segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Gatos e Bruxas


Gatos e Bruxas - Parceiros perfeitos

Dificilmente alguém, ao imagina a casa de uma bruxa, deixaria de ver, ao seu lado, a dormir preguiçosamente ou atento ao caldeirão, um gato.
Ilustrações como esta que está em baixo, belíssima, assim como tantas outras, medievais ou modernas, atestam a estreita associação entre felinos e bruxaria.
Mas, como se iniciou este veículo tão estreito? As vezes, a mera posse de um gato tornava a pessoa suspeita e acusada de bruxaria.
No antigo Egipto, o gato era considerado sagrado.
A Deusa Bastet era representada com a cabeça de um gato. Matar um, mesmo acidentalmente, era crime grave.
Na Roma antiga, o gato já era considerado símbolo de liberdade, e qualquer representação da Deusa liberdade normalmente apresentava um gato repuosado a seus pés.
A Deusa Hindú que preside aos nascimentos, Shosti, é representada montada num gato.
Na China e Japão, o gato está associado a bruxaria.
O gato selvagem era um Deus da caça em alguns mitos amerindios, e era considerado o irmão mais novo do Coiote.
O gato, assim como a serpente, é a criatura maldita para o budismo e essas são as duas únicas criaturas que não choram a morte de Buda.
Nos mitos escandinavos, que originam muitas crenças pagãs, a carruagem de Freyja era puxada por gatos.
Na europa o dia de Todos os Santos, data importantissíma para a Velha religião, era comemorada pelos cristãos, jogando-se na fogueira, sacos cheios de gatos vivos. Essa prática acabou por se estender a qualquer tipo de comemoração o que acabou por quase dizimar a população felina e, consequentemente, favorecer a multiplicação de ratos, praga que portava a peste bubónica.
A ligação do gato á bruxaria inicia-se nos primórdios do paganismo, no culto de Freyja, Deusa do amor e da cura, segundo a mitologia nórdica. A Deusa guardava no seu jardim as maçãs com as quais se alimentavam os Deuses no Walhalla. A partir disso o gato tranformou-se em bode espiatório para as tentativas de "purificação" da Igreja, ou seja, a eliminação de todo e qualquer vestígio de paganismo ou da Velha religião. Para isso é necessário a eliminação de qualquer simbolismo.
A Igreja acabou por formentar de tal forma a perseguição a este animais que a sua queima, vivos, era um espectáculo a parte na noite de S. João.
Registos dão conta que o aniquilamento de gatos foi tamanho, que quando a peste negra assolou a Europa, não havia como controlar os ratos, principais propagadores da doença.
No ano de 1400 os gatos estavam a ponto de desaparecer da Europa.
Recobram-se a partir 17, principalmente por sua habilidade de caça aos ratos, causador de perdas significativas as lavouras e propagador de doenças terriveis para o homem.

Pessoalmente acho os gatos criaturas belissimas, excelentes companheitos, engraçados charmosos e as vezes mal humorados, indomáveis e dóceis.
Desde a doce Nofrure, a que já foi ao encontro da Deusa, até á lindissima e misteriosa Hecate, as minhas companheiras actuais de viagem... imprescindíveis.

"Gatos, bruxaria, fadas e deuses"


Os gatos e as bruxas parecem estar intimamente ligados em todas as representações gráficas que se fazem das bruxas, elas estão sempre com um gato ao seu lado.

Esta associação aparece com grande destaque durante a idade média. Nesta época, pensava-se que os gatos eram demônios ou que pelo menos "possuíam" um demônio dentro de si.

Acreditava-se que eles diziam às bruxas o que fazer ou ainda escutavam as conversas dos donos da casa para passar informações e instruir aos bruxos o que deveriam fazer. Era tão grande a crença desta ligação, que da mesma forma que se queimavam as bruxas se queimavam os gatos. Havia até um dia especial dedicado à queima dos gatos.

As bruxas possuíam gatos como quaisquer pessoas hoje os possuem, mas também possuíam por outra razão em especial: acreditavam que os gatos tinham a capacidade de perceber e entrar em contato com outras entidades e com espíritos.

Nessa época, não era permitido que um gato entrasse em um cemitério enquanto enterros estavam sendo realizados, pois acreditavam que se um gato estivesse sobre o túmulo ele estaria esperando para apoderar-se daquela alma.

A origem desta crendice era devida à prepotência humana e ao orgulho dos gatos, pois eles não se submetiam às ordens dos homens como os demais animais. Acreditava-se que os gatos tinham pacto com os demônios e com as bruxas entre outros pelos fatos:

Eles tinham habilidade de ver coisas que o homem não via;
Saiam à noite para local onde ninguém se atrevia a ir, pois achavam que durante à noite eram os demônios que saiam;
Tinham facilidade de antever a morte;
Muitos gatos eram jogados do alto das igrejas para que morressem e, no entanto, caiam em pé e fugiam.

Até o simples fato de falar com um gato era considerado sinal de bruxaria. Por sorte não vivemos nesta época...

Os gatos também eram utilizados em adivinhações. Colocavam vários objetos com um determinado significado em um local e em seguida "pediam" para que o gato escolhesse um deles. Diziam que sua escolha baseava-se na sua capacidade de comunicar-se com os reinos ocultos e saber suas respostas.

Também "funcionavam" como um radar para perceber as más energias das pessoas e dos lugares.

Fora as bruxas, as tradições nórdicas associavam os gatos às fadas. As pessoas acreditavam que através de seus olhos poderiam penetrar e conhecer este maravilhoso mundo alheio aos olhos dos mortais.

As capacidades de perceber com antecedência a morte de uma pessoa, fenômenos e desastres naturais que são comuns, em alguns gatos eram "profecias" levadas muito a sério antigamente.

Essas capacidades dos gatos eram usadas, tanto na magia negra como na magia branca, porém isso não significa que os gatos eram bons ou maus, assim como a magia em si não é. A diferença entre estas duas formas de magias é a intenção com que as pessoas as usam: se para o bem ou para o mal. Da mesma forma que uma faca serve para cortar alimentos pode ser usada para matar alguém.

Dentre as tradições dos antigos povos nórdicos está também o culto à deusa Freya. Ela era uma das líderes dentro do matriarcado dos deuses em cultos que se realizavam, principalmente na Suécia e na Noruega.

O culto a esta deusa possuía mais caráter erótico e orgástico e se associava à luxuria, ao amor e à beleza. Diziam que ela era a mais bela deusa existente. Possuía uma coroa de flores na cabeça e era encarregada de repartir o orvalho, todas as manhãs, sobre os campos. Reinava sobre a vida e sobre a morte, sobre o amor, sobre a magia e sobre os animais, em especial os gatos.

Sua principal habilidade era voar em uma carruagem que cruzava o céu em grande velocidade conduzida por dois gatos: BYGUL (abelha de ouro) e TRJEGUL ( árvore do âmbar dourado).

Esses gatos eram os encarregados de levar a deusa de um lugar a outro. Conta-se que eram tão grandes e fortes que um dia o grande Thor, deus do relâmpago, sentado em seu trono quis pegar um destes gatos para colocar em seu colo e não consegui tirá-lo do chão.

Por fim, bruxas, fadas, deuses ou demônios são crendices sobre um dos mais inteligentes, amáveis e soberanos dos animais: o nosso querido gato. O "azar" é de quem não tem um ao seu lado...

O gato de uma Bruxa não precisa ser preto, como o de costume...Rs!!! Pode ser de qualquer cor...O importante é amar o seu bichinho e cuidar bem dele, para que ele também possa cuidar de você!!!

A minha filhota é branquinha...É a Sophia...Minha protetora...Meu amor!!!