segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Halloween-Samhain




Samhain é a representação da morte do Deus, sendo que renascerá depois em Yule; esta é a celebração mais importante da Roda do Ano das Bruxas, pois ela marca o fim de um ciclo.

Como sabemos nesse momento mágico os mundos se tocam, o véu entre os mundos cai e devemos aproveitar para relembrar os ancestrais.

Esta celebração também representa o ritual da última colheita.

Estes momentos especiais os utilizamos para nos libertar de nossas fraquezas, pois é uma das formas de nos sintonizarmos com os tempos antigos, quando as crias do gado que não suportariam o frio do inverno eram separadas e sacrificadas.

É um tempo muito especial para consultarmos os oráculos com a finalidade de nos preparar para os acontecimentos futuros.

Tendo chegado ao fim do ano pagão meditaremos sobre todas as coisas que finalizaram neste ciclo que culmina com a celebração deste Sabath: relacionamentos, situações, pessoas que fizeram a transição…e deixamos tudo isso para trás, ainda que não as esqueceremos pois fazem parte do todo que somos agora.

Ritual para Celebrar Samhain

Para mudar nossa consciência e nos sintonizar com a energia desta data meditaremos por alguns instantes no assunto da morte; lembraremos dos amigos e/ou pessoas da família que já se foram.

Faremos isto procurando entender e aceitar que a morte é nada mais que um passo para o inicio de um ciclo novo, que começa na morte mas que se dirige ao renascimento.

Considerações prévias ao ritual:

Precisaremos do caldeirão porque acenderemos fogo dentro dele, pois o Deus morre e volta ao ventre da Deusa, sendo que o caldeirão é uma representação do ventre D’Ela -a Deusa- e o fogo representa o Deus.

Os que o desejem terão pequenos papeis escritos com tudo aquilo do que desejam se livrar, como mágoas, rancores, todo tipo de sentimento negativo, maus hábitos, problemas de cunho pessoal, etc, para queimar no caldeirão durante o ritual.

Acenderemos uma vela branca para honrar os espíritos que nos visitam esta noite, sendo assim deixem a mão essência de pachulí para energizar a vela.

Outro dos símbolos de Samhain são as cabeças de abóbora, então esculpiremos uma colocar a vela branca dentro dela.

Tendo todos estes itens prontos, prepararemos o caldeirão com alguns carvões prontos para serem acesos, nos paramos diante do Altar e dizemos:

“Nesta noite de Samhain contemplamos o Seu passo Deus do Sol,
Em direção às Terras do Eterno Verão,
Contemplamos também a passagem dos que já se foram.
Abençoada e eterna Deusa, Você que proporciona o nascimento aos caídos!
Guie meus passos na escuridão, me protegendo
e me ajudando a entender Seus mistérios, para que eu possa ver
que da mesma forma como a Luz nasce da escuridão
Da mesma forma o eterno ciclo se renova pelos Séculos dos Séculos,
Por todo o sempre, para sempre, Amém”

Depois disso acendemos o fogo no caldeirão (pode colocar uma vela roxa dentro dele se não pode acender o fogo com os carvões).

Pegamos os papeis onde escrevemos as coisas que não desejamos mais em nossa vida, e depois de os ler em vos alta, olhamos as chamas e dizemos:

“Grande e Sábia Deusa da Lua Minguante,
Senhora das noites cheias de estrelas!
Acendo este fogo dentro de Seu Caldeirão
Para transmutar tudo aquilo que está me perturbando.
Peço que estas energias sejam transformadas
De escuridão em Luz!,
De mal em bem!
De morte em renascimento!”

Agora queimaremos os papeis no fogo dentro do caldeirão, e enquanto as chamas consomem os papeis, imaginaremos muitas e pequenas esferas escuras se elevando do caldeirão, com a plena convicção de que tudo o que é negativo se afasta de nós e se dissolve no infinito céu de estrelas da Deusa.

A seguir enquanto oleamos a vela branca dizemos:

“Consagro este símbolo do Elemento Terra, para que sua Luz ilumine os espíritos que nos visitarão esta noite”

A colocamos então dentro da cabeça de abóbora e a acendemos dizendo:

“Com este símbolo e com sua Luz, lhes damos as boas vindas aos espíritos que nos acompanham nesta celebração de Samhain”

Ao terminar o ritual, colocaremos a cabeça de abóbora com a vela acesa perto de uma janela, e a deixamos ali toda a noite até que termine de queimar.

Este agora é o momento ideal para consultar o oráculo escolhido; depois de terminar com esta parte, podemos continuar com o partilha dos alimentos, dedicando-os previamente -com algumas palavras simples- aos que já se foram dizendo:

“Oferecemos estes alimentos para homenagear nossos ancestrais, pois sua memoria me acompanha e seus ensinamentos vivem a través de mim. Abençoados sejam nas Terras do Eterno Verão”

Deixe parte dos alimentos para as almas dos mortos; ao terminar, agradecemos a Deusa, ao Deus e aos elementos por ter-nos honrado com Suas Presenças.

Relembrando:

- Neste Sabath usaremos incenso de sândalo e mirra, as cores serão preto, laranja, branco, dourado e prateado.

- Tomaremos vinhos e sidras quentes com canela.

– Podemos decorar o Altar com crisântemos, maçãs, péras, qualquer um dos grãos e frutas da colheita, nozes e aboboras.

- Os alimentos podem ser beterrabas, nabos, maçãs, milho, nozes, abóboras, pão de gengibre, torta de abobora, ou qualquer outra comida que você tenha.

- Por último não esqueçam que a tradição deste Sabath é deixar um prato de comida fora da casa para alimentar os espíritos, e colocar a vela branca acesa na janela, para guiá-los de retorno para as Terras do Eterno Verão.

Fonte: Magia Bruxa