-lhe:,


Nossa Senhora, Nossa Senhora Negra,
Como é bom ser seu filho,
Ó, permita , Nossa Senhora Negra,
Para ser acolhido em Seus braços."

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Crânios na Bruxaria


O Crânio é um símbolo de sabedoria e conhecimento guardado. Nos mistérios internos dos ensinamentos o crânio é um símbolo da natureza interna despojada de sua origem através do processo de Iniciação nos grandes Mistérios do Ocultismo. Ele também é um símbolo da morte, seja a morte da carne ou a morte do ego/ de si mesmo. Esta é uma razão pela qual o crânio aparece nas cerimônias de iniciação na Antiga Religião. Aqui, ele é um lembrete de que a antiga personalidade estava morrendo para uma nova consciência.

O crânio, particularmente quando mostrado com os ossos cruzados, também é um símbolo do Deus em antigas religiões Pagãs. Os ossos cruzados abaixo do crânio são símbolos do Deus Sacrificado, e um sinal da ressurreição da morte. Na Bruxaria, o crânio algumas vezes é mostrado colocado na frente de um caldeirão. Nesta posição ele simboliza o renascimento através dos poderes da transformação associada com o caldeirão. Na Bruxaria Italiana o crânio também representa a culminação do conhecimento ancestral.

Na magia e no misticismo, o crânio é uma ligação para os espíritos dos mundos Sobrenaturais através de sua associação com a morte. Ele também é um receptáculo para a energia psíquica, e por esta razão normalmente é colocado próximo dos instrumentos de adivinhação como a bola de cristal e o espelho mágico. Uma vez que os magos se tornaram mais sofisticados, o simbolismo do crânio evoluiu na arte da fenologia. Esta arte foi popularizada no século XVIII pelo Dr. Franz Joseph Gall, que teorizou que as faculdades do cérebro poderiam ser determinadas a partir da forma do crânio."

O crânio é um dos instrumentos com associações mais antigas e conhecidas sob várias formas de pensamento e trabalho ocultos, embora na tradição da Arte não seja objeto tão comum, principalmente por, suspeito, estar ligado ao roubo e à profanação de sepulturas, satanismo, vodu, etc. Talvez o uso do crânio em rituais seja visto como algo demoníaco em consequência do pensamento cristão em relação a qualquer prática mágica contrária à palavra de Deus, bem como por estar ligado ao Demônio e ao lado obscuro da natureza humana.

Ao mesmo tempo, dentro da igreja cristã houve e ainda existe o reconhecimento de que os restos mortais pertencentes a determinadas pessoas_ os santos_ possuem certos poderes. Estes em geral envolvem cura, e, consequentemente, eram tratados como relíquias sagradas. Conservadas em tumbas magníficas, tornaram-se foco de peregrinações. Acredita-se que estas relíquias, quando acompanhadas de preces, formam, para os crentes, um elo com o espírito do santo na esperança de obter alguma graça sob a forma de milagre. Da mesma maneira, o crânio, nos rituais, agia como foco de moradia para um espírito. Havia somente esse tipo de contato em nível pessoal para o grupo ou coven e restrito somente àquele grupo.

No passado, várias culturas criaram alguma mitologia sobre crânio ou ossos como instrumentos de culto. Historicamente falando, no caso do pensamento europeu, essas ideias basicamente originam-se no culto celta às cabeças. Para os celtas, a cabeça era a fonte de poder espiritual e força de vida do homem. Com ela, o poder do homem morto era transferido para quem o tivesse matado e trabalharia a seu favor. Ao segurá-la, a coragem e a bravura do guerreiro morto poderiam ser invocadas para agir como defesa contra qualquer forma de perigo sobrenatural.

Ao decorar a casa, paliçada, estaca do portão ou os portais do templo com crânios ou cabeças cortadas tanto dos inimigos do clã como dos guerreiros da tribo, a mensagem era: esse local ou área está defendido pelas almas unidas desses guerreiros mortos. A crença de que existe uma relação entre a alma da pessoa morta e a cabeça fazia com que o crânio de um antigo sacerdote ou xamã servisse frequentemente como foco no ritual de invocação da alma de um homem morto, habitante do outro mundo. Como na vida era reconhecida como moradia do poder espiritual da pessoa viva, na morte tornava-se a casa vazia do mesmo espírito. Por meio do ritual, aquele espírito podia ser chamado para aquele objeto reconhecível a fim de ajudar e proteger os membros vivos da família, grupo ou clã do morto.

Uma das coisas que achamos difícil compreender hoje em dia é que a morte não fosse barreira entre os mundos, como é agora. Com as palavras "descanse em paz", o que estamos querendo dizer ou pedir é que a alma da pessoa permaneça em seu mundo e não atravesse para o nosso, embora para os celtas os mundos físico e psíquico estivessem interligados nesse plano. Em vez da luz e das trevas, havia um reino obscuro através do qual determinadas pessoas podiam atravessar a separação entre o mundo dos vivos e o dos mortos, trazendo informação, enquanto os mortos podiam contatar os vivos com os mesmos objetivos em mente. Dessa forma, passado e futuro podiam ser trazidos para o presente. Ao reconhecer isto, considera-se possível para a alma atravessar do outro mundo para este, o material, sob a forma de guardião ou espírito profético.

Ao reconhecer a possibilidade de contato com o bem vindo do além, não podemos nos esquecer de que o mal possui o mesmo poder. Portanto, é necessária proteção sobrenatural contra o mal sobrenatural. O culto ao crânio deveria crescer para se equiparar às necessidades espirituais de qualquer época.

Acredito que tenhamos nos afastado desses conceitos e ideias, tendendo a considerá-las fantasia e superstição primitivas. Mas o fato de termos agido dessa maneira não significa que não haja verdade nisso tudo. Muitas pessoas acreditam na imortalidade da alma, embora, ao mesmo tempo, neguem a existência de fantasmas. A ideia de que um "fantasma" é o eco de acontecimentos passados constitui uma das teorias atuais mais comentadas. Isto ignora o reconhecimento de que, se existe alma imortal dentro de uma pessoa, essa alma deve ter o poder de retornar a um determinado local de alguma forma importante para ela em existência passada.

Neste sentido, o crânio dentro do círculo é o reconhecimento desse fato. Além disso, os ritos e rituais ligados ao crânio não são, de forma alguma, tentativa de chamar os mortos por encantamentos ou para prender aquela alma ou espírito para servir ao grupo. Qualquer contato feito com o outro lado será na base de vontade e desejo mútuo de ambos os mundos, dentro do contexto das práticas e rituais da arte.

Quero dar outro aviso. O fato de haver determinada utilidade no crânio em determinados aspectos da prática da Arte não justifica a profanação em nome da fé. Os grupos podem e realizam rituais sem ele. Alguns nunca sequer pensaram em ter um. Quanto a isso, se houver a possibilidade e o grupo desejar obter um crânio por meios legais de fornecimento a escolas de medicina, não há razão para não fazê-lo. Mas não podemos esquecer que um grupo que usa um crânio está aberto a todos os tipos de carga.

Um dos primeiros rituais é o de limpeza do crânio realizado com e em nome dos quatro elementos: terra, ar fogo e água. Por trás desse ato está o reconhecimento de que o crânio deve ser limpo de todas as suas ligações passadas. Num sentido oculto, o crânio não está sendo usado como meio de chamar de volta a alma que o habitou, mas como meio de atrair o fantasma de uma pessoa com ligações com a feitiçaria. Nesse sentido, o crânio age como uma chave para o reconhecimento de que, por um lado, o grupo está trabalhando dentro da estrutura reconhecível de "O Crânio dentro dos ritos". Por outro, os membros do grupo estão se abrindo para um contato sobre o rio do esquecimento.

Com esse objetivo, a pergunta é exatamente o que está sendo contatado ou o que está vindo. Será uma pessoa que morreu há muito tempo e que espera o renascimento ou um aspecto do Deus Cornudo, se manifestando enquanto pessoa? Esta é mais uma pergunta sem resposta. Creio que, na maioria das vezes, se trata do fantasma, espírito ou alma de alguém que já morreu e pertenceu à Fé. Acredito nisto porque, nos casos em que soube que o crânio estava sendo usado, o contato gradualmente revelou um caminho individual reconhecível. Em um deles, o contato era feminino, com nome e vida passada claramente identificável. Em outro (e nesse somente repito o que me foi revelado), era masculino e grande apreciador de mulheres e de piadas sujas, embora em ambos os casos o contato tenha se tornado real com um grande fluxo de material inspirado para trabalhos desse tipo.

Para introdução do crânio no círculo, talvez a melhor ideia seja um trabalho interno. Pela natureza passiva do rito, e sendo necessária a introdução ao movimento real, as chaves principais são a paciência e a simplicidade. No lugar do fogo no centro do círculo, é colocado o crânio entre duas velas, com todos os presentes sentados à volta e virados para o centro. Aqui começa a paciência. Nesse caso, é somente esperar pela primeira leve sensação de contato mútuo. Gradualmente isso se fortalecerá e se delineará até uma forma reconhecível e estabelecimento do sexo.

Há uma troca de ideias entre os membros, como impressões sobre o que sentem quanto à identidade do contato que emana do crânio. No final, chega-se a um nome consensualmente aceito. O crânio, então, recebe formalmente o nome, e por meio disto é trazido para o coven ou para o grupo, como um dos membros invisíveis, parte da companhia oculta.

A partir do nome, a persona do contato tende a se fortalecer e a se desenvolver em contato reconhecível, com suas artimanhas e fraquezas particulares. Assim, quando houver uma taça de vinho consagrado em um dos encontros, a prática é colocar uma libação em sua homenagem e memória. Isto é feito porque ela também é parte do grupo de trabalho.

Cerca de três ou quaro meses antes da dissolução do meu grupo, houve uma sensação gradual de que o espírito de contato estava se desprendendo do grupo. No final, sentíamos que o nosso crânio estava "vazio", e que nosso contato se mantinha firme do outro lado.

Para alguns, tudo isso parecerá fantasioso e motivo de críticas. Para ser franca, também tive dúvidas quanto ao primeiro caso. O que fiz foi sentar e esperar. Após algum tempo, comecei a sentir que havia ali mais do que supunha. Havia uma resposta definida que vinha do crânio. Para minha surpresa, não era o tipo de resposta que eu esperava. Não havia um fluxo súbito de conhecimento esotérico do que poderíamos descrever como um líder do passado contatando os novos seguidores desse lado. Era muito mais sutil do que isso e difícil de ser compreendido.

Parecia ser o eco de uma vida passada, com outro eco de outra vida. Havia um sentido de perplexidade e do porquê ela sentia o chamado do grupo. Aos poucos, quando alguns aspectos de sua natureza se tornaram conhecidos, compreendemos que o seu fantasma ou espírito estava aprisionado nela. Ela não tinha sido, naquela vida, uma seguidora da Deusa, porém, subjacente àquela memória havia uma outra, e era aquela memória de vida passada que estava respondendo, por intermédio do último renascimento e memória, e respondendo ao nosso chamado.

Em algumas ocasiões, havia a sensação distinta de que ela não queria estar ali e da falta de compreensão do porquê estava. Em outras, sentíamos a sua vontade de estar e a compreensão do que buscávamos e estávamos tentando conseguir. Nesses encontros havia a sensação da ligação com o passado e da sua lembrança que se refletia na maneira de como toda a natureza dos rituais havia mudado. Pelo menos, dois ou três de nós, a cada encontro, outros dois ou três que sentiam. No fluxo e refluxo desse contato, cada um de nós voltou com melhor compreensão, que foi muito considerada antes de ser posta em prática.


O Ritual da Purificação e da Aprovação
                                                                                                       
Como já foi dito antes, em primeiro lugar o crânio deve ser limpo das influências passadas. Se for trazido para o círculo antes disso, haverá grande possibilidade de se reativar experiências traumáticas de vidas passadas, e, ao mesmo tempo, as portas ficarão abertas a todo tipo de sordidez. Pela natureza não-realizada de acontecimentos passados que emanam do crânio, as forças do caos podem e com frequência se aproveitam e usam a abertura criada pelo crânio para fluir. Quando o caos penetra o círculo, é preciso forte ação mágica para fazê-lo retornar ao seu lugar. Por isso, de maneira alguma um crânio deve ser trazido para o círculo antes de ser limpo.

Cabe ao grupo decidir o local e o momento desse rito. Por sua natureza, prefiro o período da Lua Nova e acho que deve ser realizado como evento especial e não enquanto aproveitamento de um outro encontro. Mas isto é escolha pessoal. Como é necessário um ponto de fogo bem grande, maior do que a chama simbólica da vela usada para trabalhos internos, o lugar apropriado é um círculo externo consagrado e totalmente magnetizado. Isto é realizado com e em nome dos elementos da terra, ar, fogo e água. São escolhidos quatro membros para representá-los e participar como tal na ordem ritual correta.

Estágio 1

Se houver outros membros presentes durante o ritual, devem entrar no círculo antes e se colocar junto à borda, do lado de dentro. Entram, então, os membros que vão representar os quatro elementos. A pessoa que representa o Ar coloca o crânio perto do fogo, e o círculo é fechado. Com os representantes dos quatro elementos juntos no centro do círculo, o reto do grupo começa a "rodar o moinho' em movimento widdershins, até que o Ar sinta que pode parar, quando então, pega o crânio com a mão direita e, com a esquerda, simula tirar alguma coisa do crânio pelas narinas, enquanto diz:

Ar: "Assim como eu retiro a respiração destas narinas... assim a vida e a memória da vida passada são retiradas."

Isto é feito três vezes, usando-se as mesmas palavras. O crânio é recolocado perto do fogo. A Terra se aproxima e diz:

Terra: "Eu represento a Mãe de cujo ventre provém toda a vida... e também o lugar para o qual, com a morte, todos retornaremos... e salpicando essa terra... eu simbolizo esse retorno."

Isto é repetido três vezes e, a cada vez, um pouco de terra que foi levada para esse propósito para dentro do círculo é salpicada sobre o crânio. O Fogo, então, segura o crânio com a mão direita e o passa nas chamas com a mão esquerda, dizendo:

Fogo: "Assim como tu passaste pela sepultura e pelos fogos da purificação... Local onde ambos, passado e presente, se queimaram em ti."

Isto é feito três vezes, e o crânio é recolocado no seu lugar pelo Fogo. A Água se aproxima dizendo:

Água: "Com as águas do tempo e do perdão... Eu lavo tanto o passado como o presente... até que o renascimento te mande de volta a esse mundo para viveres uma nova vida."

Novamente isto é feito três vezes, e a cada vez um pouco de água é aspergida sobre o crânio. Aqui termina essa parte do rito.

Estágio 2

Naturalmente, o segundo estágio é o do nome. deve ficar claro que, mesmo que faça parte do rito da purificação, esse estágio pode e muitas vezes é realizado em data posterior, e geralmente ao ar livre. Como já mencionado, o crânio é trazido para o círculo traçado na forma usual para essa ocasião. De preferência, deve ser transportado por um membro do sexo masculino. É colocado entre duas velas. O restante do grupo se senta em torno e se dá as mãos, enquanto focaliza a atenção no crânio. Aos poucos as impressões começam a surgir e, se alguém tiver uma que seja bem forte e definida, deve mencioná-la. À medida que a sensação for se intensificando, surgem o nome, o estilo da vida passada e uma sensação geral sobre o contato. Num determinado momento, quando sentir que deve, a Senhora [a suma sacerdotisa ou Magistral pega o crânio com a sua mão direita e sopra nas cavidades das narinas, dizendo:

Senhora: "Por intermédio da nossa Senhora e em seu nome... eu sopro a vida proveniente do grupo em ti... Em seu nome... que assim seja."

Coloca o crânio novamente no lugar e, a seguir, arruma três fios de lã colorida no topo do crânio, cruzando-os entre si:

Primeiro, o fio vermelho, símbolo do elo vermelho da vida pelo renascimento. [horizontalmente]
Segundo, o fio preto do conhecimento e símbolo do membro iniciado do coven.
[Assim: / ]
Terceiro, o fio branco da morte e do mundo além da morte.
[Formando um X com o fio anterior. O conjunto parece um X cortado horizontalmente por um travessão]

Nesse ponto, haverá uma reação sentida por todos. Se for boa, significa que foi aceito. Um pouco de vinho retirado da consagração é aspergido sobre o crânio pela Senhora [Magistral] com as palavras:

Senhora: "Em nome do (grupo, coven ou clã) e com este vinho... eu te nomeio (nome) sabendo que por meio desse crânio... tu escolheste ser chamado por nós e de boa vontade te uniste a nós para auxiliar na adoração aos Deuses Antigos... e, acima de tudo, à Deusa."

Antes de terminar o rito, todos partilham uma taça de vinho em honra do novo contato, e, mais uma vez, um pouco de vinho é aspergido sobre o crânio. Assim, o crânio recebe um nome e, aos poucos, o contato é estabelecido.

O Crânio Dentro dos Rituais

A principal função do "crânio dentro dos rituais" é a de servir como acesso aos trabalhos especiais. Por seu intermédio e vindo do outro lado surgem com frequência um clarão de iluminação e o conhecimento que, em um instante, impulsiona todo o grupo vários degraus à frente no caminho. Muitas vezes confirmam-se os objetivos e as ambições do grupo ou coven. Além disso, há novos pensamentos e ideias colocados nas mentes do grupo, que ampliam o caminho a ser trabalhado e também abrem outros. Nesse sentido, o contato espiritual se torna ou ganha atributos do sacerdote-rei orientador e líder que habita a tumba real.

Em outro aspecto, torna-se o crânio da profecia. No passado, quando era mais utilizado para isso, segurava-se o crânio com as mãos enquanto se fazia a pergunta. Se ele ficava mais leve, a resposta era "sim". Se ficasse mais pesado, a resposta era "não". Hoje, em vez de segurá-lo, coloca-se o crânio no centro do círculo de um ambiente obscurecido, dirigindo-se as perguntas ao espírito de contato. Todos os presentes colocam a mente num tipo de fluxo livre, até que as respostas comecem a chegar.

Para ser sincera, não estou muito convencida de que todas as respostas sejam enviadas pelo espírito. Pelo simples fato de várias mentes estarem buscando uma resposta por meio do contato externo, isto propicia que elas mesmas encontrem as respostas dentro delas. Qualquer que seja a origem, as respostas chegam com o tempo e, posteriormente, mostram que estavam corretas. Existe outra forma de tradição em relação ao crânio dentro da Arte, que chegou até nós por intermédio de ancestrais muito antigos, embora hoje seja utilizada muito raramente, se é que ainda o é. É o uso do crânio como totem, o símbolo animista do clã, que evoluiu gradualmente para outra forma de ritual. Por isso, e também como assunto de interesse histórico, devo descrevê-lo.

Desde os tempos pré-históricos, tem havido o reconhecimento do elo mágico entre o caçador e sua vítima. Foram encontrados vários exemplos desse elo, desde as famosas pinturas rupestres da máscara de veado, do Deus coberto de hera ou do mago na Caverne des Trois Frères, em Arège, até as pilhas ritualísticas de ossos de animais escondidas no fundo das cavernas. Crescendo nesse conceito de harmonia mágica entre caça e caçador, passando por determinados rituais mágicos, o passo seguinte seria o reconhecimento gradual por parte do clã ou da tribo do animal envolvido: urso, bisão, veado ou qualquer outro. Entrelaçado com o conceito do ritual para uma caçada proveitosa veio o reconhecimento de que a fertilidade das espécies caçadas era de importância primordial. Se elas não procriassem, significaria a fome para a tribo.

O tempo trouxe mudanças. Não havia mais rituais realizados no fundo das cavernas, mas ao ar livre, dentro do círculo. Como parte do ritual, a agora familiar estaca das Bruxas era montada como porta de acesso ao círculo. No lugar da estaca em forquilha que conhecemos, havia um mastro reto com um crânio do animal totêmico fincado na extremidade. Embora a vida tenha mudado da sobrevivência que dependia das caçadas para as atividades agrícola e pastoril, no ciclo da natureza e na fertilidade dos campos, o culto ao Deus Cornudo e a Deusa Grávida ainda tem garantindo o seu lugar.

Nessa fé havia ainda o conceito do sacrifício animal como agradecimento aos deuses guardiões dos rebanhos e manadas e, acima de tudo, à Deusa Mãe da terra. Na verdade, parte do animal sacrificado era consagrada aos deuses e queimada no fogo sagrado. O resto era cozido e comido depois pelo grupo. Era festa sagrada, partilhada pelos deuses e pelo povo. O que tinha sido praticado dentro das cavernas era realizado agora ao ar livre, com envolvimento maior do grupo ou clã nos rituais. Mesmo que as circunstâncias e o estilo de vida tenham mudado, o conceito de fertilidade permanece o mesmo. mudando apenas na aparência externa. Em vez de boa caçada, orava-se por boa colheita.

À medida que o conceito da Deusa e dos Deuses Antigos tomava forma mais humana, a natureza do sacrifício também mudava.
Assim como a vida se tornava mais complexa e organizada, expandia-se a visão sobre os deuses. Em vez do sacrifício animal, surgia o conceito do mensageiro humano. Deuses e Deusa ganhando caráter mais humano podiam ser contatados por um ser humano, essa alma levando as preces e os pedidos da tribo. Desenvolvido paralelamente ao conceito de mensageiro dos deuses, e com o mesmo objetivo de força e bem-estar para a tribo, surgiu o sacrifício do Rei Divino, em que a força da tribo era fixada em uma pessoa não por direito de nascimento ou de herança, mas por seleção. Enquanto o rei fosse forte e vigoroso, assim seria a tribo. Sacrificado em seu apogeu, o rei tornava-se companheiro dos deuses pelo bem da tribo.

Posteriormente esse conceito foi modificado, e o sacrifício voltou mais uma vez a ser animal, com o que surgiu o conceito muito interessante de bode expiatório. O infeliz animal, portador de todos os males e pecados da comunidade, deveria levá-los diante dos deuses junto com a sua vida, como símbolo de expiação e pagamento para libertação_ uma vida substituindo a do rei.

Com esse conceito da possibilidade de transferir doenças e pecados para um animal a ser sacrificado e, ao mesmo tempo como lembrança do sacrifício do Rei Divino, o Mestre [Sumo Sacerdote/ Magister] detém os poderes de um líder, e deve pagar um preço por esses poderes.

Durante sete anos, pelas graças da Senhora [Suma Sacerdotisa/ Magistral], o Mestre lidera o coven. No final do sétimo ano, o preço dessa regra é transferido para o "Carneiro Real". A vida do carneiro é oferecida à Deusa, substituindo a do Mestre. As partes sagradas são oferecidas ao fogo sagrado, e as outras são utilizadas nas festas sagradas. A cabeça do carneiro sacrificado é queimada ao lado da "Ponte entre os Dois Mundos". Por essa razão, o avental algumas vezes usado pelo Mestre como parte doas seus paramentos, como no caso dos utilizados por outros membros, simboliza nada mais do que o avental do açougueiro.
Hoje em dia não há mais necessidade do sacrifício. Ele foi substituído pelo juramento do ofício feito e confirmado pela Senhora e pelos quatro oficiantes a cada sete anos. Entretanto, podemos ocasionalmente achar um grupo que marca a sua porta de entrada para o círculo com uma cabeça queimada de carneiro como lembrança do espírito-totem animista do clã. Da mesma maneira, a estaca ou mastro em forquilha o símbolo do jovem Deus Cornudo das florestas e da caça, aquele que permanece entre o coven e a Mãe, a Deusa.

O Velho Simon

Quando o Sabá tem que acontecer em lugares fechados, o ritual é modificado conforme a necessidade. Então há geralmente um pequeno altar no centro do círculo. Esse altar deve ter fogo e água sobre ele, de alguma forma, e as bruxas de tradições mais antigas às vezes incluem um crânio e ossos cruzados, ou uma representação deles.

Esse é um símbolo da morte e da ressurreição e, portanto, da imortalidade. Ele é às vezes chamado de "Velho Simon".

Existe uma crença cristã muito curiosa e antiga de que enquanto restassem um crânio e dois ossos das pernas de um homem, isso seria suficiente para assegurar-lhe um lugar na ressurreição geral do Último Dia. Essa crença pode muito bem ter sido originada do verdadeiro simbolismo do emblema do crânio e dos ossos cruzados. As fraternidades maçônicas também fazem uso do crânio e dos ossos cruzados em suas cerimônias, que descendem, se não na verdade derivaram, dos antigos cultos dos Mistérios.

Pessoas de fora podem considerar esse emblema algo terrível e cruel, principalmente quando visto sob a luz de velas em uma sala escura. Entretanto, os procedimentos na maioria dos Sabás de que participei eram alegres e espontâneos. Eles são responsáveis por algumas de minhas lembranças mais alegres.

O Crânio no Altar: Modo de Usar

Um dos mais mal-entendidos objetos que aparecem na Bruxaria é o crânio. Para muitas pessoas este é uma presença perturbadora, e significa morte. Entretanto, na Tradição dos Mistérios o crânio significa conhecimento e sabedoria. Essencialmente, o crânio representa o que resta da experiência de vida de alguém. Nesse sentido, ele representa o que nossos ancestrais sabiam e passaram adiante para as gerações futuras.

Os ossos cruzados representam guarda. Eles formam a figura de um X, o que simboliza o poder sobre o reino da morte. Na arte antiga o X aparece nos tronos de deidades associadas com o Mundo Inferior, e entre o seu simbolismo geral. De muitas maneiras eles simbolizam o mesmo que as espadas cruzadas, que denotam uma irmandade ou ordem secreta. No contexto da última, o crânio representa o conhecimento preservado da ordem.

Muitos comentadores sugeriram que entre os Celtas a prática da caça de cabeças tinha sua raiz em uma tradição espiritual (em oposição a uma de pegar troféus de guerra). Se nós olharmos para o fato de que o crânio retém conhecimento, então remover a cabeça vai proteger esse conhecimento de deixar o corpo com a morte. Há muitos contos celtas associados com o crânio, e com crânios específicos como o do herói Bran o Abençoado.

No conto de Bran, ele instrui seus homens de que após sua morte eles deverão cortar sua cabeça e enterrá-la no lugar onde hoje é Londres. Bran diz que isso irá proteger os Bretões de serem conquistados por invasores. A implicação aqui é que há algo do poder e do espírito de Bran que permanece no crânio.

O tema de reter o espírito ancestral aparece através da Europa Continental e as Ilhas Britânicas. Na Europa setentrional ela aparece no que é chamado o Culto ao Crânio.
Uma representação de um crânio humano é colocada entre as imagens das deidades. Isso simboliza o conhecimento e sabedoria de nossos ancestrais preservados e passados adiante nos Mistérios. Uma vela preta é colocada no topo do crânio e acesa para os rituais realizados do Equinócio de Outono até o Equinócio de Primavera. Uma vela vermelha é usada do Equinócio de Primavera até o Equinócio de Outono. Preto simboliza o conhecimento ancestral retido em sua fonte, o Outro Mundo. Vermelho simboliza o conhecimento ancestral que flui do Outro Mundo ao mundo dos mortais.

Durante o correr do ano a cor da vela do crânio vai fazer par tanto com a vela da Deusa como com a vela do Deus. Preto representa o reino secreto das sombras, a profunda floresta escura, e a jornada mística que leva ao Outro Mundo. O Deus que escolta os mortos e que auxilia na transição. Cernunnos é um exemplo desse aspecto do Deus.

Vermelho representa o sangue da vida, a pulsação interna que sustenta e dá poder. Relacionado à Deusa, ele corre através da terra debaixo do solo, pois ela é a doadora da vida. Vermelho simboliza o lugar da vida e da renovação, o que se reflete no ciclo menstrual. No contexto da figura do crânio, o vermelho simboliza o conhecimento antigo fluindo da fonte de onde eles brotam.

Na frente do crânio um caldeirãozinho é colocado. Este representa o Portal da Lua [Moon Gate], que é o útero da Deusa. Através da Deusa todas as coisas nascem do Outro Mundo e a ela retornam novamente. Então o caldeirão conduz de e para o conhecimento ancestral. Por causa disso ele contém a essência mágica da transformação.
Segundo o que Grimassi escreveu em "Bruxaria Hereditária", uma diferença entre a Bruxaria Italiana e a Bruxaria das Ilhas Britânicas é que, na Italiana, o ano é dividido entre a metade luz (do Cervo) e a metade sombra (do Lobo), sendo que a divisão se faz de Equinócio a Equinócio. Enquanto que, nas Ilhas Britânicas, o ano é dividido entre a metade luz (do Rei Carvalho) e a metade sombra (do Rei Azevinho), sendo que a divisão se faz de Solstício a Solstício. Podemos portanto concluir que, nas Ilhas Britânicas, a vela vermelha seja usada durante o reinado do Rei Carvalho (Solstício de Inverno ao Solstício de Verão), e a vela preta, durante o reinado do Rei Azevinho (Solstício de Verão ao Solstício de Inverno).

Livro: Enciclopédia de Wicca e Bruxaria, Raven Grimassi
Livro: Feitiçaria: a tradição renovada, Evan John Jones e Doreen Valiente
Livro: Enciclopédia da Bruxaria, Doreen Valiente
Livro: Witchcraft: A Mystery Tradition, Raven Grimassi